Emily, uma adolescente de 17 anos, luta contra a depressão, transtorno borderline e uma vida familiar caótica. Em meio a uma festa turbulenta, ela busca refúgio na companhia de um estranho misterioso: um jovem alto, de olhos azuis e cabelo preto tin...
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O motor da moto de Luan rugiu enquanto ele levava Emily de volta para casa. O vento frio da noite não aliviava a confusão e o incômodo que se acumulavam dentro dela. Mesmo depois de tudo o que tinham conversado, algo no comportamento de Luan ainda a deixava desconfortável. Ele era imprevisível, possessivo, e o fato de ter explodido de ciúmes antes ainda estava fresco em sua mente.
Quando finalmente chegaram à casa de Emily, Luan parou a moto na calçada e a observou descer. Ele tirou o capacete, jogando os cabelos para trás, e a encarou com aquele olhar penetrante que parecia sempre ver mais do que ela gostaria de mostrar.
— Emily, só mais uma coisa — ele disse, a voz carregada de um tom casual, mas com algo sombrio por trás. — Você sabia que o Nathaniel já está com outra?
Emily sentiu seu coração afundar no peito. A pergunta veio como uma facada inesperada, fazendo com que ela paralisasse por um segundo.
— Como assim? — ela perguntou, tentando manter a voz firme, mas incapaz de esconder o tremor que ameaçava aparecer.
— Eu vi ele de papinho, uns beijos pra cá e pra lá com outra garota... — Luan deu de ombros, como se fosse algo óbvio. — Só achei que você deveria saber. Não quero que você fique presa em algo que já está acabado.
Emily sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Ela sempre teve receio de se aproximar demais de Nathaniel, sempre achou que algo poderia dar errado, e agora aquilo... Ele estava com outra pessoa? O que ela significava então?
— Tudo bem... — murmurou ela, tentando esconder o impacto daquelas palavras. — Obrigada por me avisar.
Ela entrou em casa, mas por dentro, estava desmoronando. O mundo ao seu redor parecia girar lentamente enquanto ela tentava processar o que Luan havia acabado de dizer. Subiu as escadas para o quarto, o peito apertado, e caiu na cama, sentindo as lágrimas se acumularem, mas se recusando a deixá-las cair.
Lá fora, Luan colocou o capacete e partiu com um sorriso satisfeito. Ele sabia que havia plantado a dúvida na mente dela. Era exatamente o que queria.
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