6.

2 1 0
                                        

—Izuku, calma, pelo o amor de Deus! —Denki se desesperava ao ver o irmão daquele jeito.

—Saí, por favor! —Midoriya falava com o rosto choroso. —Tá doendo e isso não tá resolvendo!

—Mas, Zuz...

—Por favor, Denki. Eu quero ficar sozinho.

Nesta manhã, Denki encontrara seu irmão chorando e encolhido entre a cobertas. Resmungando que os supressores não estavam fazendo nenhum efeito. Lógico, o cio estava ficando mais forte e aquilo estava estressando o esverdeado.

—Tá bom, Zuku. Manda mensagem se quiser algo. —Denki disse, com a voz trêmula, a preocupação estampada em seu rosto.

Ele hesitou por um momento, mas, ao ver a expressão angustiada de Izuku, decidiu que era melhor respeitar o espaço do irmão. Com um último olhar, Denki saiu do quarto, fechando a porta suavemente atrás de si.

Izuku se deixou cair de volta nas cobertas, sentindo o peso das emoções o sobrecarregar. Ele queria que tudo isso passasse logo. O desconforto parecia interminável.

Izuku se virou de lado, enterrando o rosto nas almofadas enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele se esforçou para se acalmar, respirando fundo e tentando focar em algo positivo, mas era difícil.

Depois de um tempo, ele ouviu o som de uma notificação no celular. Curioso, ele olhou para ver se era Denki, mas não era. Era uma mensagem de Todoroki.

Todoroki: "Ei, tudo bem? Só queria saber como você está."

Izuku hesitou antes de responder. Ele queria ser honesto, mas também não queria preocupar Todoroki.

Izuku: "Estou... tentando. Está difícil hoje."

Todoroki respondeu rapidamente.

Todoroki: "Entendo. Se precisar conversar, estou aqui. Não se sinta pressionado a ficar sozinho."

Isso trouxe um pequeno conforto a Izuku. A ideia de ter alguém ao seu lado.

Izuku: "Infelizmente você não pode ficar aqui."

Todoroki: "Eu sei, mas posso ficar disponível por mensagem. É sempre bom ter alguém com quem conversar."

Izuku sorriu levemente, mesmo que ainda estivesse se sentindo mal. A presença de Todoroki, mesmo que virtual, ajudava a amenizar um pouco a angústia.

Só tinha duas coisas incomodando ele naquele momento. 

Primeiro, aquela sensação de que havia uma parte faltando em seu corpo, mas ele não sabia bem o que. E em segundo, seu membro ereto que latejava dentro da cueca. Extremamente irritante.

—Que inferno de cio! —O menor se irritava cada vez mais. —Não era mais fácil todo mundo ser beta?! Que merda! —Ele ficava gritando sozinho no quarto, qualquer um que pasasse por ali o chamaria de louco.

Izuku se deixou levar pela frustração, gritando e se debatendo nas cobertas. Ele sentia que estava perdendo a sanidade, e a sensação de estar preso em um corpo que não respondia do jeito que ele queria só aumentava sua irritação.

Foi então que seu celular vibrou na mesa de cabeceira. Ele olhou rapidamente, reconhecendo o nome na tela.

Bakugo: "Ei, você tá bem? Ou tá tendo uma crise de doido?"

Izuku leu a mensagem e soltou um suspiro frustrado.

Izuku: "Não estou bem. Estou no cio e isso é insuportável!"

O lado bom de te amar [Bkdk]Onde histórias criam vida. Descubra agora