olha quem voltouuu, não se acostumem, não tá corrigido e um xêro 🫶🏼
Sana jurou para si mesma que nunca mais olharia na cara de Jihyo após o término do relacionamento. Haviam namorado por cerca de um ano e meio, porém metade desse namoro havia sido somente com brigas e términos repentinos, por parte de ambas, até que Jihyo decidiu botar um ponto final nisso tudo.
Por um lado, quando terminaram, mal se importavam com isso e se quer lembravam uma da outra, até que depois de quatro meses de relacionamento a saudade começou a apertar e a troca de mensagens começou a acontecer novamente, voltaram a ficar eventualmente. Em uma das conversas, Park afirmou que toda vez que a japonesa escutasse um motor de carro barulhento perto de sua casa, poderia ter certeza que era a própria passando em sua rua para atormenta-lá, talvez em forma de flerte.
Por mais que se amassem continuavam sendo orgulhosas o suficiente para que aquilo atrapalhasse o relacionamento, fazendo com que muitas vezes Jihyo enviasse fotos para sua ex que claramente haviam mulheres por perto dela. Minatozaki poderia afirmar que não se odiava tanto a ponto de se humilhar daquele jeito por ex, mas simplesmente toda vez que a coreana ficava bêbada e se declarava falando o quão sentia falta de Sana, sobre o quão amava foder ela e sobre tudo que planejaram, a japonesa tinha certeza que aquilo era verdade, já que quando sob efeito de álcool, Park falava todas as verdades do mundo.
Como de costume, toda sexta-feira a noite aquele barulho insuportável do carro de Jihyo se instaurava pela rua, era normal a garota dar cerca de três voltas no quarteirão antes de finalmente voltar para sua casa. Porém dessa vez havia sido diferente, após a segunda volta, o carro havia estacionado em frente a casa, buzinando diversas vezes, significando que Minatozaki deveria retirar-se de casa.
00:40, estava pronta para dormir e aproveitar seu final de semana sem trabalho, livre de qualquer roupa que fosse considerada um incômodo, Sana utilizava apenas um conjunto de baby-doll por conta do calor, que por sinal, quando namoravam, era o preferido de Jihyo. Antes que pudesse ao menos sair de sua casa de forma amigável, o telefone foi tomado por chamadas incompletas e diversas mensagens de Park a mandando sair de casa pois estava em frente a casa da mesma. Mal se importou com suas roupas, já que praticamente vivia numa rua onde todos se conheciam, ou seja, mal importava se alguém a visse com esse tipo de vestes. O mínimo a se fazer foi calçar seus chinelos antes de ir.
Sinceramente, sabia que a coreana estava em frente a sua casa somente para perturbar seu juízo, já que desde que terminaram, as conversas pervertidas e provocações nunca haviam saído do celular.
Quando a frequência de ligações começaram a aumentar, fez o quê pôde para sair o mais rápido possível, mal se importando em trancar a porta de casa ou não.
A porta do carro foi aberta, certificou-se de entrar o mais rápido possível, não que fosse da conta de alguém, mas seria super chato se mesmo com toda intimidade da vizinhança, vissem Sana entrando num carro desconhecido.
— Logo o baby-doll que eu adoro?! Aí é pra você me matar, Sana!
— Não botei pra você, inclusive eu tava indo dormir!
Sentiu o olhar da mais nova praticamente queimar sob sua pele. Cada partezinha do corpo exposta foi literalmente secada, principalmente suas coxas e seios.
— O que você quer?
— Ah, não posso vir aqui te ver?! — perguntou, cruzando os braços.
— Pode, mas não sei o motivo desse seu desejo de vir aqui toda sexta-feira!
O desejo? Bom, era conseguir foder Sana pelo ou menos pela última vez e hoje finalmente havia tomado coragem.
— Saudades de você, só isso.
