Cap. 15

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oioioioioi...

boa leitura...

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-- S/n? -- Camila chamou ao se aproximar da mesa, vendo as orbes esverdeadas se erguerem e lhe fitarem. -- Pode vir aqui um minuto?

-- Ainda não terminei de comer. – Falou. Camila suspirou, caminhando até ela e sentando em sua frente.

-- Obrigada. -- Camila disse baixinho, se arremessando nos braços da maior sem dar tempo da outra falar nada. -- Eu amei. -- Ela completou, sentindo finalmente os braços de S/n se envolverem ao seu redor, abraçando-a de volta.

-- De nada. -- Ela replicou, sentindo Camila se afastar alguns poucos centímetros e plantar um calmo beijo em seu rosto.

-- Como conseguiu? -- Perguntou, removendo os braços do pescoço de S/n, por outro lado, a mais velha permaneceu com seus braços ao redor dela. -- E não seja grosseira em sua resposta. -- Se apressou em dizer ao ver que S/n iria abrir a boca para dizer algo.

-- Hey! – S/n repreendeu, mas sua repreensão foi seguida de um enorme sorriso que enfeitou seus lábios. -- Pare de saber como eu vou agir.

-- Não dá. Você é previsível. -- Camila disse rindo baixinho. S/n franziu os olhos.

-- Não vou te contar como consegui então. – Diz, e Camila abriu a boca surpresa.

-- Não! S/a, olha... Eu retiro tudo o que eu disse. Você não é nada previsível, eu sequer sei que você só está fazendo isso para eu voltar atrás no que disse. – Ela falou e S/n riu, suspirando.

-- Tudo bem. Pedi para uma amiga pegar para mim. – S/n respondeu, Camila desviou o olhar para Kara, que havia tossido alto.

-- De nada. -- A loira falou, e a menor sorriu.

-- Obrigada por isso. – Agradeceu a garota loira. Kara se espreguiçou.

-- Eu preciso dizer "de nada" de novo? -- Camila riu graciosamente antes de ousar deitar a cabeça no ombro de S/n.

-- Coma! Você quase não comeu nada. -- Camila impôs, a maior negou.

-- Não estou com fome. – S/n replicou, Camila sentiu a mais velha começar a acariciar suas costas. Aquilo era novo, S/n não fazia carinhos.

-- Mas precisa comer. – Insistiu, S/n voltou a negar.

-- Comi a fruta. Posso esperar o almoço agora.

-- Certo. -- Disse, vendo Kara olhar confusa para S/n.

-- Só gostaria de agradecer ao sol por aquecer a pedra de gelo. – Kara disse do nada, se levantando. -- Vou sair daqui porque sei quando atrapalho.

-- Você não está atrapalhando. -- Camila disse, se aconchegando mais nos braços de S/n.

-- Tchau. – A loira falou, se afastando e Klis riu.

-- Nem pense em sair, Klissia. Não estão atrapalhando. -- Camila disse ao ver o olhar de Scar de quem também sairia. Ambas apenas assentiram e então a menor ergueu seu rosto, fitando S/n com um sorriso divertido nos lábios.

-- O que foi? – S/n indagou.

-- Você realmente não acredita que eu só trabalhe na enfermaria? -- Ela perguntou e S/n suspirou. -- Que bilhete foi aquele? -- Ela perguntou rindo.

-- Eu sei que só trabalha, só quis te lembrar que esse lugar não é para você. Ela trabalha em um presídio e lida com pessoas perigosas todo o tempo. Você tem que, uh... -- Ela se inclinou para sussurrar, afinal as amigas de Camila não sabiam que elas não estavam realmente juntas. -- Encontrar alguém que não seja daqui para ocupar esse coração. -- Camila franziu o cenho e a fitou.

-- Por quê? -- Indagou confusa.

-- Você merece mais do que isso. – S/n respondeu, olhando para baixo e Camila levou uma mão até seu queixo, o erguendo.

-- E se eu não quiser mais do que isso? -- Falou, encarando-a com intensidade e S/n suspirou.

