Em meio à humilhações e agressões, Hiroki decide por um fim à tudo isso, e consegue pedir ajuda ao seu pai que o leva embora para sua nova família, Hiroki deve decidir qual caminho seguir, voltar ao passado e resolver pendências ou apenas seguir em...
O restante do dia foi dedicado ao treino de resistência. Como já havia terminado meu teste, o sensei Haku me liberou mais cedo. Meu corpo estava exausto, os músculos queimando pelo esforço contínuo. Hiruma e Léo ficaram no dojo para finalizar os próprios treinos. Antes de sair, desejei boa sorte a ambos. Léo, como sempre, estava convencido de que conseguiria derrotar o sensei Haku. Ele era confiante em tudo que fazia, mas, no fundo, sabíamos que isso não mudava os resultados contra um adversário tão experiente.
Caminhei pelas ruas de volta para casa, sentindo o cansaço pesar em cada passo. Quando cheguei, a porta estava entreaberta, o que não era incomum. Assim que entrei, fui recebido pelo sorriso caloroso de uma mulher de meia-idade, com cabelos castanhos curtos e olhos cor de caramelo que sempre pareciam brilhar com uma gentileza infinita. Ela era minha madrasta, a senhora Mahina Mori.
— Bem-vindo de volta, Hiroki — disse ela, com aquele tom gentil e doce, quase maternal, que sempre me fazia sentir em casa.
Apesar de não ser minha mãe biológica, Mahina era incrível, muito mais presente e carinhosa do que minha verdadeira mãe, Kaede, que me abandonou anos atrás por causa de outro homem.
— Obrigado, mãe. Como a senhora está? — perguntei com um leve toque de preocupação, embora já soubesse qual seria a resposta.
Ela sempre dizia que estava bem, mesmo quando não estava. Era sua maneira de tentar não me sobrecarregar com suas preocupações. Mas eu sabia. Por mais que ela tentasse esconder, eu percebia os sinais.
Subi as escadas em direção ao meu quarto, deixando a conversa para trás. No caminho, deparei-me com meu pai, o senhor Takashi Mori. Ele era meu pai biológico, um homem de postura firme, mas com um coração bondoso. Depois do divórcio com Kaede, ele perdeu a guarda de mim por um tempo. Foi um período difícil, mas, por sorte, ele conseguiu me trazer de volta quando contei tudo o que havia acontecido.
— Olá, pai — disse, acenando com a cabeça. Ele me olhou com orgulho nos olhos, algo que sempre me dava força.
— Você foi bem hoje? — perguntou, com aquele tom direto que ele sempre usava.
— Fiz o meu melhor — respondi, sabendo que essa era a resposta que ele mais valorizava.
— Que bom, meu filho. Fiquei sabendo que o sensei Kaito faltou hoje — comentou meu pai, largando o celular de lado por um momento.
— Ah, sim. Ainda bem. Hoje foi só treino de resistência — respondi com um sorriso, aliviado por não ter enfrentado o dia mais duro com o sensei Kaito.
— O Kaito realmente pega pesado, mas ele é um ótimo sensei — disse meu pai, voltando a pegar o celular.
Ele e o sensei Kaito eram velhos amigos. Ambos treinaram juntos no mesmo dojo, mas seus caminhos se separaram ao longo do tempo. Meu pai seguiu uma carreira de negócios, enquanto Kaito mergulhou de cabeça no mundo das lutas profissionais.
— Preciso fazer uma ligação. Avisa sua mãe que vou me atrasar um pouco — ele disse, discando um número em seu celular.
Deixei meu pai em paz. Ele era o dono do restaurante "Kogane no Tori", o restaurante mais renomado de Saitama, conhecido por sua culinária tradicional e pela excelência no atendimento. Era um negócio de prestígio que ele havia construído com muito esforço, e o sucesso mantinha sua agenda sempre cheia.
Subi para o meu quarto, troquei de roupa, vestindo algo mais casual, e desci de volta para a cozinha. A mesa de jantar já estava completamente montada, cada detalhe preparado com o cuidado habitual da minha mãe. Na mesa, estava meu irmão mais velho, Yudi Mori, já esperando o jantar.
Yudi era um reflexo perfeito de nosso pai, com seus longos cabelos loiros e os penetrantes olhos azuis. Muitos achavam que éramos gêmeos por nossas semelhanças, embora ele tivesse herdado muito mais da genética paterna do que eu.
— Hiroki, você viu? Saiu a nova versão do Fighters X! — disse ele, seus olhos brilhando de animação.
— Sério? Não vejo a hora de jogar! — respondi, igualmente empolgado.
Fighters X era o melhor jogo de luta da nossa geração. Eu e Yudi passávamos horas jogando e competindo. Fazia alguns anos que o jogo não recebia atualizações, então uma nova versão era uma grande novidade para nós. As noites de competição estavam prestes a recomeçar.
Mas é claro que com menas intensidade afinal Yudi também treinava no dojo e não só isso ele é o terceiro na posição do dojo, acima dele somente o sensei Haku e Kaito, não subestime por ser um otaku, ele é um verdadeiro prodígio na luta.
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