MILASemanas depois...
Sorrio, passando a mão pela minha barriga e olhando pra ela, deitada na minha cama. Agora, eu já estou com sete meses de gestação e falta pouco pra minha filha nascer.
Agora, ela já está praticamente toda formada. Tem braços, pernas, cabeça e tronco e já está bem crescida e pesada também. Minhas costas doem, meus peitos estão cada vez maiores e, mesmo que eu tenha tentado evitar, meu corpo está cheio de estrias. Sem contar que achar uma posição pra dormir ficou difícil, já que fico desconfortável em todas e meus pés estão inchando com facilidade.
Eu sei que esse é o preço que pagamos por gerar um ser humano. Segundo o Guto, eu continuo linda, mas eu acho que ele não conta muito.
Por outro lado, graças ao Chicão, o quartinho da minha filha já está ficando pronto. Escolhi o tema de nuvenzinhas e estou montando o quarto dela aqui no meu apartamento, mesmo que meu pai tenha insistido pra que eu o fizesse na pensão, mas é que lá vive cheio de gente, não sei se seria um ambiente adequado pra uma criança recém nascida, mesmo que todos eles estejam lá.
— Nossa, Mila, seus pés estão tão inchados...— Guto comenta, fazendo massagem no meu pé enquanto eu estou deitada na minha cama.— Você não devia ficar tanto tempo em pé na gravadora...
— Eu sei, Guto. Eu parei de usar salto, e eu juro que não tô ficando muito tempo em pé. Mas vi que é normal os pés incharem na gravidez, principalmente nos últimos 3 meses. E massagem ajuda...— digo, com uma das mãos na cabeça, que estava doendo.
— Tá sentindo alguma coisa?– ele pergunta largando meu pé é chegando pra mais perto de mim e assinto.
— Minha cabeça...tô sentindo uma dor chata desde hoje cedo.
— E você tomou algum remédio? Posso pegar ali na cozinha.
— Ainda não tinha tomado, porque esse remédio me dá sono, mas tá começando a me incomodar...— digo, de olhos fechados com a dor e sinto Guto se levantar do meu lado da cama.
— Aqui, toma esse. Aí, se não melhorar, a gente vai pro hospital...— e me entrega um remédio com um copo de água. Tomo o comprimido e continuo de olhos fechados, pra ver se a dor parava.
— Não...precisa de hospital...— digo pra Guto, mas seja lá o que estivesse acontecendo comigo, a dor não passou com o remédio e eu vomitei.
— Ok, a gente vai pro hospital agora!— Guto disse e me pegou no colo, descendo comigo até o carro.
Naquele ponto, eu já nem sabia mais o que estava acontecendo, de tanta dor de cabeça. Minha visão estava tão embaçada que eu não conseguia enxergar nada e acho que eu já estava até delirando.
Não estava mais consciente de nada e só sei que me colocaram numa cadeira de rodas e me levaram pra uma sala, com algum remédio sendo injetado na minha veia, mas que, por sorte, fez a dor de cabeça parar e me ajudou a recuperar os sentidos. Quando volto a abrir os olhos, vejo que Guto estava ali parado do meu lado.
— Guto...— chamo ele.— O que aconteceu comigo?
— Eu...não sei. Uma hora, eu estava fazendo massagem nos seus pés e você reclamou de dor de cabeça e aí...começou a passar muito mal. Aí eu te trouxe correndo pro hospital. Seu pai tá aí fora.
— E a minha filha? Como ela tá?— pergunto, levando a mão à minha barriga, percebendo que ela ainda se mexia e isso era uma coisa boa.
— Ela tá bem. A médica de plantão checou tudo. Estão...esperando o resultado dos exames pra...ver o que você tem.— ele diz, preocupado.
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Aonde quer que eu vá| Gumila
FanfictionNa tentativa de esquecer Lupita, que ama Júpiter e Hans, que não ama ninguém a não ser a si mesmo, Guto e Mila saem juntos para beber e afogar as mágoas juntos. Eles só não contavam que a "diversão" terminaria com eles acordando um ao lado do outro...