Vinte e Vinte Cinco ─ 𝑁𝑎𝑟𝑢𝐻𝑖𝑛𝑎

PROLOGO

Sempre achei linda a forma de como o sol entra pela janela do quarto todas as manhãs. O som do canto dos passarinhos ecoam como uma melodia gostosa que poderia facilmente me fazer voltar a dormir.

Quando eu era pequena, sonhava em me tornar um pássaro e voar para bem longe, fugir de todos os problemas e responsabilidades. E principalmente, fugir dele. 

Fugir do sentimento mais intenso que existe. O sentimento que todos desejam sentir e muita das vezes se arrependem imensamente de desejarem tanto senti-lo. 

Ele me destruiu. 

Me fez chorar incansavelmente ao ponto de sentir minha garganta secar e meus olhos arderem.

Fez meu coração se partir ao meio por achar que esse sentimento era falso. Porque no início, ele foi mesmo.

Mas acontece que, quando se é jovem, você comete o grande erro de amar demais sem saber amar a si mesmo primeiro. Eu era assim. 

Não me amava quando resolvi amar alguém por inteiro, só que que esse alguém foi embora, o que me destruiu. 

Porém, tudo na vida passa, não é? Então me entreguei a outra pessoa. Me entreguei de alma e corpo. Que arrependimento.

Aprendi que é preciso sangrar para poder crescer.

Eu sangrei muito até chegar aonde cheguei. A amar quem amei. A ser amada da forma que amo. O amor recíproco é raridade nos dias de hoje, deveriam valorizar mais.

Estava praticamente sem sangue quando ele veio e colocou estrelas em volta das minhas cicatrizes. 

Mas a parte boa dessa história vai ter que ser contada no final.