capítulo 2 (newt)

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Acordo em um lugar diferente. Olho à minha volta; era um quarto aconchegante. Sento-me na cama com dificuldade, sentindo uma dor de cabeça pior do que a que eu tinha ao acordar de uma noite de festa na fogueira, depois de beber aquilo que o Gally chamava de bebida. Ouço um barulho na porta, e alguém entra.

- A Bela Adormecida acordou? - Caçarola pergunta de forma brincalhona. Um sorriso se forma em meu rosto ao vê-lo. Logo o moreno corre para me abraçar, e eu retribuo.

- Achei que não ia acordar nunca - ele solta uma risada, e eu faço o mesmo.

- Consegue se levantar? - ele pergunta, e eu balanço a cabeça afirmativamente. Eu estava me sentindo ótimo (tirando a dor de cabeça, é claro). - Vamos lá fora, os outros vão querer te ver!

Dou um sorriso e sigo o moreno. Assim que saio da pequena casinha, o sol bate com força em meu rosto. Grandes tendas chamam minha atenção, e meus olhos brilham ao ver a beleza do lugar.

- Fecha a boca, se não entra mosquito - ouço alguém falar para mim.

Viro-me e vejo Minho parado com um sorriso e as mãos na cintura. Um sorriso gigante aparece no meu rosto, e logo abraço o asiático, que rapidamente retribui.

- Você parece ótimo! - Gally chega atrás de mim, dando uns tapinhas nas minhas costas.

Dou um sorriso ao vê-lo bem. Um tempo passa, e várias pessoas vêm me cumprimentar e dar as boas-vindas, mas sinto falta de alguém.

- Caçarola! - O moreno, que não saiu de perto de mim nem por um momento, logo se vira com um sorriso. - Cadê o Thomas? - pergunto, preocupado.

Vejo o sorriso dele se desfazer aos poucos e sinto meu coração apertar.

- Depois que o Minho chegou com o soro, o Thomas foi atrás da Teresa... - só de ouvir o nome dela já sinto vontade de vomitar. - Ela disse que tinha como te curar. Acabou que o filho da puta Janson acertou um tiro nele.

Sinto meu coração parar, mas logo Caçarola continua:

- Teresa ajudou ele a sair do prédio, mas ela morreu. Thomas está desacordado desde então - sinto um pequeno alívio (não muito grande, pois não tenho certeza da situação do Thomas). Quem diria que a piranha da Teresa prestou pra alguma coisa... - Thomas conseguiu um frasco da cura pra você. Agora você está cem por cento - ele dá um tapinha nas minhas costas, tentando me animar. - Relaxa, cara! Ele tá bem!

- Posso vê-lo? - Caçarola acena com a cabeça, e eu dou um sorriso.

Caminhamos até uma casinha parecida com a que eu tinha acordado. Ele me leva até um quarto, e assim que entro, vejo Tommy deitado, apagado, parecendo um anjo. Caçarola sai do quarto, me deixando sozinho com Thomas. Me sento em uma cadeira e fico ali por muito tempo.

Quero muito ver ele...

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