Podium and Fire - Kiss Me Like You Mean it.

Stormy paths

                    Jade chegou correndo naquele hotel. Flávia estava ao seu lado, mesmo que não compreendesse bem a razão: uma mensagem de Jordan Chiles, lhe avisando sobre o ocorrido com Sunisa. Ela havia tido uma crise de ansiedade muito forte e havia desmaiado depois. Aquela notícia lhe atingiu como uma pancada e fez com que seu coração quase se partisse em pedacinhos e tudo o que queria naquele momento, era chegar rapidamente naquele quarto e ver como ela estava. Praguejou céus e terra por ter sido descuidada e ter deixado o celular descarregar.

                    Entrando naquele quarto, abrindo a porta em um baque, encontrou Sunisa ainda inconsciente, sendo amparada por suas companheiras de equipe, que estavam ainda mais preocupadas. Todas se assustaram com a sua chegada e com a chegada de sua pupila que vinha logo atrás.

– Suni! – Barbosa se aproximou. Vendo-a daquela forma, sentiu seu coração apertar e tudo em seu corpo gritava para não sair mais de perto dela. – O que está havendo? O-o que...? – Sua voz ficou um pouco entrecortada.

– Hey! – Jordan se aproximou, tranquilizando-lhe. – Está tudo bem... Ela só está dormindo. Shhh...

– O que foi que aconteceu, Chiles? – A capitã perguntou, mantendo a calma o máximo que conseguia.

– Nós voltamos do passeio e a encontramos desmaiada aqui. – Jordan explicava. – Ela acordou pela primeira vez e estava tendo uma crise de ansiedade. O médico da nossa delegação veio e a atendeu.

– Ele passou um ansiolítico e agora, ela está dormindo. – Jade Carey completou a informação. – Ela chamava o seu nome antes de apagar. Por isso, pedimos para que você fosse avisada.

– Muito obrigada por isso, garotas... Muito obrigada mesmo. – A capitã suspirou.

– Ela vai ficar bem, não vai? – Flávia perguntou, se colocando ao lado da amiga.

– Sim. – Hezly respondeu. – Ela vai ficar bem. Só vai dormir bastante.

– Está bem... – Jade assentiu. – Eu acho que vou ficar aqui. Se ela queria me ver, acho que poderá ficar um pouco mais tranquila se me ver aqui quando acordar. Posso cuidar de tudo.

– Nós agradecemos muito, Barbosa. – Jordan parecia mais até mais tranquila. – Bom... Nós vamos sair um pouco. Você pode ficar à vontade aqui.

– Ok. Muito obrigada.

                    Quando as estadunidenses saíram, Flavinha aproximou-se de Jade e a abraçou, amparando-a e demonstrando que estava ali inteiramente para apoiá-la. Era um contato fraternal e consolador. A capitã respirou fundo, sentindo-se um pouco mais calma, enquanto apertava mais a jovem.

– Obrigada por estar aqui, Flavinha... – Disse, com a voz embargada.

– Fica tranquila, Jade. Não precisa me agradecer. Estou aqui para cuidar de você. – Flávia falava gentilmente, demonstrando apoio e amparo. – Estamos juntas nessa.

                    Jade a olhou e sorriu, enxugando as lágrimas que já molhavam seu rosto. Flavinha apenas assentiu, segurando as mãos dela. Quando as duas se separaram, a atenção da capitã se voltou inteiramente para a mulher adormecida na cama. Sunisa tinha um ritmo de respiração lento e constante, um lembrete de sua sedação, e estava coberta até a cintura. Vendo-a daquela maneira, era fácil saber que por trás de toda a arrogância, de todo o garbo e marra que apresentava, havia uma Sunisa frágil, que estava precisado de amparo. Seu espírito protetor estava gritando dentro de seu peito e de sua mente, pois o que importava era ficar ali, necessitava ampará-la.