𝐒𝐡𝐨𝐫𝐭 𝐟𝐢𝐜 !
Em meio ao caos silencioso da vida, Yuki Kiyomi e Kellan Royal se encontram presos em uma dança delicada entre o amor e a dor. Enquanto o corpo de Yuki se desfaz lentamente, sua presença, frágil e efêmera, se torna o único alicer...
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' 𝐘𝐮𝐤𝐢 𝐊𝐢𝐲𝐨𝐦𝐢
Com o passar das semanas, comecei a perceber pequenas melhorias na minha condição. As consultas médicas tornaram-se uma parte estabelecida da minha rotina, e Kellan estava sempre ao meu lado, uma constante fonte de apoio e amor. Sua presença calmante e suas palavras encorajadoras tornaram a jornada mais suportável.
Era uma manhã de sábado quando decidi que era hora de me abrir para o mundo ao meu redor. Sentia que precisava de um novo impulso, então resolvi participar de um grupo de apoio para pessoas que enfrentavam problemas semelhantes aos meus. A ideia de socializar me deixou nervosa, mas sabia que era um passo necessário para minha recuperação.
Ao chegar ao local do encontro, um centro comunitário acolhedor com paredes decoradas em cores suaves e almofadas confortáveis, senti uma mistura de ansiedade e esperança. A sala estava preenchida com pessoas de várias idades e histórias diferentes, todas unidas pela mesma luta. Algumas estavam conversando em pequenos grupos, enquanto outras pareciam mais reservadas.
Quando entrei, uma mulher de cabelos curtos e um sorriso caloroso se aproximou. Ela se apresentou como Mai e me convidou a me juntar a um grupo. Fui recebida com gentileza e rapidamente comecei a me sentir à vontade. As pessoas compartilhavam suas histórias, seus desafios e seus triunfos, e eu me vi encorajada a fazer o mesmo. A empatia e o apoio que recebi foram inesperados e profundamente reconfortantes.
Entre os participantes estavam Yuri, um rapaz com um olhar compreensivo e um jeito calmo, e Axel, cuja energia contagiante fez o grupo se sentir mais leve. Eles se tornaram meus primeiros amigos no grupo, e logo comecei a apreciar as conversas e os encontros semanais.
Kellan também estava presente em muitas das atividades do grupo. Ele participava das reuniões e se envolvia nas conversas, mostrando um interesse genuíno em conhecer os novos amigos que eu estava fazendo. Sua dedicação em integrar os novos membros à nossa vida foi uma grande ajuda para mim, e eu valorizava cada esforço que ele fazia.
Um dia, algo que, para ser sincera, eu não estava esperando aconteceu. Meu irmão, Kaito, a quem eu chamava de Kai desde que éramos pequenos, havia se distanciado por um tempo, mas recebi a notícia de que ele havia decidido voltar para Miami. Seu retorno trouxe um turbilhão de emoções, e eu estava ansiosa para vê-lo novamente. A distância entre nós havia criado um espaço difícil de preencher, mas o fato de ele ter decidido voltar me deu uma sensação de alívio e esperança.
Quando nos encontramos, o abraço que ele me deu foi apertado e sincero. Seus olhos estavam carregados de preocupação e amor, e suas palavras me tocaram profundamente.
- "Eu estou aqui agora, maninha. Para te apoiar em tudo que precisar. Desculpa por ter te afastado de mim."
Senti uma lágrima escorregar pela minha bochecha enquanto olhava para ele. A presença dele trouxe um novo tipo de conforto e uma sensação de que, apesar dos desafios, eu não estava sozinha. O retorno de Kai foi algo que eu não esperava; senti que uma parte de mim, que estava descansando no fundo do meu coração, voltou.
Depois que abracei Kaito e chorei bastante enquanto ria, e ele fazia a mesma coisa, nos afastamos para que ele pudesse abraçar Kellan. Mesmo que eles não se vissem há alguns anos, nunca deixaram de ser melhores amigos, e eu fico muito feliz por isso. Sei como Kellan é importante na vida do meu irmão e como meu irmão é importante na vida do Kellan.
Após o reencontro, a ideia de fazer algo divertido juntos começou a pairar no ar. Kellan, sempre animado, sugeriu que fôssemos a um parque de diversões no fim de semana. Ele sabia que eu adorava montanhas-russas e queria que eu me divertisse.
- "Vamos, Yuki! Um dia de diversão vai fazer bem para nós! E seu irmão pode vir também. Vai ser ótimo para relembrar os velhos tempos," disse Kellan com um sorriso contagiante.
A animação dele era contagiante, e eu não conseguia resistir à ideia. Falei com meu irmão, que topou na hora. Era a oportunidade perfeita para matar a saudade e relembrar bons momentos.
No dia do passeio, a energia era palpável. O parque estava cheio de risadas, luzes brilhantes, e o aroma de pipoca e algodão doce. Assim que entramos, Kellan puxou a mão de ambos e nos conduziu até a primeira montanha-russa. Meu coração batia rápido de antecipação e, ao mesmo tempo, de nervosismo.
- "Vai ser incrível, confia em mim!" ele disse, com um olhar cheio de entusiasmo. E assim fomos, gritando e rindo juntos, as preocupações ficando para trás, mesmo que por algumas horas.
Depois de várias voltas, nos sentamos em uma barraquinha de cachorro-quente para recarregar as energias. Meu irmão e Kellan começaram a contar histórias sobre os velhos tempos, e eu me senti tão feliz em vê-los juntos novamente. O ambiente estava repleto de risadas e uma sensação de pertencimento.
- "Lembra daquela vez que tentamos fazer uma competição de quem comia mais algodão doce?" meu irmão começou, rindo.
- "Como esquecer? Eu achei que ia passar mal!" Kellan respondeu, rindo junto.
O momento era leve e eu me perdi na alegria da companhia deles. Era reconfortante saber que, apesar dos desafios que ainda estavam por vir, eu tinha um suporte forte ao meu redor.
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