Juliette pediu para Rodolffo não contar a ninguém por enquanto. Hoje era um dia especial para Sofia e não queria nada que tirasse o foco dela.
Mark tinha conversado com Juliette e Rodolffo e deu-lhes a saber que ia pedi-la em casamento. Pediu que a sua chegada fosse surpresa e eles assim fizeram. Regressaram por isso à cozinha, sorridentes e felizes.
- Eita! Que cara de felicidade é essa?
- A mesma que um dia hás-de ter quando tiveres ao teu lado o teu grande amor. - respondeu Rodolffo.
Juliette olhou-o nos olhos e deu-lhe um selinho.
- Ainda vai demorar. Faltam dois anos para o Mark se formar. Ele disse que vinha viver para cá nessa altura.
- Dois anos passam rápido. Muita àgua vai correr debaixo da ponte. Paixões vão e vêm e o que hoje é certo amanhã já não é.
- Não digas isso mãe. Que pessimista!
- Não era de ti que falava. Era no geral. Ouvi o carro do mano. Vamos por a mesa para o almoço.
Juliette arrumou os pratos e Sofia perguntou:
- 6 pratos, mãe? Quem vem almoçar?
- Eu. - disse Mark que estava atrás dela com um enorme buquê de rosas.
- Mark!!!! - Sofia pulou no colo dele que teve dificuldade em segurá-la juntamente com as flores.
Stephen vinha logo atrás e cumprimentou Rodolffo e Juliette com um abraço.
Sofia e Mark estavam tão encantados que simplesmente não existia mais ninguém naquela sala.
- Por isso estavas incomunicável?
- Foram muitas horas de voo. Estou muito cansado.
- Sofia, mostra os quartos a Mark e Stephen para que eles possam refrescar-se se quiserem.
- No último andar?
- Sim, Sofia. Onde são os quartos dos hóspedes?
- Estão prontos? Ah, claro que devem estar. Fizeram tudo nas minhas costas. Até tu, Santi! Traidor.
- Foi a pedido do teu namorado. A ele é que deves cobrar.
- E vou. Vamos que eu acompanho-os aos quartos.
Sofia subiu com os dois, deixou Stephen num dos quartos e entrou no outro com Mark. Este pousou a mala e tomou-a nos braços beijando-a, num beijo com sabor a saudades.
- Desculpa, queria fazer surpresa.
- Eu desculpo. Estou tão feliz. Quanto tempo vais ficar?
- Dois meses. Quero muito aproveitar este tempo contigo.
- Nós ainda temos aulas.
- Não faz mal. Estar a teu lado é sempre bom. Vim fazer uma coisa especial.
- Conta. Posso saber?
- Podes uma vez que és a principal interessada. - casa comigo.
- O quê?
- Mark ajoelhou e mostrou o anel. Quero ir embora noivo. Casa comigo.
- Eu caso amanhã se for possível. Era o que mais queria para não ter que me separar de ti.
Mark colocou o anel no dedo dela.
- Depois do almoço eu farei o pedido formal ao teu pai, mas tinha que fazer primeiro a ti e sózinhos.
- Ah! Dois anos, passem depressa. Eu não vejo a hora de te ver regressar de vez. Agora noiva ainda me vai custar mais.
- Tem um pouco de paciência. As coisas hão-de arranjar-se.
Os dois ficaram abraçados durante alguns minutos, mas Sofia precisava voltar para a sala e deixar ele tomar banho.
- Amor vou guardar o anel. Quero que seja surpresa para eles. Depois voltas a colocá-lo.
- Ok, mas hoje eu quero comemorar contigo a sós. Será que podemos passar a noite num hotel?
- Eu não sei como os meus pais vão reagir.
- O Santiago já tratou de tudo. Já reservei um hotel lindo.
Sofia chegou à sala e abraçou os pais.
- Tenho a melhor família do mundo.
Pai, mãe, vocês iam ficar muito aborrecidos se eu fosse para um hotel com o Mark. Hoje é um dia especial para nós e eu queria estar com ele.- Mas... - Rodolffo ia falar quando Juliette tomou a dianteira.
- És adulta e ajuizada. Tu sabes o que podes ou não fazer.
- Juliette!
- Rodolffo, pára de mimimi!
Tu fizeste o mesmo comigo.- Mas ela é a minha...
- A tua filha. Já uma mulher.
- Pai, o Mark pediu-me em casamento e também vai pedir a ti. É por isso que quero comemorar a dois e não com todos.
- Claro que vais e o pai vai fazer cara alegre. Um dia tinha que ser, Rodolffo.
- Sofia estava sentada no meio dos dois e abraçava-os em conjunto.
- Se te faz feliz eu abafo a dor no meu coração e finjo que não aconteceu.
- Quanto drama, Rodolffo!
- Não é drama. Não estava preparado para este momento.
...
O almoço estava a terminar. Juliette e Sofia retiravam toda a loiça e preparavam-se para o café. Foi nesse momento que Mark segurou na mão da namorada e fez o pedido a Rodolffo.
- Claro que eu fico feliz por vós dois, mas não penses levar a minha menina para a Austrália.
- Quanto a isso, também é um tema que precisa ser esclarecido. Quero casar o quanto antes, isto se Sofia estiver de acordo e para morar escolhi o Brasil. Já não regresso. Vou completar a minha formação aqui junto da minha amada.
Já tratei da transferência e de acordo com meu pai vamos mudar-nos para cá. O meu pai talvez ainda precise viajar, mas eu fico cá de vez.- Sofia bateu palmas e tinha um sorriso de orelha a orelha.
- Estamos velhos, Stephen. - disse Rodolffo.
- Só nos resta esperar pelos netos.
- Agora que já todos contaram as novidades, eu e Juliette também temos uma grande novidade.
- Não inventes pai. Não venhas com as tuas ideias.
- Deixa-o falar filha. Tínhamos acordado que daríamos a notícia mais tarde, mas o teu pai, boca de sacola não aguenta.
- Vem para aqui meu amor-perfeito. A flor mais linda do jardim. Vem cá para contarmos juntos.
- Eu já estou com medo. - disse Mark.
- E então eu? Cada vez que ele ficam assim lá vêm bomba. - disse Sofia.
- Então! Eu e a vossa mãe vamos ser PAIS DE NOVO. A Ju está grávida!
- O quê????? - gritaram os dois em conjunto enquanto Mark e Stephen se mostravam surpreendidos.
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Meu amor-perfeito
FanfictionPor mais voltas que a vida dê, sempre haverá algo marcante que um dia há-de reaparecer para desestabilizar.