𝐔𝐦 𝐑𝐞𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨
𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟗"Às vezes, o que parece ser um jogo de poder pode revelar-se uma dança sedutora, onde cada movimento é um passo em direção ao desconhecido."
S/N on
Quando nossos lábios se encontraram, foi como se toda a tensão acumulada finalmente explodisse. Não era apenas um beijo, era tudo o que eu vinha reprimindo desde o momento em que o vi novamente. Não era só sobre controle — era sobre ele. Eu sempre me mantive fria, distante, mas, com Aeron, era diferente.
Quando ele me puxou para mais perto, o calor do seu corpo contra o meu me fez ceder por dentro, mesmo que eu tentasse manter a fachada. Minhas mãos deslizaram pela nuca dele, puxando-o para mais perto, querendo sentir cada parte. Eu o queria. E não havia mais como negar isso para mim mesma.
– Me fode, Aeron! – sussurrei entre o beijo, sentindo meu corpo praticamente implorar por ele. Não dava mais para esconder o que eu queria.
Ele suspirou, mas em vez de me puxar mais pra perto, ele apertou minha cintura com uma hesitação irritante.
– S/N... – o nome saiu entre dentes, como se ele estivesse escolhendo cada palavra com o máximo de cuidado. Coitado.
– Está com medo? – fitei seus olhos, escuros e cheios de desejo. Eu conseguia sentir o calor dele. Então, por que diabos ele ainda estava se controlando?
– Medo? – ele repetiu, me encarando com uma intensidade que parecia tentar me queimar... Ou se queimar. – Não é medo, é só que... Se continuarmos com isso, nós vamos nos arrepender e...
– Arrependimento? – Eu quase gargalhei. – Olha, eu sei muito bem o que tô fazendo aqui, Aeron. O problema é você e esse maldito autocontrole! Você me quer tanto quanto eu te quero, então para com essa palhaçada!
Ele ficou em silêncio. Nem pra responder ele servia agora? De repente, parecia que a parede era muito mais interessante que eu.
– Inacreditável... – ri, me afastando de suas mãos como se ele tivesse perdido o direito de me tocar. – Você não piscou duas vezes antes de cometer um crime com o Lucas, mas transar comigo te dá esse trabalhão todo? – Soltei outra risada, dessa vez de puro deboche.
– S/N, por favor, não mistura as coisas... – Ele se levantou da cama, gesticulando como se estivesse no tribunal, tentando se defender.
– Shh! – ergui a mão, cortando qualquer tentativa dele de argumentar. – Você é ridículo! – comecei a rir, de novo. – É isso mesmo que tá acontecendo aqui? Eu tô sendo rejeitada?
– Te rejeitando? S/N, não é...
– Eu tô com minha melhor lingerie! – apontei pra mim mesma, quase indignada. – E você tá me rejeitando!
– Não é isso, você tá entendendo tudo errado. – Ele se aproximou de novo, visivelmente nervoso. Muito nervoso. – Eu não tô te rejeitando, só que... Isso não parece certo. Você tá num momento complicado e eu sou um homem solteiro, com uma filha pra cuidar... Eu vou me casar com você, então teremos uma convivência e... – Ele começou a passar as mãos pelo cabelo, todo atrapalhado. – Eu não sei, isso tudo é muito estranho pra mim. E pra Maevi também será.
Ah, claro, a Maevi. Ela não tem uma mãe? Respirei fundo, me aproximando de novo, pegando seus ombros como se fosse sacudi-lo até ele entender o óbvio.
– Aeron, a gente pode tentar ter um relacionamento de verdade! – mordi o lábio, esperando alguma reação que fizesse sentido.
Ele deu um passo pra trás como se eu tivesse acabado de propor um pacto de sangue. Aeron com cara de pânico não era exatamente o que eu esperava.
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𝐔𝐦 𝐑𝐞𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐨
Fanfiction𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝑺/𝑵, 𝟐𝟕 𝒂𝒏𝒐𝒔, 𝒔𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒂 𝒂 𝒄𝒉𝒆𝒇𝒆 𝒅𝒆 𝑨𝒆𝒓𝒐𝒏, 𝟐𝟗 𝒂𝒏𝒐𝒔, 𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒅𝒐 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒇𝒐𝒓𝒄̧𝒂. 𝑪𝒐𝒏𝒉𝒆𝒄𝒊𝒅𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒅𝒆 𝒂 𝒂𝒅𝒐𝒍𝒆𝒔𝒄𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂, 𝒆𝒍𝒆𝒔 𝒔𝒆 𝒐𝒅𝒊𝒂𝒗𝒂𝒎 𝒑𝒐𝒓 𝒑𝒓�...