Eternizando você

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Aquela noite foi a última vez que vi Jimin pelos meus próprios olhos. Depois disso, ele se tornou apenas uma imagem, uma lembrança. Porque, a partir daquele dia, tudo que restou dele para mim foi através das lentes da minha câmera. Cada foto, cada clique, capturava o que restava de seu sorriso, de sua essência. Mas nunca mais pude tocá-lo, nunca mais pude ouvi-lo.

Eu ainda tinha um último destino a visitar, algum lugar qualquer onde deveria tirar fotos. Mas, em vez de seguir em frente, voltei para a Coreia. Meu último mês de vida não seria dedicado a registrar um país que eu não conhecia. Não. Ele seria dedicado a Jimin.

Eu queria mostrar ao mundo a paisagem mais linda que jamais veriam com os próprios olhos, a não ser através das fotos que eu capturei. A paisagem mais preciosa que eu conhecia: Park Jimin. 

Seu sorriso tímido, seus olhos que brilhavam com uma intensidade que nunca conseguiria colocar em palavras. Ele era mais que uma foto, mais que uma pessoa. Ele era um sentimento.

Com o consentimento da senhora e do senhor Park, comecei a montar uma exposição com um pouco de dinheiro que eu tinha, e com o dinheiro que Jiminie me pagava. Os meus sogros Park's amaram as fotos, e a imagem de Jimin de azul, sentado no banquinho de frente ao mar, foi usada em seu memorial. Aquela foi a última foto, onde ele parecia em paz.

Mas, conforme o tempo passou, eu mesmo comecei a sucumbir, precisando da ajuda de aparelhos para respirar. A doença já estava me matando. Sentia-me cada vez mais fraco, cansado, exausto. A dor era incessante, como se cada célula do meu corpo estivesse se desfazendo. Vomitei sangue pela primeira vez, e o desespero tomou conta de mim. Eu sabia que estava perto do fim, mas a dor... Deus, como aquilo doía.

E foi então que me lembrei de Jimin. Ele suportou essa mesma dor, e mesmo assim, ele sorriu. Mesmo assim, ele me pediu para capturar sua última foto. Como ele conseguiu? Como ele aguentou tanto, com aquela calma, com aquele sorriso? A dor era insuportável, uma agonia que parecia rasgar minha alma.

Chorei. Chorei tanto que não consegui mais parar. Meus olhos ardiam, minha garganta queimava, e eu só conseguia pensar nele. Em como Jimin era forte, em como ele me ensinou a amar em tão pouco tempo. Mas a dor era demais, a saudade era demais.

Eu sabia que meu tempo estava se esgotando, mas, em meio ao desespero, meu corpo desistiu. Duas semanas antes do que previam. Eu estava cansado demais. Eu queria partir, para quem sabe, me encontrar com 

ele.

A ÚLTIMA FOTO DE PARK JIMIN - PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora