Algumas manhãs acordo sem querer ser real.
Acordo almejando ter um baile para valsar até a ponta dos dedos calejarem e acorda dos violinos estourarem.
Almejo um campo de lavandas aguardando a chegada dos meus pés, um rio aguardando-me para nele banhar meu seio, meu ventre e minha alma.
Acordo querendo ser aquelas fantasias que lemos aos suspiros,
desejando ser aquele amor que enche os olhos, que estremece o peito, faz as moças ofegarem, que atravessa mundos, toca almas e conecta olhares.
Desperto aspirando por uma vida em outrora, uma com a qual a grama é mais verde, o existir é simples, o ar é mais fresco e o sol brilha mais, uma com a qual se é possível parar para apreciar o que a natureza pode entregar, onde se pode sentir, se entregar.
Desadormeço, mas continuo a sonhar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tudo Aquilo que Guardamos Embaixo da Cama.
PoetryTodos já guardaram coisas pra sí mesmo, todos já sentimos medo de sentir, "Tudo Aquilo que Guardamos Embaixo da Cama" fala sobre todos os sentimentos feios que bom, pelo menos eu já senti, todas as palavras que nós guardamos, que jogamos para de bai...