Cap. 7

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oioioioi....

boa leituras...

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Camila colocou o sorriso mais bonito que tinha em seu rosto, falso, porém ninguém saberia. S/n pedira que sorrisse para disfarçar, então ela o faria.

O caminho até a cela de S/n pareceu eterno e ela fez como a maior pediu: Deixou muitas detentas verem ela entrando no local. Kara ergueu a cabeça e se levantou ao ver Camila ali.

-- Vou procurar a Lena. Fechem o lençol que eu deixo o aviso ali fora e chamo alguma idiota para avisar se vem alguém. – A loira disse antes de se retirar. S/n pulou da cama de cima e puxou o lençol, tampando a visão delas para o lado de fora e Camila engoliu em seco.

-- Ela, huh, é sua companheira de cela? -- Camila perguntou e S/n negou.

-- Não divido a cela com ninguém. Kara divide a cela com alguma idiota por aí. -- Ela disse e Camila suspirou, vendo que seu pé começava a tremer de ansiedade.

-- O que eu vim fazer aqui? – Quis saber e S/n lhe olhou, encostando as costas no beliche antes de cruzar os braços e sorrir, erguendo uma sobrancelha.

-- Não é óbvio? -- Camila a fitou sem dar resposta alguma por um momento, até se lembrar que precisava falar.

-- Huh, na verdade não. – S/n assentiu e apontou para a cama de baixo.

-- Pode ficar nela por enquanto e tenho alguns livros embaixo do beliche. Pode ler algum se quiser, vamos ficar aqui por algum tempo para acreditarem que estamos transando.

Camila se sentiu aliviada internamente, mas centenas de dúvidas rodeavam sua mente.

-- Por que está fazendo isso? -- Perguntou cuidadosamente.

-- Me chamo S/n. -- A outra disse aleatoriamente.

-- Não perguntei seu nome. – A menor contestou e só então se lembrou com quem falava.

Ela tinha que perder essa mania de falar tudo o que realmente queria, já não era mais a chefe milionária, agora era apenas uma novata, estúpida o suficiente para ter respondido malcriadamente a pessoa mais temida de toda a prisão.

-- Eu sei exatamente o que me perguntou, não sou surda. – S/n diz secamente. -- Acontece que não quero responder.

-- Desculpe. – Pediu Camila, se abaixando para procurar um livro para ler. -- Céus, eu adoro este livro. -- Falou com os olhos brilhando ao ver um livro de romance policial entre a pilha de livros. -- Eu me lembro de ter lido ele umas cinco vezes.

-- Estamos quites. – S/n falou, se encostando na parede para ter uma visão melhor da menor.

-- Eu esqueci de pedir livros para minha irmã me trazer, então não tenho nada para ler. -- Camila disse, lendo capa por capa.

-- Pode levar qualquer um que quiser. – Respondeu S/n e Camila ergueu a cabeça, fitando a garota.

-- Obrigada. -- Falou sinceramente. -- Eu sei que não quer falar o porquê de estar fazendo isso, mas significa muito para mim. – S/n assentiu e Camila voltou a fitar os livros.

-- Estou lendo este. – S/n disse ao ver a garota passar pelo livro de poemas de uma autora que conhecia.

-- Você gosta de poemas? Estou surpresa. -- Camila diz sorrindo e pôde ver o início de um sorriso querer dar as caras na feição de S/n.

-- Leio de tudo, não me restrinjo aos gêneros. Se a sinopse chamar a minha atenção você terá a minha leitura ou se eu já conhecer o autor e tiver gostado de algo dele, apostarei minhas fichas em seus livros. -- Ela respondeu e Camila assentiu.

-- Já o li, mas adoro. Pode continuar lendo, só que em voz alta? -- Pediu e S/n pareceu pensativa.

-- Podemos revezar nisso? -- Ela perguntou e a garota assentiu, um pouco surpresa por isso, se deitando na cama de baixo e vendo S/n subir para a de cima com o livro. -- Não se acostume com isso.

-- Entendido. -- Camila disse rindo.

-- Só estou fazendo porque amo ler e não porque me pediu. – S/n diz friamente.

-- Eu sei. -- O silêncio predominou por alguns segundos, até a voz rouca preencher o ambiente.

 -- E no amor encontrei-me instável, e no amor encontrei-me segura, o amor já foi minha desgraça, entretanto, também já foi a minha cura. -- Camila sorriu ao ouvir a voz sempre rude soar doce e cheia de vida ao recitar o poema.

-- Ao amor me dei, por amor chorei, mas apesar de tantas controversas, jamais esqueci a quem com a alma amei. -- Camila disse junto com S/n, afinal amava aquele poema.

O silêncio se instalou no ambiente após aquilo. S/n queria continuar lendo, mas sem entender o porquê, estava receosa. Ter ouvido Camila dizer algo com tanta paixão à fez sentir-se estranha.

Levava a vida toda solitária para permitir se encantar por uma desconhecida.

Enfrentaria uma prisão inteira de detentas, mas fugiria de um sorriso doce da menor.

-- Que tal se formos ao pátio? – S/n pergunta após alguns minutos. -- Já ficamos alguns bons minutos aqui. Pelo menos uma rapidinha dava para ter dado, pensarão que foi isso.

-- Huh, tudo bem. -- Camila responde, saindo da cela apenas para ver a policial Luthor sorrindo para Kara. Ela achou estranho, mas cada um com sua vida, pensou.

Sentiu seus batimentos se desalinharem quando entre seus dedos os dedos de S/n se enroscaram, puxando-a para o pátio.

Camila, pela primeira vez, vira aquele caminho pela visão de S/n: Conforme iam passando, todas as detentas abaixavam as cabeças ou desviavam os olhares.

-- Por que elas têm tanto medo de você? -- Perguntou em um sussurro e se surpreendeu ao ouvir uma risada baixa e rouca vinda da maior.

-- Você pergunta demais. – S/n disse, subindo na mini-arquibancada de madeira e puxando Camila para seu colo assim que se sentou.

-- Vou precisar andar, huh, com você sempre agora? -- Camila pergunta envergonhada.

-- Só nesses primeiros dias para deixarmos todas cientes de que não devem tocar em você. -- Queen disse e Camila assentiu, passando um braço por seu pescoço, temerosa, apenas para ficar mais confortável na posição. -- Depois você poderá voltar para as suas amigas e ir em minha cela só de vez em quando para não levantarmos suspeitas.

-- Eu gostaria de saber um dia por que você está fazendo isso por mim. Me dirá? – A menor quis saber e S/n suspirou, assentindo.

-- Um dia, Cabello. – S/n disse, olhando em volta apenas para ver três líderes de cada grupo juntas, se aproximando delas com Jennyfer.

-- O que foi? -- Camila perguntou confusa ao ver a maior aperta-la contra seu corpo.

-- Não ouse sair de perto de mim em hipótese alguma. Entendido? -- Falou solenemente e Camila assentiu, preocupada. S/n respirou fundo e colocou a expressão mais inflexível em seu rosto.

As líderes nunca se juntavam, algo de bom não viria dali. 

Presa por Acaso (Adaptação Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora