CAPÍTULO UM:
HOPE SKYWALKER
O sol escaldante de Tatooine deixaria qualquer ser desnorteado, menos Hope Skywalker que vivia sobre o sol, não por opção e sim por dever. Watto obrigava os gêmeos Skywalker a trabalhar desde o trabalho mais leve ao mais pesado.
Ao subir no topo da loja, Hope segurou um capacete velho sobre a cabeça, um capacete velho que ela achou nos desertos de Tatooine que provavelmente era de algum piloto morto em combate. A jovem ruiva abaixou a viseira e fingiu estar pilotando fazendo os efeitos sonoros de uma nave.
— Nossa, tem inimigos na nossa direção! — Anakin disse no telhado abaixo dela, também na brincadeira.
Hope virou o guidão imaginário enquanto gritava instruções para Anakin que gritava de volta, mas ao ouvir os gritos de Watto, a jovem pulou escondendo o capacete para que não acabasse destruído. A ruiva pulou no telhado deslizando até cair no chão em pé.
— Corre! — Hope pulou os degraus entrando na loja.
De cabeça baixa ela entrou ouvindo as exclamações e reclamações de Watto que ao se aproximar ergueu a mão para a dupla de irmãos que se encolheram de imediato esperando pelo ataque, mas ele não veio.
Anakin empurrou a irmã enquanto Watto resmungava algo que a jovem ruiva decidiu ignorar completamente. Hope pulou no balcão se sentando na beirada balançando as pernas curtas olhando cliente por cliente.
Os olhos azuis da jovem se congelaram na direção de uma garota de cabelos longos e escuros, seu olhar perdido e curioso olhando em volta da loja, alheia da atenção da pequena Skywalker nela.
O coração de Hope se acelerou no máximo como se pudesse saltar para fora há qualquer instante, suas mãos suaram e ela relaxou todos os músculos como se finalmente estivesse em paz desde que nasceu.
Sentindo algo estranho, Padmé olhou na direção de Hope notando o brilho no olhar refletindo o próprio brilho. Padmé se viu sendo atraída para perto da garotinha que apenas a olhava com um curto sorriso.
— Você tem olhos mais lindos que eu já vi — Padmé sorriu se aproximando da jovem Skywalker.
— Obrigada. Minha mãe diz que eu tenho as estrelas nele — A garotinha disse com sua voz suave e tímida.
— Isso é muito lindo — Padmé sorriu levemente e Hope não pode deixar de notar o sorriso perfeito da garota. — Sou Padmé Naberrie, a propósito.
— Hope Skywalker — A ruiva se apresentou apertando a mão de Padmé na dela, a suavidade da mão de Padmé em contraste com as mãos machucadas da Skywalker. — Eu sinto que já conheci antes.
A cabeça da ruiva pendeu para o lado analisando o rosto angelical de Padmé, notando algumas linhas e detalhes que ela parecia ter visto em algum lugar antes, mas não conseguia se lembrar por mais que forçasse sua mente.
— Eu acho que não, nunca vim para Tatooine antes — Padmé respondeu confusa, mas sem desmanchar o sorriso em nenhum momento.
Mas aquele olhar, aquele olhar em especifico de Padmé estava na mente de Hope impregnada nas paredes como se fizessem parte dela, mas ela não entendia o porque, era tudo tão confuso para ela.
— Você deve ter conhecido alguém parecida comigo — Padmé tentou achar uma resposta, mas Hope negou.
— Não existe ninguém como você — Hope respondeu do fundo de sua alma, foi tão automático como se ela conhecesse Padmé há anos.
Padmé franziu a testa confusa, abriu a boca para questionar, mas o som alto de um dróide sendo ligado chamou a atenção de todos na loja. Um pequeno dróide ria enquanto Jar Jar corria atrás dele tentando o desligar.
— Acerte o nariz! — Anakin instruiu.
Jar Jar segurou o dróide pelo pescoço e então acertou o pequeno botão em seu nariz fazendo o dróide ficar mole nas mãos de Jar Jar que riu assentindo levando o dróide para junto do outro grupo de dróides.
Padmé olhou sorrindo vendo e ouvindo aquela gargalhada gostosa da Skywalker que olhava Jar Jar rindo de suas palhaçadas. Algo em Hope deixava Padmé tão... relaxa e em paz, ela não sabia explicar, mas quando ela sabia ela sabia.
Qui-Gon entrou na sala em passos pesados andando rápido até Padmé e Aemma, a garotinha que Hope nem se quer notou por estar focada demais em Padmé, assim como Padmé nem se quer notou Anakin.
— Vamos indo. — Qui-Gon passou por eles avisando, sem os esperar. — Jar Jar. — Qui-Gon chamou o Gungan.
Hope sentiu o coração se afundando com a noticia de que iriam embora, ela não queria que Padmé fosse, não agora, nem nunca. Os olhos da garotinha foram para Padmé que retribuiu o sorriso triste.
— Foi bom te conhecer — Padmé disse suavemente olhando Hope que se sentou de lado para a olhar.
— Foi muito bom te conhecer, Pad — A ruiva sorriu triste olhando a garota indo embora.
— Estrangeiros, acham que podem entrar aqui e me roubar — Watto disse irritado com sua voz gutural de sempre.
— Eles são legais — Hope disse ganhando um aceno de Anakin.
Watto rosnou olhando os gêmeos, claramente odiando que ambos tenham opniões diferentes dele oque não é nenhuma surpresa, afinal, esse é o Watto.
— Se apressem e vão arrumar os dróides! — Watto exclamou irritado balançando sua mão azul na direção dos fundos.
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𝐋𝐀𝐒𝐓 𝐇𝐎𝐏𝐄 - 𝑷𝒂𝒅𝒎𝒆́ 𝑨𝒎𝒊́𝒅𝒂𝒍𝒂
FanfictionEm um remoto planeta desértico chamado Tatooine, Hope Skywalker vive uma vida simples e modesta, nunca imaginando que poderia desempenhar um papel significativo na vasta galáxia. Tudo isso muda quando o mestre Jedi Qui-Gon Jinn chega ao planeta em b...