Diga-me o que quer...

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"Você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum."
                                                Cânticos 4:7

                          ⚜️⚜️⚜️

Kemup, Pérsia.

Abaddon acordou aquela manhã sentindo o vazio do corpo dela. Sua raposinha havia fugido de seus braços de madrugada, ele viu, e sentiu falta dela. Como podia já estar apegado a garota se a conhecia a tão pouco tempo? Mas, em tão pouco tempo, pôde ver o quanto o coração dela era bom, altruísta a ponto de se colocar em perigo para ajudar uma desconhecida, ao ponto de ajudá-lo, mesmo sem saber se ele seria bom ou mal quando despertasse.

Ela seria uma rainha perferita para o seu povo!

Mas, mais que isso, o que o atraiu a ela foi o fogo que viu no olhar da princesa, o modo como se entregou o teve completamente rendido a cada gemido que saia da boca macia e doce, cada gesto desesperado do corpo dela, cada beijo ou toque. Abaddon ja havia tido inúmeras mulheres em sua vida, pagas ou não, mas nunca havia sentido esse sentimento de... casa.

Liora era isso, era como sua casa. O lugar que ele ansiava voltar a cada batalha!

Ouviu a tosse ao longe e franziu o cenho. O que será que ela estava aprontando agora? Abaddon levantou-se, indo em direção ao cheiro de fumaça e queimado. Parou no arco que separava a sala da cozinha e a viu tentando acender o fogão a lenha.

Sorriu ao cruzar os braços e a observar, a garota não parava de surpreendê-lo. Pelo jeito desastrado como tentava acender o fogo, sem sucesso, Abaddon teve certeza que ela era realmente uma princesa, que nunca havia ao menos visto um fogão como aquele, mas admirou sua persistência, mesmo com a lenha visivelmente molhada.

Engoliu em seco quando ela se curvou e acabou se empinando ao soprar o fogo. A bunda deliciosamente marcada pelo vestido fez Abaddon ficar duro e tenso. Sem perceber andou até ela, admirado, sem conseguir desviar seus olhos do traseiro redondo, louco para sentir a carne macia e quente em suas mãos. Mas, antes de fazer tal ato impensado, parou. Não podia tratá-la como uma meretriz, tocando nela intimamente como se já fosse seu marido. Liora foi criada para ser uma dama, uma rainha, e Abaddon precisava lembrar daquilo, precisava respeitá-la.

- Precisa de ajuda princesa? - quando sua voz soou, talvez grave demais pela excitação, Liora pulou de susto. Ela não o havia visto entrar.

Acabou por se desequilibrar em um pedaço de madeira no chão e só não foi de encontro a ele porque Abaddon a segurou. Arfou ao sentir os braços fortes e duros puxá-la de encontro ao seu corpo igualmente duro, o mesmo que ela rebolou como se fosse uma meretriz sem pudor na noite anterior.

Sentiu o rosto queimar de vergonha e engoliu em seco com a vontade de fugir e se esconder, ele deve estar pensando nela como uma qualquer e essa era a última coisa que desejava agora. Abaddon a havia convidado a se juntar a ele em seu reino, Liora não sabia o que ele realmente quis dizer com aquilo, não sabia se só estava com pena por ela não ter ninguém ou se haviam segundas intenções, fazê-la sua concubina talvez? Com certeza não a faria sua esposa, aquele povo quando souberem quem ela é não a aceitarão no meio deles.

Liora tremeu com o medo do que a aguardava. Talvez fosse melhor procurar o general Zamora, talvez fosse melhor ficar ali. Mesmo sabendo que corria riscos com soldados iguais àqueles, mas ali pelo menos era seu povo, não estaria pior se fosse até um povo estranho!

Abaddon sentiu a princesa endurecer, tensa. Pensou ser pelo susto repentino, ou seu atrevimento em tocá-la sem sua permissão. Por isso afrouxou o agarre e a virou de frente a ele. Liora ofegou ao ver o olhar penetrante daquele homem e tremeu, vergonhosamente, excitada. Mesmo com todo o medo que sentia, queria provar daquilo novamente, queria sentir aquela sensação de agonia e alívio que sentiu na noite aterior.

Abaddon travou o maxilar tentando controlar a si mesmo ao sentir o tremor no corpo dela e as reações que causava na garota. Ela, com suas mãos pequenas, agarrara-se aos seus braços para se manter em pé, o que fez seu corpo queimar, principalmente ao ver o quanto ela estava linda suja de carvão. Os olhos azuis cristalinos com a luz do dia, a boca vermelha implorando para ser beijada, as bochechas vermelhas, caralho, a garota era uma perdição de tão linda.

