XVI

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Na manhã seguinte como era domingo ninguém estava preocupado em levantar-se cedo.

Juliette e Rodolffo já estavam acordados,  mas tinham ficado na cama.  Rodolffo dizia coisas obscenas ao ouvido dela que a faziam arrepiar.

- Se fizeres só metade do que apregoas eu já me dou por satisfeita.

- Duvidas da minha capacidade?

- Jamais.  Eu sei que podes fazer isso e muito mais.

Rodolffo começou a beijá-la deixando uma das mãos deslizar até à sua intimidade.

- Já estás no ponto.

- Contigo a meu lado eu não sei o que acontece.  Eu amo-te tanto.

Rodolffo colocou-se entre as suas pernas.  Os beijos foram substituidos por lambidas e chupões quando um barulho vindo de fora os interrompeu.
Era Beth que chamava pelo filho.

Rodolffo levantou-se, vestiu os shorts e foi até à entrada.

- Rodolffo, onde está o Mark?

- Está a dormir.  Não tens vergonha de deixar o teu filho abandonado, com fome, para ires para a farra?

- Chama-o para ir para casa.

- O Mark vai ficar comigo até eu conseguir falar com o pai dele ou os avós.

- Ai não vai não.   Vou chamar a policia e acusar-te de rapto.

- Vai.  Chama agora que assim eles vêem o estado em que estás.  Sai daqui senão sou eu que chamo.

- Mark!!!!

- Mãe!  Pára com esse show.  Eu quero ficar aqui, não quero ir para casa. - Mark tinha ouvido a voz da mãe e veio falar com ela.

- Vais deixar-me sózinha?

Rodolffo sorriu e Mark respondeu.

- Como tu me deixas sempre.  Em todo o caso agora vais dormir e quando acordares bebes e começa tudo de novo.  Porque me trouxeste e tiraste dos avós?

- Porque eu quero o Rodolffo connosco.   Eu prometo que mudo se ele vier viver connosco.

- O pai tem a família dele.

- Nós éramos a família dele.  Porque ele decidiu voltar?

- Exactamente porque a minha família estava aqui.  Vai para casa e dorme.  O Mark vai ficar connosco.

- Eu não vou deixar as coisas assim.  Eu quero-te de volta.

- Esquece, pois isso nunca vai acontecer e muito menos depois da vida que levas.  Volta para a Austrália,  volta a trabalhar e cuidar de ti.

- Volto, mas contigo.  Vem Mark.  Vem com a mãe para casa.

- Não  vou, mãe.  Não gosto daquela casa. Não gosto de ficar sózinho.

- Em que escola matriculaste o Mark.  Segunda feira está aí e ele precisa ir à escola.

- Eu não  estou na escola.

- O quê?  Beth, que história é essa que Mark não está na escola?

- Ainda não tive tempo de fazer a matrícula e os colégios são caros. Este ano ele não estuda.  Talvez para o ano que vem.

- Eu não acredito no que ouço.  Volta para casa e repensa as tuas atitudes.  O Mark não tem que sofrer por causa das tuas loucuras.

Ela deu meia volta e caminhou em direcção a casa.  Rodolffo fechou a porta e abraçou Mark.

- Nós vamos arranjar uma solução.  Tu sabes o número do teu pai?

- Sei, mas quero voltar para os avós.  O pai trabalha muito  e não pode estar comigo.

- Eu sei, mas talvez possa vir-te buscar.  Sabes que os avós não têm idade para vir tão longe.

Rodolffo aproveitou e foi fazer o café para todos.   Mark ajudou-o e depois juntos foram ligar ao pai deste.

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