Clara estava sentada na varanda do Moby Dick, o sol se pondo no horizonte, tingindo o céu de tons de laranja e rosa. O som das ondas quebrando contra o casco do navio proporcionava um fundo calmante enquanto sua filha, que tinha apenas dois anos, brincava em seu colo. A menininha tinha cabelos escuros e rebeldes, assim como Ace, e pequenas sardas que a tornavam adorável e cheia de vida.
Enquanto Clara observava o mar, as lágrimas escorriam silenciosamente por seu rosto. A dor da perda de Ace ainda era intensa, um vazio que parecia insuportável. Ele nunca teve a oportunidade de conhecer a filha deles, de segurar a pequena em seus braços e de ver seu sorriso.
- Ele teria amado tanto você, - Clara murmurou, acariciando os cabelos da menina.
A pequena girava o bonequinho de madeira, sorrindo com inocência. Clara suspirou, lembrando-se das promessas feitas nas noites em que Ace a segurava enquanto observavam as estrelas.
- Se um dia tivermos uma filha, eu quero que ela seja corajosa e aventureira. - Ele havia dito.
- Quero que ela conheça o mundo e viva cada momento ao máximo. -
- Seus olhos brilhavam de esperança e sonhos. - Clara sussurrou para a menina, que a olhava com curiosidade. - Ele sempre acreditou em um futuro cheio de possibilidades. -
As memórias vieram à tona, como se Ace estivesse ali, sentado ao seu lado. Clara recordou o dia em que soube que estava grávida. Ela havia planejado contar a Ace, imaginando a alegria em seu rosto ao saber que seriam pais. Mas tudo isso havia sido arrancado dela quando a batalha em Marineford aconteceu.
- Você nunca conheceu seu pai, mas ele está sempre conosco. - Clara disse, a voz embargada.
- Ele seria o melhor pai do mundo. Tinha um coração tão grande e uma coragem ainda maior. - Clara abraçou a menininha, permitindo que as lágrimas escorressem livremente.
- Você se parece tanto com ele. Eu vejo Ace em você todos os dias. -
Ela lembrou das risadas e das brincadeiras que compartilharam, de como ele a fazia sentir-se viva e amada. O vazio deixado pela ausência dele era imenso, mas a presença da filha trazia um pouco de conforto.
- Eu prometo que vou te contar tudo sobre ele. Você vai saber quem ele foi, e como ele lutou por todos nós. -
Enquanto o sol se punha, Clara olhou para o horizonte, sentindo a brisa do mar em seu rosto. O amor de Ace ainda estava vivo dentro dela, na pequena que agora tinha em seus braços. Ela sabia que a vida seguiria, e que cada passo que sua filha desse seria uma forma de honrar a memória de Ace.
Clara apertou a filha contra o peito, decidida a viver em homenagem ao amor que havia perdido, e a transmitir a coragem e o espírito de Ace para sua filha.
...
Naquela data, o peso da dor pela perda de Ace era especialmente forte. Dois anos se passaram desde que ele partiu, e embora Clara tivesse encontrado um novo propósito em sua filha, a saudade de Ace e da vida que poderiam ter juntos era palpável.
- Clara! - Luffy gritou, correndo para onde ela estava. Ao ver Fay pela primeira vez, seu sorriso se alargou.
- Então essa é a adorável fay. -
Fay olhou para Luffy com grandes olhos curiosos, sem entender bem, mas sorrindo ao ver um rosto novo. Ela levantou o bonequinho e fez um gesto engraçado, como se estivesse tentando imitar os piratas que via nas histórias.
- Baba! - Ela exclamou, balançando os braços.
Clara sorriu, mas seu coração apertou.
- Hoje é um dia difícil, Luffy. - Ela disse, lembrando-se de Ace.
- É o aniversário da morte dele. -
Luffy fez uma pausa, sua expressão mudando.
- Eu sei. Ace sempre foi como um irmão para mim. Eu sinto tanto a falta dele. - Ele se agachou para ficar na altura de fay.
- Oi, pequena bebê! Você parece muito com seu papai. - Ele disse, tocando o rosto dela gentilmente. Fay riu e pegou a mão dele, encantada com a atenção.
Nesse momento, Marco se juntou a eles, observando fay com um sorriso.
- Ela é adorável. - Ele comentou.
- Tem o espírito do pai. -
Clara olhou para sua filha, admirando como ela trazia um pouco de Ace de volta à sua vida.
- Ela é tão sapeca. - Clara disse, olhando para fay, que balançava a cabeça e tentava imitar os sons de um pirata.
- Pilata! - Fay gritou, embora sua pronúncia estivesse bem longe da perfeição, fazendo todos rirem.
- Isso mesmo! - Luffy exclamou, levantando o punho no ar feliz.
- Vamos conquistar o mundo juntos! Eu serei o rei dos piratas e você será a princesa pirata! - Luffy gargalhou.
Clara observou a interação entre eles, sentindo um misto de dor e alegria.
- Estou tão grata por ter amigos como vocês. - Ela disse, sua voz carregada de emoção.
- Ace sempre estará conosco, em cada risada e em cada memória. -
Enquanto o sol se punha, Clara olhou para o horizonte, sentindo a presença de Ace em cada onda que batia na areia da praia. Com Luffy e Marco ao seu lado e Fay como um lembrete constante de quem Ace era, ela se sentia mais forte. Hoje, honrariam a memória de Ace, e Clara sabia que o espírito de fay sempre brilharia com coragem e amor.
- Estamos todos juntos nisso. - Clara disse, olhando para seus amigos.
E assim, com a esperança e o amor pulsando em seus corações, eles se prepararam para enfrentar mais um dia, sempre lembrando do homem que moldou suas vidas de tantas maneiras.
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Fim?Não se esqueça de votar, o fim para mim é o mais importante.⭐
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Flames [Concluído.√]
Fiksi PenggemarEu lembro do dia em que Ace decidiu sair de casa como se fosse ontem. A luz da manhã entrava pela janela, mas a atmosfera estava carregada de uma tristeza que eu não conseguia ignorar. Ele arrumava suas coisas com determinação, mas meu coração se ap...