- O que estava aprontando raposinha?- Abaddon susurrou. A voz rouca de tesão fez Liora estremecer e ofegar, ele levou a mão ao rosto pequeno e passou o polegar na mancha negra que sujava a face linda da garota. Liora arfou com o contato, com ele tão perto. Seu corpo acendeu como se estivesse ao redor de uma fogueira, as lembranças sujas da noite anterior invadindo sua mente, e ela querendo muito sentir aquilo novamente, sentir as mãos dele em seu corpo, a boca - pare de me olhar assim Liora, ou não vou conseguir me controlar! - Abaddon grunhiu, doendo por ela.

A garota era transparente em demonstrar o que pensava o que queria.

- Eu... não fiz nada senhor!  - arfou com a voz doce e baixa, fazendo-o pulsar.

Liora ofegou tamanha a intensidade que emanavam dos olhos dele, negros, densos, cheios de desejo. Abaddon deslizou a mão que estava no rosto dela para a nuca, agarrando-lhe os cabelos gentilmente.

- Não me chame de senhor, raposinha, a menos que queira que eu te coma em cima desse fogão! - Abaddon rosnou baixinho e Liora ofegou.

- O... o quê? - Sentiu seu corpo pulsar com as palavras dele, desejando que ele o fizesse.

- Diga-me, o que pretendia acendendo o fogo? - Abaddon ainda mantinha seu braço ao redor da cintura dela, mantendo-a o mais perto possível.

- Eu... - Liora franziu o cenho, incapaz de responder aquela pergunta, não com a mão dele entrando por sua nuca e se emaranhando em seus cabelos - eu...

- Você? - Abaddon a incentivou, achando fofo a garota incapaz de formular uma resposta. - Diga-me pequena raposa, o que pretendia fazer? - Abaddon raspou a boca na dela, esfregando a barba e a deixando vermelha. Ignorou de propósito a boca levemente aberta da garota em um pedido mudo para que a beijasse.

- Por favor - Liora choramingou, sem saber o que pedia, engolindo em seco a vontade de puxá-lo e beijá-lo, sentindo a pele arder e formigar onde ele passava a barba. Primeiro a boca, depois a bochecha, e por fim o pescoço - por favor!

- Diga-me, o que você quer minha raposinha? - Abaddon susurrou no ouvido dela, se deliciando com as reações da garota, cada arfar aflito, cada suspiro impaciente, até mesmo as pernas fechadas ele percebeu.

- Eu... - surpirou pesadamente - eu quero...

- O que você quer querida? - Abaddon deslizou a mão pelo braço dela, sentindo a pele arrepiar. Percebeu os seios pontudos e pesados, marcando o tecido do vestido - Diga-me o que você quer e eu lhe darei! - Abaddon voltou a cravar seus olhos nela, observando o azul quase escondido pelos cílios negros e as pálpebras pesadas de tesão, a bochecha corada e a boca vermelha e carnuda aberta, enquanto a respiração dela entrava e saia, sôfrega e pesada.

- Eu... eu quero de novo!  - Liora ofegou e engoliu em em seco - quero sentir aquilo de novo.

- Você quer gozar? - Abaddon sorriu ao vê-la ofegar envergonhada. A garota era linda daquele jeito, tão pronta para implorar em um momento e no outro fechando os olhos com vergonha da palavra - responda! - Abaddon rosnou baixo e Liora tremeu excitada.

- Eu quero! - Liora sentia como se fosse morrer com a dor entre as pernas, a angústia a fez agarrar-se a ele, como se estivesse se afogando.

- O que você quer? - Abaddon insistiu, a boca a centímetros da dela, querendo ouvir a palavra sair pelos lábios carnudos.

- Eu quero... gozar! - ofegou ao terminar aquela palavra tão vil, deveria ter vergonha, mas seu corpo doía tanto por alívio que pensaria naquilo depois.

Continua...

...

Então, me conta, o que achando dessa história???

Ainda tem muita coisa pra acontecer, estamos no começo então, paciência!!!

Mas, saiba que sua estrelinha é um incentivo, então deixa de ser pão duro e taça o dedo nesta boce... ops... estrela!!!




Abaddon - Senhor do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora