O calor das suas mãos

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A cafeteria estava cheia de turistas animados, mas minha mente estava em outro lugar, focada na luz alaranjada do céu que estava chamando por mim.

Enquanto Mingkyu se servia de um café e algumas iguarias locais, eu me distraía tirando fotos do céu.

Mas, de repente, algo cruzou o meu campo de visão. Eram lábios grossos e um sorriso adorável com dentes levemente tortos que eu reconheci instantaneamente. Abaixei a câmera e lá estava Jimin, radiante sob a luz do sol.

— Boa tarde, rapazes! — ele disse, de uma forma muito fofa.

Mingkyu, que estava sentado ao meu lado, iluminou-se imediatamente.

— Você! O rapaz das fotos! — ele exclamou, os olhos brilhando de animação. Jimin sorriu, um brilho travesso em seu olhar enquanto me olhava.

— Acho que sim... Park Jimin, prazer. — ele se apresentou, estendendo a mão.

Mingkyu, encantado até demais, fez uma reverência exagerada.

— Mingkyu, irmão do Jungkook. — ele disse, piscando para Jimin, que apenas riu, um som tão doce que fez meu coração acelerar.

Eu não pude evitar. Puxei meu irmão para longe de Jimin, sentindo uma leve onda de ciúmes.

Jimin estava vestido de azul, como havíamos conversado. Ele parecia absolutamente deslumbrante, e eu não consegui desviar o olhar.

— Então... onde você quer tirar as fotos? — perguntei, raspando a garganta de leve.

— Quero tirar fotos em um navio! — O sorriso de Jimin se tornou travesso.

— Eu tenho uma câmera, mas não tenho um navio, Park. — Soltei uma risada involuntária.

— Não se preocupe, bobinho! — disse ele, puxando-me pela camisa e um frio estranho percorreu meu corpo. — Vamos até o porto!

Ele sorriu dando tchau pro meu irmão com a mão livre, e foi me arrastando, andando rápido demais pra quem tem pernas tão curtas.

No porto, havia um navio ancorado, e parecia que estava acontecendo uma festa. Jimin se aproximou de mim, com aqueles olhos brilhando.

— Vamos nos infiltrar! — ele sussurrou, com um sorriso travesso. Ele puxou-me pela camisa de novo, me levando em direção ao barco.

— Espera! — eu hesitei, sentindo a adrenalina subir. — E se formos pegos?

— Relaxa! — ele riu, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — Confie em mim!

Eu não tenho medo da morte, mas temo em ter meus últimos dias preso na Grécia por ter entrado de penetra em uma festa, obviamente particular.

— Olha, ali! — ele apontou para uma escada que levava à parte de trás do barco, onde uma porta estava entreaberta. — É por ali que a gente entra.

— Você tem certeza de que isso vai dar certo? — perguntei, tentando parecer mais confiante do que realmente estava.

— Claro! Se a gente for pego, vamos usar nosso charme — Ele piscou, fazendo uma pose fofa.

— Ah, claro! Porque ninguém suspeitaria de dois homens vestidos como praianos, invadindo uma festa chique! — respondi, tentando não rir do bico emburrado que ele fez ao me ouvir.

— Você não confia no meu talento em ser fofo? — ele se fez de ofendido, mas o brilho nos seus olhos entregava que ele estava se divertindo com isso.

Eu mordi minha língua para não responder o que eu realmente achava sobre isso.

Ele empurrou a porta devagar, e o rangido que ecoou parecia um sinal de alarme, mas ele apenas sorriu para mim.

A ÚLTIMA FOTO DE PARK JIMIN - PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora