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Enquanto clara ainda dormia profundamente, Ace entrou no quarto com passos silenciosos, uma expressão travessa no rosto

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Enquanto clara ainda dormia profundamente, Ace entrou no quarto com passos silenciosos, uma expressão travessa no rosto. Ele se aproximou da cama com cuidado, observando-a por alguns instantes.

Ace se abaixou ao lado dela, quase como se estivesse prestes a cochichar algo em seu ouvido, mas mudou de ideia. Ele decidiu, então, que hoje seria diferente de seus outros truques matinais. Com um sorriso malicioso, ele se inclinou e, com gentileza, se deitou sobre ela, colocando seu peso suavemente para não machucá-la, apenas o suficiente para ela sentir.

Clara dormia profundamente quando sentiu um peso sobre ela.

" Oh, não. O que está acontecendo?" Pensou, assustada.

Ela se levantou de repente, arregalando os olhos, enquanto empurrava com força quem quer que estivesse em cima dela.
Até que ela se surpreendeu vendo Ace.

Clara o encarou, sem entender o que estava acontecendo.

- O que você está fazendo aqui, Ace? - Perguntou, ainda ofegante pela surpresa.

Ele sorriu de lado, inclinando a cabeça, com aquele olhar travesso que ela já conhecia.

- Você não se lembra? Eu sempre dou um jeito de te acordar, e hoje eu decidi ser mais criativo. - Ele respondeu, rindo suavemente enquanto se afastava um pouco.

Ela bufou, tentando se recompor.

- Criativo? Achei que estava sendo atacada! - Respondeu clara, cruzando os braços, ainda sentada na cama.

Ace deu de ombros, como se o que tivesse feito fosse completamente normal.

- Você reclama, mas aposto que não estava preparada para essa. Vai dizer que não é divertido acordar assim? - Provocou ele, piscando de leve fazendo clara corar.

Ela suspirou, revirando os olhos, mas não pôde evitar um pequeno sorriso. Sabia que ele tinha uma queda por provocações, e sempre encontrava uma maneira de tirá-la do sério – e ela, de algum jeito, gostava disso.

- Vou começar a trancar a porta. - Ela disse, meio brincando.

- Pode tentar, mas eu sou cheio de surpresas. - Ace rebateu.
Ela ficou ali, ainda um pouco atônita, mas com o coração batendo mais rápido do que o normal.

(Pov'1)

- Ace, Sério eu já disse que você não precisa me acordar, eu tenho meus próprios alarmes. - Esfreguei os olhos e rolei para fora da cama.

- O Pai nós disse que tínhamos que acordar cedo e eu sei que você tende a dormir além dos alarmes. - Ele deu um sorriso.

- Ei! Está dizendo que sou preguiçosa?! - Apontei de forma acusadora para ele.

- Sim! Você não precisa se preocupar, já falei com marco e com os outros que se ouver um ataque enquanto você estiver dormindo é para eles não contarem com você. - Ele deu uma risada, emburrei minha cara.

- O que você falou para eles?! - Ele riu da minha cara.

Ace relaxou e ele sorriu. Meus olhos, que antes pareciam zangados se
esticavam para cima. Ele era tão bonito quando sorria. Foi demais.
Eu que estava olhando fixamente para ele, voltei a mim depois de um tempo e fiz uma cara de raiva.

- Não ria! Ainda estou com raiva de você. -

- Desculpe. - Ace rapidamente endureceu o rosto. Meu coração se
suavizou quando vi sua
aparência de cachorrinho bem
treinado.

Ace, percebendo que o clima havia mudado, se levantou devagar com um sorriso leve.

- Acho que já cumpri minha missão de hoje. - Ele disse, meio sem jeito, caminhando em direção à porta.

Antes de sair, ele parou na entrada do quarto e olhou para trás.

- Amanhã prometo ser mais cuidadoso... ou não. - Disse com um sorriso travesso, dando uma piscadela antes de desaparecer pelo corredor.

Clara ficou ali, entre a irritação e o divertimento, sabendo que com Ace nunca teria um despertar comum.

- Então é hoje que eu finalmente irei conhecer o Capitão. - Clara murmurou sozinha.
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Caminhei pelo convés do Moby Dick com o coração acelerado. Já fazia um mês que eu estava a bordo, mas até agora não tinha tido a chance de conhecer pessoalmente o Capitão Barba Branca. Embora já tivesse tratado de vários membros da tripulação, sempre ficava com aquela sensação de que estava faltando algo. Afinal, eu estava sob o comando de um dos Yonko mais poderosos do mundo, e ainda não o conhecia. Hoje, isso finalmente mudaria.

Ao me aproximar da porta da cabine dele, tentei controlar os nervos. Antes mesmo que eu pudesse bater, ouvi uma voz forte, que fez o chão parecer tremer de leve.

- Pode entrar, filha. -

Respirei fundo e abri a porta. A presença dele era imensa. Mesmo sentado, Barba Branca era um gigante, com sua barba branca longa e a famosa cicatriz em forma de lua crescente no peito. Ele estava conectado a vários tubos de soro, mas aquilo não diminuía em nada a sensação de poder que ele exalava. Seus olhos, cheios de sabedoria e cansaço, me encararam de forma acolhedora.

- Então, você é a nova médica. Tenho ouvido boas coisas sobre você. - Ele disse com um sorriso paternal.

Senti meu corpo se acalmar um pouco, mas a admiração ainda pesava na voz.

- É uma honra, Capitão. Tenho feito o melhor para cuidar de todos. -

Ele soltou uma risada que parecia ecoar por todo o navio.

- Ah, sei que sim. Esses pirralhos podem ser complicados, mas você conseguiu se virar bem com eles. Isso já te faz parte da nossa família. -

Sorri, aliviada. Aquele homem, com toda a sua imponência, parecia ter o poder de colocar qualquer um à vontade. Mas então, com um brilho brincalhão nos olhos, ele acrescentou:

- E como está Ace? Ele não tem te dado muito trabalho, tem? -

Eu ri, sabendo exatamente o que ele queria dizer. Ace, não perdia uma chance de me provocar desde o momento em que cheguei.

- Ele sabe como manter as coisas… movimentadas, Capitão. -

Barba Branca riu mais uma vez, e o som parecia fazer o Moby Dick vibrar.

- Esse moleque... Não deixe ele te incomodar demais. Se precisar, pode dar uma lição nele. - Brincou, piscando pra mim.

Eu não pude deixar de rir junto. Senti-me estranhamente confortável, como se estivesse conversando com alguém que conhecia há muito tempo. O Capitão, com sua fama e poder, tinha uma maneira única de tratar sua tripulação. E, naquele momento, ele me fez sentir parte de algo maior.

- Bem-vinda oficialmente à família, filha. - Ele disse, a expressão suave, mas séria. — A partir de agora, você é uma de nós. Se alguém ousar te machucar, darei uma lição.

Aquelas palavras me atingiram em cheio. Um calor tomou conta do meu peito. Barba Branca não estava apenas me acolhendo como médica. Ele estava me aceitando como parte da família, como uma filha, assim como fazia com todos os seus tripulantes.

- Obrigada, Capitão. Eu prometo que vou cuidar de todos, inclusive de você. -

Ele sorriu satisfeito e acenou com a cabeça.

- Agora vá, antes que algum desses cabeças-duras faça besteira. E me avise se Ace te der trabalho demais. -

Assenti, ainda sorrindo, e saí da cabine sentindo que, pela primeira vez, eu realmente pertencia àquele lugar. Eu estava em casa.

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