CRUEL CORAÇÃO - LIVRO 1 - SÉRIE INFIEL - ROMANCE DARK

CAPÍTULO VINTE E CINCO

LEONOR DADUR

SEMANAS DEPOIS:

A semana de Natal estava estranhamente calma e isso era assustador. Aquela sempre foi a época mais agitada dentro do cartel. Martin adorava chacinas perto de datas comemorativas isso o deixava de bom humor, porém, por um motivo ilusório ele estava focado na sua campanha o que deixava as pessoas tranquilas.

Cristal estava cuidando de todos os planejamentos para a festa e eu apenas foquei na minha agenda, pois eu estava sendo jogada entre Martin e Celeste, era um cabo de guerra e eu tinha me tornado a corda.

— Sinto que estamos sendo observados. - Comentei com Martin na noite anterior à festa de Natal. — Além de Emília e toda a bagagem emocional que ela coloca sobre a mansão tem algo pairando no ar. Algo tenso e obscuro.

— Você está tensa, cariño. - Acalmou-me ele acariciando os meus ombros. — Por mais que nossos inimigos sejam escorregadios eles não iriam perder a noite de Natal apenas para nos confrontarem.

— Você que está subestimando o inimigo. - Bradei cruzando os meus braços e ele deu uma risada. — Esperança é obcecada em você. Ela está calada demais desde a última vez que ela esteve na mansão. Não consigo controlar o meu sexto sentido. Algo acontecerá amanhã a noite e devemos estar preparados.

— Se algo está a incomodando eu cancelarei. - Avisou ele e eu apenas suspirei irritada. Martin estava me subjugando. — Faremos a nossa própria festa de Natal. Apenas eu e você.

— Não seja irônico. - Mandei afastando-me dele e suspirando pesadamente. — Apenas não faça nada de errado amanhã, tenho a certeza de que algo acontecerá.

— Mandarei com que a segurança seja reforçada. - Garantiu ele beijando o meu ombro. — Você está realmente tensa cariño!

Apenas empurrei-o estressada. Estava nos meus dias de estresse do mês e quanto mais Martin se aproximava mais o ranço crescia no meu peito. Era como se eu ficasse enjoada apenas de olhar para a sua cara. Entrei no banheiro trancando a porta, pois, sabia que Martín invadiria o banheiro com qualquer desculpa e iriamos acabar transando como dois coelhos, pois era isso que tínhamos feito nas ultimas semanas, não podíamos passar mais do que cinco minutos no mesmo ambiente que acabamos sem roupas e fodendo em qualquer ambiente que tivesse uma porta.

Segundo o meu médico o meu libido aumentaria por conta das medicações para o tratamento do meu problema obstetrício, porém eu não esperava que fosse daquela maneira, já que eu estava subindo pelas paredes e engordando como uma porca, se eu não cuidasse da minha alimentação já teria perdido todas as minhas roupas. Ninguém tinha me avisa do que o tratamento me deixaria com a fome de cem pessoas.

Saí do banheiro enrolada no meu roupão e apenas ignorei os olhares do meu marido e me tranquei no closet, escolhendo uma camisola e retornei para o quarto tirando o excesso de água dos meus cabelos com uma das toalhas, Martín continuava sentado no mesmo lugar e continuava a me encarar cheio de prazer.

— Não irei dar para você, nem se me implorar. – Avisei e ele apenas deu uma risada levantando-se como um predador. — Estou falando sério caro, apenas o seu cheiro está me deixando irritada. Acho que você deveria encontrar algo para fazer essa noite e me deixar ter uma noite de sono, confortável e agradável.

— Você que está no meu quarto, cariño. – Lembrou ele cruzando os seus braços e eu apenas dei de ombros, aquela tinha sido uma ideia dela, que arcasse com as consequências. — Uma visitante bem espaçosa, pois com você vêm todas as cores claras e cheiros doces, isso foi incomodo e eu não a expulsei, você está sendo muito injusta comigo.