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Dormir, dormir é algo muito natural para muitas pessoas, para algumas pode se dizer que é até mesmo prazeroso, mas para mim, bom, para mim é um luxo no qual eu não consigo ter, eu me deito na cama por no máximo três horas por noite, esse é o tempo...

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Dormir, dormir é algo muito natural para muitas pessoas, para algumas pode se dizer que é até mesmo prazeroso, mas para mim, bom, para mim é um luxo no qual eu não consigo ter, eu me deito na cama por no máximo três horas por noite, esse é o tempo que minha insônia juntamente ao cansaço do meu corpo me permitem ter, já tentei tomar remédios porém nada nunca funcionou, e durante essas poucas horas de sono, se tem uma coisa que se faz presente desde que me entendo por gente, é a constante sensação de que tem algo faltando, é uma sensação de vazio, e é com essa sensação que eu busco tanto preencher, que eu me encho de trabalho e me divirto muito fazendo meus “amigos” gritarem na prisão de nossa aldeia. Nossa? Sim! Nossa, meu irmão é o alfa supremo e eu e os outros irmãos também somos os “donos” por assim dizer, se vicktor morresse o posto de alfa supremo seria do próximo na linha de sucessão e assim sucessivamente, mais claro, primeiro teríamos que mostrar nosso valor e mostrar que somos dignos, assim como Vicktor fez aos 16 anos, derrotando todos os lobos bem mais velhos que ele.

Andando de um lado para o outro é a forma na qual eu me encontro, e é assim que passo todas as minhas noites de “folga” andando pelo quarto até o sono finalmente chegar, e enfim por poucas horas conseguir silenciar o vazio do meu peito. Saio dos meus pensamentos ao ouvir vicktor berrando meu nome e o nome de meus irmãos, saio do quarto e desço as escadas com um Eric afobado indo na minha frente.

- O que rolou? – pergunta Eric afobado como de costume.

- Raiden foi para a fronteira sul, tem um rastro de magia negra indo pra lá, preciso de vocês prontos pra um possível ataque, Dylan esteja pronto pra interrogar nosso “amigo” tenho certeza que Raiden não voltará de mãos vazias,  Eros, Eiran fiquem prontos, vou querer toda e qualquer informação que puderem conseguir de quem quer que seja o louco que invadiu meu território, quero também as imagens das câmeras de segurança do lado sul,, Eric se a coisa ficar feia você precisa tirar os civis da linha de frente. – Vicktor despeja suas ordens e como de costume eu saio em silêncio e animado para poder me divertir na prisão.

Pego minha jaqueta de couro pendurada perto da porta que dá acesso a garagem, pego a chave da minha moto Yamaha YZF R-3 preta, e dirijo a toda velocidade até a prisão, a alcateia é absolutamente enorme, e nossa casa fica a dez minutos do centro e a uma hora da prisão.  Enquanto piloto em alta velocidade me permito sentir o vento como se fosse meu último dia de vida, aproveitando cada sensação que aquela liberdade me traz, antes de ter que mais uma vez ser socado por um vazio irritante em meu peito.

Depois de um tempo na estrada que leva a prisão, chego na mesma, que por sua vez está fria e silenciosa, nossos prisioneiros são apenas delinquentes que passam uma noite ou duas para aprender a lição, já aqueles que eu me divirto nunca sobrevivem tempo o bastante para sequer ocupar uma das celas. Caminho enquanto assobio descendo as escadas rumo ao meu parque de diversões particular, meu cantinho, apelidado carinhosamente por Eiran, de, calabouço mal assombrado ou como diria Eros, meu quartinho do castigo.

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