primeiro.

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O apito inicial soou, e o estádio explodiu em gritos e cânticos

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O apito inicial soou, e o estádio explodiu em gritos e cânticos. O Palmeiras estava determinado, e logo nos primeiros minutos dava para sentir a pressão que o time colocava sobre o Atlético Mineiro. Cada passe, cada investida ao ataque, fazia o coração da torcida bater mais forte, e eu, ali com meu cartaz abaixado, não conseguia desgrudar os olhos de Richard.

Ele estava jogando como um verdadeiro maestro na posição de volante, distribuindo a bola com precisão e inteligência. Cada toque dele era seguido por uma explosão de gritos da torcida. Aos 15 minutos, o Palmeiras quase abriu o placar. Em uma jogada rápida, Richard avançou pela direita, driblou um zagueiro e cruzou rasteiro para o centro da área. O atacante chegou a tempo, mas o chute foi bloqueado pelo goleiro do Atlético. A torcida soltou um "Uhhh" em uníssono, e eu gritei junto, tomada pela tensão.

O jogo continuava equilibrado. O Atlético Mineiro respondia com contra-ataque rápidos, mas a defesa do Palmeiras se mantinha firme. Cada vez que a bola passava pelos pés de Richard, eu prendia a respiração, esperando que ele pudesse criar algo mágico. Aos 30 minutos, ele fez uma jogada espetacular: recebeu a bola no meio do campo, girou sobre o marcador e disparou um passe milimétrico para o atacante, que chutou por cima do gol. Mais uma chance perdida, e o estádio rugia de expectativa.

O primeiro tempo foi tenso, mas sem gols. Quando o juiz apitou para o intervalo, senti o coração um pouco mais calmo, mas ainda cheio de ansiedade. Eu sabia que Richard estava se entregando em campo, e isso só me deixava mais encantada por ele.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou com ainda mais garra. Logo nos primeiros minutos, uma falta foi marcada perto da área do Atlético. Richard ajeitou a bola, concentrado. O estádio inteiro ficou em silêncio por um instante. Eu mal respirava. Ele correu para a bola e chutou com perfeição. A bola passou raspando o travessão, e mais uma vez o "Uhhh" tomou conta do Allianz Parque. Ele estava cada vez mais próximo de fazer algo grandioso.

Aos 70 minutos, finalmente o momento chegou. Em uma jogada rápida pela lateral, Richard recebeu a bola, driblou dois marcadores e invadiu a área. Com um toque sutil, ele deixou o atacante na cara do gol. Sem hesitar, o atacante chutou forte, e a bola balançou as redes. O estádio foi à loucura. Eu pulei, gritei, abracei as pessoas que eu nem conheço ao meu redor, esquecendo por um momento do cartaz que eu segurava com tanto carinho.

O jogo terminou 1 a 0 para o Palmeiras, e eu estava completamente eufórica. Vitória suada, mas merecida. A torcida não parava de cantar, e o clima era de pura festa. Eu ainda olhava para Richard, que sorria para os companheiros, mas, no fundo, parecia procurar algo — ou alguém — na arquibancada.

A torcida do Palmeiras cantava, os jogadores se abraçavam no campo, e eu ainda estava tentando processar tudo o que tinha acontecido. A vitória foi emocionante, e Richard tinha sido o herói, com aquela assistência perfeita que garantiu o gol da partida. Eu não conseguia parar de sorrir, com meu coração ainda acelerado.

De repente, notei Richard caminhando em direção às arquibancadas. Minha respiração ficou mais rápida, e a ideia absurda de que ele pudesse vir até mim começou a se formar na minha cabeça. Segurei o cartaz com força, quase sem acreditar no que estava acontecendo. Ele foi se aproximando, seus olhos focados na minha direção, e então, parou bem em frente a mim.

Eu estava em choque. Ele olhou para mim, abriu aquele sorriso encantador de novo, e em um movimento que parecia acontecer em câmera lenta, Richard tirou a camisa de jogo. Ele segurou por um momento, como se quisesse tornar aquilo ainda mais especial, e então estendeu para mim.

Minhas mãos tremiam enquanto eu pegava a camisa dele, e, naquele instante, as lágrimas começaram a escorrer. Era emoção pura, algo que eu nunca pensei que pudesse sentir tão intensamente. Comecei a chorar horrores, sob tanta alegria, e antes que eu percebesse, as palavras saíram em meio às lágrimas: “Eu te amo, Richard!”.

Ele sorriu, e fez um coração com as mãos, olhando diretamente para mim. Era como se o mundo tivesse parado, e só existisse eu e ele naquele momento. As lágrimas escorriam mais fortes, e o grito de “Eu te amo” ecoava pelo estádio, mas eu mal conseguia me controlar de tanta emoção.

Antes de se afastar, ele se aproximou um pouco mais e perguntou, com um sorriso gentil: “Qual é o seu nome?”. Meu coração quase parou de novo. Com a voz ainda embargada pelo choro, respondi: “Gabrielly!”. Ele repetiu meu nome como se quisesse guardá-lo na memória, acenou uma última vez e voltou ao campo.

Fiquei ali, segurando a camisa dele, chorando e rindo ao mesmo tempo, ainda sem acreditar no que tinha acabado de acontecer. Aquele dia, aquele momento, seria algo que eu jamais esqueceria.

Depois de Richard me entregar a camisa, ainda estava em um estado de pura euforia. Eu não conseguia parar de sorrir, e as lágrimas de alegria ainda escorriam pelo meu rosto enquanto caminhava de volta para casa. Cada passo era como um lembrete do que acabará de acontecer, e a sensação de ter a camisa dele em minhas mãos era indescritível.

Quando cheguei em casa, abri a porta e fui recebida pelo silêncio familiar do meu apartamento. O lugar era pequeno, mas confortável, e naquele momento se sentia como um verdadeiro refúgio. Coloquei a camisa de Richard cuidadosamente sobre o sofá, olhando para ela como se fosse uma relíquia preciosa.

A primeira coisa que fiz foi me sentar e respirar fundo, tentando processar tudo. O jogo, a vitória, o sorriso do Richard e, principalmente, o momento em que ele me entregou a camisa. Meu coração ainda estava acelerado, e eu sentia um calor no peito que não conseguia explicar.

Depois de um tempo, fui para a cozinha e preparei um lanche simples, mas meu pensamento estava longe. Estava pensando em como a vida pode ser surpreendente, e como um dia normal pode se transformar em um momento inesquecível. Enquanto comia, liguei a TV para rever os melhores momentos do jogo. Ver Richard jogando novamente me fez sorrir, e cada vez que aparecia uma imagem dele, meu coração pulava.

Com o lanche pronto, voltei para o sofá, peguei a camisa novamente e a segurei contra meu peito. As lágrimas voltaram a escorregar, mas agora eram de gratidão e alegria. Enquanto olhava para a camisa, imaginei o que diria a Richard na próxima vez que o visse.

Após um banho relaxante, me preparei para dormir, mas antes de ir para a cama, olhei uma última vez para a camisa. “Boa noite, Richard. Eu te amo”, sussurrei, com um sorriso no rosto. Meus pensamentos estavam repletos de esperanças e sonhos, e adormeci sonhando com o que o futuro poderia trazer.

Aquela noite foi especial, não só pela vitória do Palmeiras, mas pelo encontro inesperado que mudaria minha vida para sempre. Eu sabia que, de alguma forma, aquilo era apenas o começo de uma nova história.

 Eu sabia que, de alguma forma, aquilo era apenas o começo de uma nova história

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