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O apito inicial soou, e eu fiquei completamente focado no jogo

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O apito inicial soou, e eu fiquei completamente focado no jogo. Sentia a energia da torcida vibrando nas arquibancadas, e sabia que precisávamos dar tudo de nós para sair com a vitória. O Atlético Mineiro não ia facilitar, mas o Palmeiras estava determinado. Desde os primeiros minutos, eu me movia na minha posição de volante, buscando criar jogadas, tentando manter o controle da bola, e distribuir os passes com total precisão.

Cada toque que eu dava era seguido por gritos, e eu sentia a pressão aumentar. Aos 15 minutos, fiz uma jogada pela direita que poderia ter sido o gol que abriria o placar. Driblei o zagueiro e cruzei para o centro da área, mas o atacante não conseguiu finalizar. O goleiro salvou, e o "Uhhh" da torcida ecoou pelo estádio. Eu fechei os olhos por um instante, fiquei frustrado, mas logo me recuperei. Sabia que não podíamos perder o foco.

O jogo seguiu tenso, e cada contra-ataque do Atlético me deixou em alerta. Mas a defesa estava firme. Aos 30 minutos, consegui girar sobre um marcador e passei a bola milimetricamente para o atacante, mas ele chutou por cima. Mais uma chance perdida, e eu respirava fundo, me forçando a manter a calma.

No intervalo, voltei para o vestiário com o coração acelerado. Precisávamos de mais. Eu precisava de mais. Sabia que a torcida esperava algo grande, e eu estava determinado a entregar isso. Quando voltamos para o segundo tempo, a energia estava ainda mais intensa. Consegui uma falta perto da área, e enquanto ajeitava a bola, o silêncio tomou conta do Allianz Parque. Corri para a bola, chutei bem, mas ela passou raspando o travessão. Mais uma chance que escapou por pouco, e o "Uhhh" da torcida me acompanhou.

Aos 70 minutos, finalmente, o momento que eu esperava chegou. Recebi a bola pela lateral, driblei dois marcadores e invadi a área. Vi o atacante posicionado, e com um toque rápido, deixei ele na cara do gol. O chute foi certeiro, e a bola balançou as redes. O estádio explodiu. Era como se o som vibrasse pelo meu corpo, a sensação de missão cumprida me atingindo em cheio. Abracei os companheiros, comemoramos, mas algo me puxava para outro lugar.

Enquanto o jogo se encaminhava para o fim, não pude evitar. Meus olhos procuravam alguém nas arquibancadas. A torcida estava eufórica, mas eu sabia que ela estava ali. Já tinha notado aquela menina com o cartaz desde o início. Ela não desgrudava os olhos de mim, e isso me deu ainda mais motivação durante o jogo. Após o apito final, com a vitória garantida, decidi fazer algo que raramente faço. Caminhei até a arquibancada.

Ela me olhava com um brilho nos olhos, e eu não conseguia evitar o sorriso. Cheguei perto, tirei minha camisa e, por um momento, hesitei. Queria que aquele gesto ficasse marcado para ela tanto quanto estava para mim. Quando finalmente estendi a camisa, vi suas mãos tremendo ao pegá-la. E então, as lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. A emoção dela era tão pura, tão intensa, que me deixou sem palavras por um instante.

Quando ouvi ela dizer, entre lágrimas, "Eu te amo, Richard", algo dentro de mim se mexeu. Eu sorri, fiz um coração com as mãos, e olhei para ela, como se quiséssemos prolongar aquele momento o máximo possível.

Antes de ir embora, me aproximei mais um pouco e perguntei o nome dela. "Gabrielly", ela respondeu com a voz embargada. Repeti o nome dela para mim mesmo, como se quisesse memorizar. Acenei uma última vez e voltei para o campo.

Enquanto me afastava, eu sabia que aquele momento, tanto para mim quanto para ela, seria inesquecível. A vitória tinha sido incrível, mas aquele instante, compartilhado com Gabrielly, tornou o dia ainda mais especial.

 A vitória tinha sido incrível, mas aquele instante, compartilhado com Gabrielly, tornou o dia ainda mais especial

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