Entre olhares e sentimentos || Lee Minho.

Conexões.

||   Entre olhares e sentimentos  ||

As semanas se passaram, e a atmosfera no dormitório do grupo se tornava mais leve conforme o comeback se aproximava. A energia estava alta, e todos estavam empolgados com o novo conceito que haviam desenvolvido juntos. Entretanto, para Amelie e Minho, a dança entre amizade e sentimentos não era tão simples quanto parecia.

Certa tarde, durante um intervalo entre os ensaios, Minho estava praticando alguns passos sozinho em um canto do estúdio. Amelie observava de longe, admirando a dedicação e a paixão dele pela dança. Os outros membros estavam em suas próprias conversas, mas ela não conseguia tirar os olhos dele. Havia algo tão magnético em sua presença.

Minho, percebendo que estava sendo observado, lançou um olhar de canto. Quando seus olhos se encontraram, uma pequena risada escapuliu dos lábios de Amelie, e ela sentiu um frio na barriga. Ele se aproximou, um sorriso travesso no rosto.

— O que foi? Você estava pensando em como eu sou incrível? — ele brincou, com a confiança que sempre o caracterizava.

Amelie fez uma expressão de falso desdém.
— Na verdade, eu estava pensando se você conseguiria fazer um movimento sem se atrapalhar.

Ele cruzou os braços, fazendo um gesto exagerado de ofensa.
— Como ousa! Vou te mostrar como se faz.

E, com isso, ele começou a mostrar alguns passos elaborados, quase como se estivesse dançando apenas para ela. Amelie riu, admirando sua habilidade. Quando ele terminou, aproximou-se mais dela, seu olhar agora sério.
— Então, o que você achou?

— Impressionante, como sempre. — Ela respondeu, sem esconder o brilho nos olhos. — Mas, honestamente, o que mais me impressiona é você sempre conseguir fazer com que tudo pareça tão fácil.

Minho deu um passo à frente, encurtando a distância entre eles.
— É porque eu tenho uma ótima motivação.

Ela franziu a testa, interessada.
— E qual é essa motivação?

Com um sorriso malicioso, ele respondeu:
— A musa da dança na minha vida, é claro.

Amelie ficou ruborizada, e um silêncio confortável se instalou entre eles. O clima leve que havia antes parecia ter se intensificado, como se a conexão deles estivesse mais forte do que nunca.

Naquela noite, após mais um longo dia de ensaios, o grupo se reuniu para um jantar. A atmosfera estava cheia de risadas e conversas animadas, e todos estavam animados para compartilhar as novas ideias para o próximo MV.

Enquanto estavam na mesa, Han notou que Minho e Amelie trocavam olhares com frequência. Ele se inclinou em direção a Seungmin e sussurrou:
— Você notou como Minho e Amelie estão próximos? Está quase parecendo um drama romântico.

Seungmin sorriu, pegando um pedaço de comida.
— E quem vai dizer a eles que é melhor se separarem? Isso só os deixaria mais teimosos.

Bang Chan, ouvindo a conversa, se virou e disse:
— É bom que eles estejam felizes. Mas eles precisam resolver isso logo, ou vão acabar se machucando mais.

Depois do jantar, enquanto todos se dispersavam, Minho puxou Amelie para um canto tranquilo. Ele olhou para ela com seriedade.
— Podemos conversar?

Amelie assentiu, o coração acelerando.
— Claro. O que aconteceu?

Minho respirou fundo, parecendo um pouco nervoso.
— Eu estava pensando sobre nós e a maneira como estamos lidando com tudo. Você realmente me inspira, e... — ele hesitou, mas então continuou — eu não quero que essa conexão que temos se perca.

Ela sorriu, apreciando a vulnerabilidade dele.
— Eu também não quero, Minho. Mesmo com a decisão de focar no grupo, isso não muda como me sinto por você.

Minho sorriu de volta, mas a tensão ainda pairava no ar.
— E se nós... apenas tentássemos ser mais abertos sobre isso? Sem pressa, só... um passo de cada vez.

Amelie olhou para ele, seu coração batendo mais forte.
— Isso me parece perfeito. E, quem sabe, talvez a gente possa adicionar alguns momentos especiais a isso.

Ele se inclinou mais perto, envolvendo os braços em torno dela, puxando-a para perto.
— Como isso? — ele sussurrou, quase em um desafio.

Amelie sorriu, um brilho travesso em seus olhos.
— Eu estava pensando em algo mais como... uns beijinhos.

Minho ergueu uma sobrancelha, brincando.
— Um beijo? Isso é muito ousado, Amelie!

Ela riu, fazendo um gesto de desprezo.
— Ah, tudo bem, Minho. Até porque você não tem coragem, né?

A provocação no olhar dela o desafiava. Ele se aproximou lentamente, e a tensão se intensificou. Seus rostos estavam tão perto que Amelie podia sentir a respiração dele. Finalmente, Minho inclinou-se e deu um selinho suave, mas significativo.

Amelie sorriu de forma encantadora ao se afastar, ambos com um brilho nos olhos.
— Uau! Acho que você se saiu muito bem, Minho.

Ele riu, parecendo aliviado e feliz.
— Agora, você me desafiou, então acho que vou ter que praticar mais.

Os dias seguintes foram cheios de novos momentos entre eles. Minho não perdeu a oportunidade de fazer pequenos gestos: um abraço por trás quando Amelie estava concentrada em algo, um olhar cúmplice durante os ensaios, e até mesmo momentos de brincadeiras onde ele a chamava de "minha musa" sempre que ela o elogiava.

Certa manhã, enquanto todos estavam se preparando para mais um dia de ensaio, Amelie estava ajeitando o cabelo no espelho. Minho se aproximou pelas costas, envolvendo os braços em volta dela.
— Você fica ainda mais bonita quando está se concentrando — ele murmurou, e ela sorriu, um calor subindo pelo rosto.

Amelie virou-se um pouco, encarando-o com um sorriso travesso.
— Você é bom em elogios, Minho, mas não acho que isso vai te salvar de mais ensaios hoje.

Ele fez uma expressão de falsa ofensa, colocando uma mão no peito.
— Como assim? Estou apenas sendo um namorado atencioso!

Ela riu e se virou completamente para ele, abraçando-o com força.
— E eu sou grata por isso. Você é o melhor.

Com o tempo, a dinâmica entre eles se solidificou. A cada interação, Amelie e Minho se sentiam mais confortáveis um com o outro, e o sentimento que antes era tímido começou a florescer de maneiras novas e emocionantes.