Abaddon o Destruidor!

59 10 4
                                    

"O filho tolo causa tristeza a seu pai e amargura àquela que o deu à luz."
                                       Provérbios 17:25

                               ⚜️⚜️⚜️

Era Novembro quando Abaddon cruzou as portas do reino de Arkelon coberto de sangue do seu inimigo. Era comum o exército desfilar entre seu povo sujo de suor e sangue para lhes mostrar que eles venceram mais uma batalha e seu povo podia continuar a viver em paz, pois seu rei os tem protegido.

Ouviu o povo gritar seu nome em um coro alegre, entre uivos, palmas e palavras de elogio enquanto ele, Aaron seu irmão e seus soldados galopavam em direção ao castelo.

Arkelon era um reino pacífico e próspero. Seu rei, Areon Faustos terceiro, governava com sabedoria e justiça, sendo um rei justo e bom para com o seu povo e sua terra.

Ali o povo não temia as guerras, não temiam a fome e viviam em paz e harmonia diante do rei.

Areon tinha dois filhos homens, o primeiro chamava-se Abaddon o Destruidor. Abaddon era o general do exército real, um homem implacável e impiedoso, que trazia no corpo as marcas de suas incontáveis vitórias contra todos aqueles que ameaçaram tirar a paz do seu povo.

A pele, bronzeada pelo sol, de Abaddon tinha um brilho hipnotizante, principalmente quando seu corpo, sujo de suor e com o sangue de seus inimigos, desfilava pelo reino em cima de seu garanhão negro como a noite, o animal mais alto e forte do reino, assim como seu dono.

Abaddon tinha os olhos negros como a escuridão, duros e severos. O corpo de dois metros de altura trazia em si músculos perfeitos e bem distribuídos. Ele era como um anjo moldado por um deus caprichoso e com muito bom gosto. Talvez, estivesse mais para um demônio tentador, de tão obcena que era a sua aparência.

O segundo filho de Areon chamava-se Aaron o libertino. Sim, essa palavra descreve muito bem o caráter do segundo irmão. Aaron era um cretino de marca maior, não obedecia as regras, sempre vivendo como lhe dava na telha, sem disciplina, negligenciando os deveres e obrigações, vivendo para o prazeres da carne.

Aaron era pálido como a neve e, assim como o irmão, seu corpo de um e oitenta também parecia ter sido moldado por um deus caprichoso, que o esculpiu em uma forma perfeita para desviar moças puras e inocentes.

Seus olhos, diferente dos de Abaddon, eram de um azul cristalino que lhe davam um ar angelical, quando, na verdade, estava mais para um demônio, lascivo e imoral, que colecionava corações partidos.

Diferente do irmão, Abaddon não se distraia com prazeres carnais, dedicava-se a ganhar batalhas e a expandir ainda mais o seu reino, enquanto que o mais novo dedicava-se a sua vida de farra e libertinagem.

O povo de Arkelon amavam os irmãos e respeitavam Abaddon como seu futuro líder. Mesmo carregando tão terrível fama, um de perverso e outro de pervertido, Abaddon e Aaron eram bons com os seus, justos como o pai e seriam ótimos reis quando seu pai abdicasse do trono.

Areon tinha ainda uma terceira filha, Abian. A princesa não era alta como os irmãos, mas, em seus um e sessenta e três, era tão linda quanto. Tinha a pele branca como o leite e os olhos cor de gelo mais claros que os do irmão do meio. Suas feições delicadas faziam a jovem parecer uma boneca de porcelana. A pele era tão macia que parecia veludo, devido aos tratamentos que recebia no castelo, com banhos de óleos perfumados e massagens diárias.

Os cabelos de ambos os três eram negros, longos e ondulados e chegavam até a cintura, assim como de todos no reino, era o orgulho dos habitantes de Arkelon. Os cabelos longos eram tão importantes para aquele povo que, quando alguém envergonhava sua família ou seu reino, fosse ele homem ou mulher, seus cabelos eram cortados e sua cabeça raspada para que o povo soubesse que ele não tinha honra, envergonhou sua família, seu povo e seu rei.

Abaddon - Senhor do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora