03

5 2 0
                                    

Dois meses, dois meses haviam se passado desde a morte de dona Ana, dois meses sem notícias de Leo e dois meses em que o detetive Fernando não entrava mais em contato comigo para falar sobre o caso, não sei quando foi que me acomodei a tudo isso e...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dois meses, dois meses haviam se passado desde a morte de dona Ana, dois meses sem notícias de Leo e dois meses em que o detetive Fernando não entrava mais em contato comigo para falar sobre o caso, não sei quando foi que me acomodei a tudo isso e segui em frente, mas, parte de mim ainda se pergunta se tudo isso que passou foi real, se em algum momento talvez eu só tivesse imaginado tudo isso por conta da pressão e estresse acumulado por precisar ajudar com as contas da casa e a conta médica de mamãe que só se acumulou quando Aurora precisou operar o apêndice a 3 anos atrás. Não importa o quanto eu tente, simplesmente não consigo entender nada do que aconteceu é como se eu fosse aquelas garotas de fanfic mal escritas sem revisão ou sequer um sentido bom o suficiente pra manter o leitor atento, as vezes sinto como se uma névoa estivesse tentando se formar e que tudo o que aconteceu tivesse simplesmente com muitos furos de roteiro e pontas soltas e eu muito burra não pudesse fazer nada a respeito. Em meio a todo meu momento reflexivo quase não prestei atenção a tempo de ver que o ônibus em que estava rumo a uma entrevista de emprego, finalmente estava chegando ao meu local de descida, comecei a caminhar e a pensar comigo mesma "que esse emprego não seja maluco e com assassinatos como o outro" e foi com esse pensamento completamente distraída que dei de cara com o detetive Fernando.

- Oh detetive, me desculpe, estava distraída - com um sorriso envergonhado estendi minha mão para o cumprimentar, mas para a minha surpresa ele recusou com uma expressão de confusão em seu rosto.

- Desculpe moça, mas... eu te conheço? Como sabe que sou detetive? - perguntou com uma expressão desconfiada e atenta ao nosso redor como se de alguma forma estivesse pensando que era uma armadilha ou coisa parecida.

- Desculpe mais como assim? Você não lembra de mim?

- Olha Garota não tenho tempo pra gracinhas

- Acho que é você quem está de gracinhas aqui detetive, sou eu, Lynn,  você está responsável pela investigação do assassinato de dona Ana, a senhora para qual eu trabalhava.

- assassinato? Garota não sei de que porra você está falando, mas não importa, você vai comigo agora mesmo pra delegacia. - disse segurando em meu braço com força.

- Espera! Delegacia? Por que? Eu tenho uma entrevista de emprego agora.

- deveria ter pensado nisso antes de vir com esse papo pra cima de mim.

Ignorando completamente meus protestos Fernando me arrastou até a delegacia onde fiquei por 16 horas esperando pra ser liberada e se não bastasse isso descobri que não não havia absolutamente nenhum documento ou sinal do que aconteceu meses atrás, eu me sentia completamente maluca com tudo, primeiro Fernando não sabe quem eu sou e agora essa merda de assassinato que simplesmente ninguém ouviu falar. Frustrada, Frustrada e perdida era como eu me sentia, mas também sentia que precisava buscar pela verdade eu mesma, com esse sentimento em mente assinei um documento dizendo que fiz uma brincadeirinha de mal gosto e que não iria mais se repetir para poder ser liberada e ir pra casa com uma mãe furioso ao meu lado.

Abençoada pela lua 🌙 Onde histórias criam vida. Descubra agora