𝟎𝟒.𝐓𝐡𝐞 𝐚𝐮𝐜𝐭𝐢𝐨𝐧

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20 DE MARÇO || SÁBADO

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20 DE MARÇO || SÁBADO

A onda de calor que percorre meu corpo é incontrolável, e minhas pernas tremem enquanto tento conter os gemidos que escapam sem permissão. Ele se inclina sobre mim, o peso do seu corpo me fazendo sentir pequena. Sua respiração pesada roça minha orelha, enviando arrepios pela minha espinha.

— Está pronta para me receber, garota? — Sua voz é baixa, maliciosa, enquanto seus dedos brincam impiedosamente entre minha boceta, me levando à loucura.

Minha mente está à beira do caos, eu deveria responder, mas as palavras não saem. A necessidade de gritar toma conta de mim, mas ao mesmo tempo, me sinto paralisada.

Abro a boca para dizer algo, qualquer coisa, mas...

— Diane! — Meu corpo é sacudido, e de repente, estou desperta. Tudo desaparece em um segundo.

A respiração sai rápida, ofegante, e sinto o suor escorrer pela minha testa. O coração bate descompassado, martelando no peito com uma força assustadora.

— Diane! — Minha mãe chama novamente, mais perto dessa vez. Seu tom é firme, irritado. Tento me recompor, mas meu corpo ainda está trêmulo, minhas pernas fracas. O gosto metálico da realidade invade minha boca

Sua voz preenche o quarto, alta e imponente, fazendo meus nervos se acenderem como uma tempestade elétrica dentro de mim. Não preciso abrir os olhos para saber que ela está parada ali, me observando, esperando. O ar no quarto parece pesar o dobro, comprimindo meus pulmões, me deixando com dificuldade de respirar.

Pisco os olhos algumas vezes, tentando focar, enquanto a luz da manhã inunda o quarto. Me viro lentamente, o corpo ainda pesado pelo sono, e a vejo. Minha mãe está em pé na porta, impecavelmente arrumada, como sempre.

— Diane, levanta. — Ela já estava de pé na porta, o rosto impassível, frio como sempre. — O grande dia chegou.

Senti um frio percorrer minha espinha. As palavras o grande dia me causavam arrepios. Sabia o que ela esperava de mim. O chão parecia ceder sob meus pés enquanto tentava reunir coragem para sair da cama. Meus músculos estavam tensos, como se soubessem que algo ruim estava prestes a acontecer.

Minha mãe se aproximou, segurando algo em suas mãos. Um vestido branco. Branco de pureza. Ao primeiro toque, percebi que era fino demais, quase transparente. Meus dedos mal conseguiam segurá-lo de tão leve que era, como se fosse feito para desaparecer no ar.

— Vista isso. — Ela jogou o vestido em cima de mim, sua expressão impassível, como se aquilo fosse algo corriqueiro.

Seguro o vestido entre os dedos, a textura sedosa escorregando pelas minhas mãos. O tecido é frio ao toque, suave demais, como se fosse feito para alguém muito mais pura do que eu jamais poderia ser. A cor, a leveza... tudo nele grita pureza. Eu não pertenço a isso.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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𝐋Á𝐆𝐑𝐈𝐌𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐒𝐀𝐍𝐆𝐔𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora