Cap. 9

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oioioioi...

bora pra mais um....

boa leitura...

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Camila estava deitada enquanto olhava quadradinhos imaginários na parede. Sim, o tédio a estava matando, porém, não mais do que a curiosidade sobre S/n Queen.

A garota era grosseira, seca, fria, contudo, se ofereceu em ajuda-la. Ela também já fora gentil, mesmo sem perceber. A menor só queria entender aquela mulher. Por que ela ajudaria alguém gratuitamente?

S/n jamais se envolvera com alguém daquela cadeia, de acordo com Klissia. Então por que diria a todas que estava com ela? Seria para sua única proteção? Muito estranho. S/n a havia beijado, um selinho, na frente de todas. Aqueles lábios macios e tão beijáveis, junto com aquele olhar intenso que derreteria qualquer iceberg... Não! Ela não deveria pensar nisso, se repreendeu.

O barulho de sua cela sendo aberta a fez respirar fundo. A merda aconteceria, se tivesse que acontecer.

-- Olá, novata. -- O sorriso rancoroso no rosto de Jennyfer fez Camila sentir um frio cortar toda a sua espinha.

-- Camila Cabello. -- A voz da guarda fez a menor a olhar. Era Luthor.

-- Sim? -- Camila perguntou baixo antes de fitar a loira. Seus olhos a fitavam ansiosamente, à espera daquela guarda sair para acertar contas. O nariz da garota estava enfaixado e ela tinha um olho roxo.

-- Arrume seus pertences que em menos de dois minutos volto aqui. -- Ela disse e Camila assentiu confusa, apesar de não ter quase nada. Alguns itens de higiene pessoal e suas roupas íntimas.

-- Quebraram meu nariz, sua vadia. -- Jennyfer disse irritada assim que Lena saiu. -- Vou esperar Luthor fazer seja lá o que for aqui nessa inspeção de cela e esta noite você me paga. Queen verá quem manda nessa merda. -- Camila sequer a olhou, o medo circulava em cada canto de suas veias.

-- Eu sinto muito por seu nariz. – A menor falou baixo, se sentando e arrumando suas coisas no canto de sua cama.

-- Ah, com certeza não sente, sua vadia. – A loira acusou cruzando os braços. -- Não mandei se sentar. Levanta! -- Impôs e Camila obedeceu. – S/n deveria saber que você só está com ela por interesse, mas deveria ter escolhido melhor, boneca, sou eu quem tenho todas as guardas compradas.

-- Nem todas. -- A voz da Luthor soou firme e Jennyfer a olhou assustada. -- Cabello, pegue suas coisas e me acompanhe.

-- Não quis dizer que as compro de verdade, senhora. São todas mulheres íntegras. -- Jennyfer disse colocando as mãos para trás e Lena manteve sua expressão imparcial quando Camila saiu da cela.

-- Eu sei bem o que você quis dizer e não se preocupe, porque cada mulher íntegra dessas que você citou terão sua vez na hora certa. -- Falou, erguendo um braço, fazendo a policial que tinha os comandos a ver pela câmera de segurança e voltar a fechar a cela.

-- Aonde ela vai? – A loira perguntou confusa.

-- Não é da sua conta. Cuide de suas coisas. -- Lena disse impassível. -- Por aqui Cabello.

Caminharam duas celas, até pararem de frente com a cela que Camila conhecia muito bem.

-- Espero que nessa você não arranje problemas. – Falou. -- Elas duas sempre arranjam problemas uma com a outra e por isso foram colocadas em celas separadas. Com Jennyfer você não vem dando certo, vejamos com S/n. -- Falou, abrindo a cela. Camila entrou no ambiente antes da cela voltar a se fechar.

-- Obrigada, Lee. – S/n disse e Lena sorriu.

-- Juízo, garotas. – A policial diz, se afastando dali.

Camila olhou confusa para S/n antes de colocar suas coisas em seus devidos lugares.

-- Você... A subornou? -- Camila perguntou confusa e S/n riu.

-- Uma mulher nunca revela seus truques. – S/n falou e a menor assentiu.

-- Eu posso, huh, me deitar? – Pergunta, S/n franziu o cenho.

-- Não precisa de uma autorização minha para isso, Cabello. -- Queen falou e Camila riu fraco.

-- É que Jennyfer às vezes...

-- Não sou ela. – S/n disse seriamente e Camila a fitou novamente.

-- Claro, me desculpe. -- Pediu, se deitando em sua cama. Seu cérebro voltou a divagar.

-- Ela já estava na cela? -- A voz de S/n soou e alguns segundos depois as luzes se apagaram.

-- Estava.

-- Ela te machucou?

-- Não.

-- Hm. -- Respondeu com frieza novamente, deixando o silêncio se instaurar no local.

-- Por que ficava me olhando tanto quando cheguei? -- Camila perguntou. Droga! Era sempre tão estúpida? Pensou.

-- Não te interessa. – S/n respondeu e, para a sua surpresa, a menor riu.

-- Por que sempre é tão rude comigo?

-- Você é sempre idiota ao ponto de ficar insistindo em falar com alguém que claramente não quer conversar com você? – S/n perguntou, colocando a cabeça para fora do beliche, apenas para ver Camila a fitar da cama de baixo.

-- E você é sempre a protetora das novatas que claramente não pediram por sua ajuda? -- Camila rebateu e a maior bufou.

-- Eu sabia que isso seria um erro. – S/n disse boquiaberta. -- Amanhã pedirei à Lena que te mande de volta. Direi a todos que você está livre e você que se acerte com Jennyfer. Já me meti em problemas demais para ouvir esse tipo de coisa. – S/n falou, se deitando bruscamente.

-- Não, por favor... -- Camila pediu rapidamente, se levantando para poder ver o rosto da outra garota. -- Eu não quis dizer que não sou grata... -- Se corrigiu. -- Só quis dizer que você começou a me ajudar do nada e nunca me disse o porquê, mas vive me tratando como se não gostasse de mim. -- Ela diz em suspirou. -- Isso só me deixa... confusa.

S/n a fitou antes de se apoiar em seu cotovelo e voltar a falar.

-- Preste muita atenção no que vou dizer: Não somos amigas, não somos nada. Eu te ajudei e você deve ficar agradecida, nada mais. -- Ela falou friamente. -- Sem amizade, sem sorrisos, sem conversas sobre nossas vidas, sem perguntas. Ficou claro? -- Camila assentiu encolhendo seus ombros antes de voltar a se deitar.

-- Claríssimo. -- A menor respondeu. Pelo menos poderia dormir em paz, sabendo que não teria uma Jennyfer para tentar pular em cima dela durante a noite. Seus olhos se fecharam, porém sua mente se concentrava em um único pensamento:

Viveriam por um longo tempo sob o mesmo teto, no entanto, S/n se negava a conversar com ela. Camila não sabia o que era pior: Estar sozinha em uma cela, sem ninguém para conversar por meses ou anos, ou estar em uma cela com uma pessoa que gostaria muito de conversar, porém não podia. 

Presa por Acaso (Adaptação Camila/You)Onde histórias criam vida. Descubra agora