-- Você quer mesmo a médica, não é? – A maior perguntou em seu ouvido com ar de derrota e Camila negou com a cabeça, voltando a fitá-la.

-- Não estou me referindo à ela. – Informou, S/n se levantou, jamais deixando de olhá-la.

-- Você não deveria se envolver com ninguém daqui. – S/n disse e Camila se levantou junto. -- Você merece mais.

-- Como sabe o que eu mereço ou não? Você sequer me conhece. -- Camila disse veemente, S/n passou uma mão pelo próprio rosto, respirando fundo antes de rir baixinho e levar uma mão até o rosto da menor, acariciando-o.

-- Destemida como sempre. – S/n disse sorrindo nostálgica e Camila estranhou a atitude. -- Os anos passam, mas você não muda.

-- Anos? Você me conhece de antes? – Perguntou e S/n negou com a cabeça.

-- Não ouça as bobagens que eu digo. Só acordei com sono. – S/n diz, deixando um beijo em sua bochecha antes de começar a caminhar para longe.

-- Espere! -- Camila chamou, seguindo-a. – S/n! -- Tentou novamente, sem êxito. -- Eu não acredito em você. -- Disse no meio do corredor de suas celas, fazendo S/n frear no mesmo momento e se virar para ela.

-- Não acredita em quê? – S/n indagou, enquanto a menor a alcançava, parando em sua frente. Sua respiração agitada pela aceleração de seus passos.

-- Que esteja sonolenta. -- Camila acusou quase arfando e S/n riu.

-- Tudo bem. – S/n disse dando de ombros e Camila segurou seu pulso, não deixando a maior continuar seu caminho.

-- Não acredito que você tenha dito "anos" por estar sonolenta. -- Confessou. -- Não acredito que tenha trocado os frascos por não ter notado e tampouco acredito que seja essa durona que todo mundo aqui dentro crê que é.

-- Ah é? – S/n perguntou e ela assentiu, sentindo seu coração acelerado, só não sabia identificar se era por ter acelerado o passo minutos atrás ou por estar falando aquilo para S/n.

-- Sabe o que mais eu acho? -- Camila indagou dando mais um passo a frente, vendo S/n negar com a cabeça e prender a respiração. -- Que você gosta de mim. Que essas brincadeiras sobre me beijar são porque você realmente quer isso. -- Umedeceu os lábios e tomou ar.

-- E no que mais acredita? – S/n perguntou, encarando-a como se lesse sua alma através daquele olhar.

-- Também acredito que o que você diz ser dó de mim é, em realidade, preocupação real.

-- Não me importo com você e não quero te beijar, Camila, não alucine. – S/n disse fazendo uma careta e a menor a encostou lentamente na parede entre duas celas quaisquer.

-- Então me prova. -- Camila sussurrou, plantando um beijo no canto dos lábios de S/n antes de roçar seus lábios nos dela.

-- Camila, pare!

-- Não! -- Negou veemente, fitando os lábios a centímetros dos seus enquanto sentia seu corpo inteiro quase tremular. -- Me prova que você não está louca para me beijar, pra sentir o gosto dos meus lábios contra os seus.

-- Está retratando um desejo seu? Porque eu não quero isso. – S/n disse com a voz ligeiramente falhada e Camila colocou as mãos na cintura da garota.

-- Sim, é um desejo meu. -- Confessou, roçando seus lábios. -- E se não for seu também então me afaste...

Os olhos verdes queimavam Camila e ambas sentiam o ar lhes faltar, corações acelerados e o perfume de Camila exalando das duas.

-- Não posso fazer isso... – S/n falou baixinho. -- Não consigo te afastar. -- Confessou, sentindo seu peito doer devido à velocidade de seus batimentos.

-- Então me beija... -- Camila murmurou e no instante seguinte os lábios de S/n pousaram sobre os seus com pressa e intensidade, porém, jamais perdendo a delicadeza e realizando, finalmente, o desejo de duas simples presidiárias. 

Presa por Acaso (Adaptação Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora