capítulo 3

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A noite se estendia lentamente, como um cobertor pesado sobre os ombros de Rachel. O encontro anterior com Helena ainda a perturbava, uma sensação de tensão pairando no ar. Ao acordar, notou algo fora do lugar sobre a mesa de cabeceira: uma pequena chave prateada e um bilhete com uma mensagem intrigante: "Por trás de cada porta, há uma escolha."

Rachel segurou o bilhete, sentindo uma mistura de frustração e curiosidade. Mais uma provocação.

— Já basta... — murmurou, tentando se concentrar.

O dia se arrastou, sua mente vagando entre os pensamentos sobre Helena. Quando a noite finalmente chegou, a determinação começou a tomar o lugar da irritação. Ela pegou a chave e caminhou pela mansão até encontrar uma porta de metal no final do corredor. Com um profundo suspiro, girou a chave e entrou.

O corredor que se abriu era frio e escuro, fazendo seu coração acelerar. Ao final, uma sala iluminada por velas revelou uma mesa de mármore com três objetos: um revólver, um envelope e uma rosa negra. O ambiente era cuidadosamente arranjado, como um convite intrigante.

Helena apareceu das sombras, sua presença marcante.

— Escolha com cuidado, Rachel — disse Helena, sua voz suave, mas com um toque de desafio. — Cada objeto representa um caminho.

— Não estou interessada em jogar seus jogos — Rachel respondeu, mantendo a firmeza.

— Você já está jogando — replicou Helena, um sorriso discreto nos lábios. — Cada movimento seu é parte do meu plano.

Rachel se aproximou dos objetos, avaliando suas opções. Finalmente, estendeu a mão para o revólver, mantendo os olhos fixos em Helena.

— Uma escolha ousada — comentou Helena. — Força é um caminho interessante.

Rachel levantou a arma, apontando-a na direção de Helena.

O revólver tremia em suas mãos. Rachel hesitou, o coração acelerado.

— Você não tem coragem, não é? — sussurrou Helena, com um tom provocativo.

Tomada pela frustração, Rachel atirou o revólver no chão.

— Sempre hesitando, Rachel — disse Helena, observando-a com um olhar de desapontamento. — Isso terá suas consequências.

Rachel lutou contra a sensação de vulnerabilidade.

— Não sou sua marionete — afirmou, tentando manter a firmeza.

— Vamos ver até onde você consegue resistir — disse Helena, enquanto se aproximava, o olhar intenso.

Helena indicou uma cadeira no centro da sala.

— Sente-se.

Rachel hesitou, mas decidiu que não mostraria fraqueza. Caminhou até a cadeira e se sentou, mantendo o olhar em Helena.

— A partir de agora, você entenderá o que significa desobedecer. — A voz de Helena era baixa, mas firme, enquanto ela amarrava os pulsos de Rachel à cadeira.

Rachel tentou se soltar, mas era inútil. Ela olhou para Helena, sentindo a raiva se misturar com a frustração.

— VOCÊ NÃO VAI ME QUEBRAR! — gritou, lutando contra as amarras.

— Não preciso que você se quebre agora — respondeu Helena, com um ar de satisfação. — Mas, eventualmente, você entenderá.

Rachel lutou contra a sensação de medo, decidida a não ceder.

— Vá para o inferno, Helena — disse, desafiadora.

Helena apenas sorriu, como se já soubesse o que viria.

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