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Clara estava na cozinha do Moby Dick, preparando um remédio para um dos tripulantes que estava resfriado

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Clara estava na cozinha do Moby Dick, preparando um remédio para um dos tripulantes que estava resfriado. O navio balançava suavemente nas ondas, e o cheiro do mar se misturava aos aromas da comida que ela cozinhava. Havia um clima de camaradagem entre os piratas do barba branca, mas Clara sentia um aperto no coração. A batalha em Marineford pairava em suas preocupações, especialmente porque Ace estava lá, lutando bravamente.

Com a mão sobre a barriga, ela sentiu um pequeno chute. Era um lembrete constante de que, mesmo em tempos difíceis, havia algo bonito nascendo dentro dela. A ideia de se tornar mãe a enchia de esperança, mas também a fazia pensar em Ace. Ele nunca soube da gravidez, pois ela estava tentando encontrar uma maneira de contar a ele quando voltasse, por isso nunca contou nada nas cartas.

Enquanto Clara mexia na panela, um dos marinheiros entrou correndo, a expressão sombria.

- Clara! Preciso falar com você! - Ele parecia ofegante e, ao mesmo tempo, apreensivo.

- O que aconteceu? - Perguntou ela, a preocupação crescendo em seu peito.
- É sobre o Ace? -

O marinheiro hesitou, o olhar pesado se questionando se falava ou não.

- É... eu não sei como dizer isso. Ace... Lamento, mas ele foi morto na batalha. -

As palavras atingiram Clara como um golpe, fazendo-a parar de mexer na panela.

- O quê? Não, isso não pode ser verdade! Ele... ele sempre consegue! - O desespero tomou conta dela, e ela se afastou da mesa, a sensação de que o chão havia desaparecido sob seus pés.

- E-ele sempre volta! -

- Eu sinto muito, Clara. Ele lutou bravamente, mas não conseguiu escapar. Ele se sacrificou para salvar Luffy e os outros. - O marinheiro disse, com a voz cheia de compaixão.

- Ace o nosso capitão faleceram no campo de batalha, lutaram bravamente para proteger nossos companheiros. Muitos de nós foram feridos. - O jovem pirata disse.

Clara sentiu suas pernas fraquejarem e caiu em um banco, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

- Eu... eu queria estar lá. Ele precisava de mim! - O remédio que estava preparando escorregou de suas mãos, caindo ao chão, como sua esperança.

O marinheiro hesitou por um momento antes de continuar

- O capitão Barba Branca não deixou você ir, porque sabia que Ace não gostaria que você estivesse em perigo. Ele se preocupava com você. E o pai não queira que nada de ruim com o seu bebê. -
A menção do bebê fez com que Clara sentisse uma nova onda de dor.

- Eu queria que ele soubesse... Eu queria que ele estivesse aqui. - As memórias de Ace inundaram sua mente, suas risadas, as conversas sob as estrelas, os planos de um futuro juntos. Agora, tudo isso parecia uma eternidade distante.

- Ele sempre foi tão forte e cheio de vida. Não posso acreditar que ele se foi... - As palavras mal saíram de sua boca, envoltas em dor.

- Você tem que ser forte, Clara. Ace gostaria que você continuasse lutando, não apenas por você, mas também pelo seu filho. Ele acreditava na liberdade e na amizade, e você deve acreditar também. - O marinheiro disse, tentando confortá-la.

Clara fechou os olhos, respirando fundo. A dor ainda a consumia, mas as palavras do marinheiro tocaram seu coração.

- Sim, eu vou lutar. Não posso deixar que isso acabe aqui. Vou honrar a memória dele e continuar a luta por nós dois. -

Ela se levantou, enxugando as lágrimas, determinada a seguir em frente. A vida era preciosa e cheia de incertezas, mas agora, mais do que nunca, Clara sabia que precisava fazer justiça pelo amor que havia perdido e pelo futuro que estava trazendo ao mundo. Ace sempre acreditou nela, e ela não o decepcionaria.

Com uma nova determinação ardendo dentro dela, Clara olhou para o horizonte.







Com uma nova determinação ardendo dentro dela, Clara olhou para o horizonte

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