MARTÍN DADUR
— Sogro! – Exclamei apertando a cintura da minha esposa e percebendo o quão tensa ela estava e aquilo me irritou. — Deveria ter nos informado sobre a sua chegada, iriamos preparar algo a sua altura e não recebê-lo dessa maneira.
— Você nunca teve boas maneiras. – Zombou ele e eu cutuquei a bochecha com a língua, aquele imbecil estava esquecendo que estava no meu território. — Não seria agora que começaria a me tratar com respeito. E invadir o seu território foi mais fácil do que tirar doce da boca de uma criança, deveria se preocupar com as pessoas que o circulam, você tem inimigos bem peculiares.
— Acho que você deveria abaixar o seu tom de voz. – Ordenei levantando-me e senti Leonor puxar o meu terno e apenas sorri afastando as suas mãos delicadamente. — Nada que acontece nesse país sem o meu aval, estou ciente de todos os seus passos desde o momento em que colocou os seus pés em Cancun, pela fronteira dos EUA. E nesse momento os meus homens estão cuidando daqueles que vieram com você e dos traidores que facilitaram a sua entrada no meu território.
— Você! – Rosnou Alastor e eu apenas dei uma risada. — Eu fiz uma péssima escolha ao ter casado Leonor com você, deveria ter seguido os planos iniciais e ter casado ela com Hector, me livrar de você seria muito mais fácil no passado do que agora.
— Cuidado com as suas palavras, sogro. – Zombei tocando no seu ombro e sorrindo maliciosamente. — Eu o deixei vencer em Miami para massagear o seu ego, mas isso não acontecerá no meu território. Então escolha uma mesa e comemore o Natal conosco, não quero desperdiçar o tempo que a minha esposa gastou nessa festa encerando-a antes da meia-noite.
— Por que você está tão confiante de que eu irei acatar as suas ordens? – Perguntou ele e eu apenas aproximei-me perigosamente dele.
— Porque eu sei de todos os seus passos e tenho o seu precioso herdeiro conhecendo uma das minhas salas de tortura. – Sussurrei vendo os seus punhos serem serrados. — Se quiser que ele retorne para Napoli com vida, sente-se e aprecie a festa conosco e nem tente buscar auxilio com um dos seus apoiadores, pois eu sei exatamente quem eles são e qualquer movimento suspeito e eu mandarei com que a cabeça do querido Aston seja enviado como o seu presente de Natal.
— Farei você engolir a sua arrogância. – Ameaçou-me ele e eu apenas gargalhei. — Não conseguirá me superar para sempre Martín Dadur, eu o farei chorar lágrimas de sangue e arrancarei o que lhe é mais precioso.
— Não essa noite. – Zombei sorrindo. — Aproveite a noite sogro, conservaremos com mais calma pela manhã ou na sua próxima visita.
O desgraçado entregou a sua arma para o meu segurança e apenas sentou-se em uma das mesas encarando-me com ódio e eu voltei para o lado da minha esposa que estava quase tendo um ataque de histeria. Puxei-a para um canto do salão depois de ter ordenado com que todos se divertissem e apenas a prendi entre os meus braços deixando com que ela cravasse as suas unhas em meus ombros.
— Eu vou matar você. – Rosnou Leonor e eu apenas acariciei as suas costas delicadamente, sabendo que nenhuma das minhas palavras iria a acalmar, então eu apenas a segurei com mais força entre os meus braços. — Estava ciente de tudo e me deixou no escuro, mesmo eu tendo lhe contado sobre os meus medos, escondeu isso de mim.
— Você está sobrecarregada demais, cariño. – Sussurrei segurando o seu rosto e forçando-a a me encarar. — Colocar mais esse peso nas suas costas seria cruel demais, e por mais imbecil que eu seja eu não a puxaria para essa sujeira. Cuidarei desse assunto sem ter que sujá-la.
— Se eu tivesse forças eu o socaria nesse momento. – Rosnou ela. — Eu não me envolverei nesse assunto, resolva-o sozinho e sem me contar com a minha ajuda. Qualquer palavra sobre esse assunto e eu matarei você com as minhas próprias mãos.
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CRUEL CORAÇÃO - LIVRO 1 - SÉRIE INFIEL - ROMANCE DARK
RomanceROMANCE DARK - SE NÃO GOSTAR DESSE TIPO DE LEITURA NÃO LEIA. UM CAPÍTULO POR SEMANA - POSTADO NA SEXTA-FEIRA Era uma vez... Todas as histórias de princesa que ela lia na infância começavam daquela maneira e sempre terminavam com felizes para sempre...