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A intensidade do momento parecia aquecer o ar ao nosso redor

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A intensidade do momento parecia aquecer o ar ao nosso redor. A proximidade entre nós era eletrizante, e a consciência de que estávamos prestes a cruzar uma linha tornava tudo ainda mais real. A batida do meu coração ecoava em meus ouvidos, e eu sabia que não poderia recuar.

- Ace, eu… - Comecei, mas ele não me deixou terminar.

Ele puxou-me para mais perto, os olhos fixos nos meus. A malícia que antes havia em seu olhar agora era misturada com um desejo ardente.

- Clara, você não tem ideia do quanto eu quis isso. - Ele sussurrou, sua voz rouca e cheia de significado. O calor da sua respiração tocava meu rosto, e eu sentia meu corpo reagir à sua presença.

Um impulso irrefreável me fez mover os lábios em sua direção novamente. Desta vez, quando nossos lábios se encontraram, foi um beijo mais profundo e desesperado. Eu não sabia o que estava fazendo, mas o desejo que ardia dentro de mim parecia me guiar. Suas mãos deslizaram pela minha cintura, e eu senti uma onda de eletricidade percorrer meu corpo.

- Eu não posso acreditar que esperei tanto para isso. - Ele disse entre os beijos, seus lábios roçando a pele do meu pescoço. Eu gemi levemente, o toque dele me fazendo sentir como se estivesse pegando fogo.

- Ace… - Eu murmurei, lutando para recuperar o controle. Cada palavra que saía de mim parecia uma luta entre o desejo e a razão.

- Isso é… não podemos... -

- Por que não? - Ele interrompeu, afastando-se um pouco para olhar em meus olhos, a intensidade do seu olhar me fazendo querer mergulhar ainda mais. - Você sente isso, eu sinto isso. Não podemos ignorar. -

As palavras dele me cortaram como uma lâmina, e percebi que estava perdendo a batalha. Ele estava certo; a atração entre nós era inegável, e a ideia de resistir era cada vez mais insuportável.

- Ace, Eu te a--- Tentei falar, mas ele me interrompeu novamente, pressionando os lábios contra os meus com um fervor que fez meu coração acelerar em resposta.

Eu não consegui me segurar e correspondi ao beijo com a mesma intensidade. Suas mãos encontraram meu rosto, segurando-me com firmeza enquanto ele aprofundava o beijo, cada toque fazendo meu corpo querer mais. Era como se o mundo ao nosso redor desaparecesse, e tudo o que importasse fosse a conexão que estávamos criando.

Quando finalmente nos separamos, ofegantes e com os rostos próximos, a realidade da situação começou a se instalar.

— O que estamos fazendo? — sussurrei, a respiração ainda descompassada.

Ace sorriu, um sorriso satisfeito que me fez perder o fôlego novamente.

- Estamos apenas sendo nós mesmos. Se você não quer que isso aconteça, então você precisa me dizer. Mas, honestamente, sinto que não não é isso que quer? - Ele disse, sua voz provocativa.

Eu mordi o lábio, lutando contra o desejo que ardia dentro de mim. A ideia de recuar parecia cada vez mais distante.

- Eu não quero que isso acabe. - Respondi, minha voz quase um sussurro.

A expressão de Ace mudou instantaneamente, e ele se inclinou mais perto, suas mãos firmes em meus quadris.

- Então não vamos acabar. - Ele disse, sua voz baixa e cheia de promessas. - Deixe-se levar.-

Com essas palavras, ele puxou-me novamente para um beijo ardente.

No entanto, antes que pudéssemos mergulhar ainda mais fundo, um grito estrondoso ecoou pelo convés, quebrando o momento.

- O que vocês dois estão fazendo? - Era Thach, que apareceu do nada, os olhos arregalados e uma expressão de choque no rosto. - Essa não é a hora nem o lugar para isso! -

Ace e eu nos separamos abruptamente, ambos com as bochechas coradas e as respirações descompassadas. A tensão no ar se desfez instantaneamente, substituída pela surpresa e pelo constrangimento.

- Thach! - Eu exclamei, sentindo a vergonha subir pelo meu pescoço. — Você não podia ter esperado um segundo?

Thach cruzou os braços, claramente divertido.

- Por que vocês dois não ficam juntos logo? - Ele perguntou, piscando um olho.

Você corou e olhou para Ace, que pigarreou e desviou o olhar.

- Não! ele costumava me bater quando éramos crianças. -  Você disse, tentando aliviar a tensão com uma piada.

- Estávamos treinando, eu não batia em você de propósito! - Ele disse, incrédulo sem entender por que você trouxe isso a tona do nada.

- Você quis dizer que você treinava seu bastão na minha cabeça, e eu treinava minha cabeça no seu bastão, né?! - Você revirou os olhos, tentando se manter séria, mas não conseguindo evitar um sorriso.

- Clara, você sabe qu—

- De qualquer forma, não estamos aqui para discutir sobre o seu treinamento de infância! - Thach interrompeu, rindo. - Vocês dois são impossíveis. Apenas decidam logo o que querem! -

Eu olhei para Ace, a confusão e o desejo ainda visíveis em nossos olhares.









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