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Sombras sob a chuva

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Sombras sob a chuva

O som rítmico da chuva martelava o vidro do carro, uma batida constante que Madison Martinez começava a achar quase reconfortante

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O som rítmico da chuva martelava o vidro do carro, uma batida constante que Madison Martinez começava a achar quase reconfortante. Depois de horas na estrada, cruzando florestas densas e pontes velhas, o som da chuva era um lembrete do novo começo que ela e suas mães estavam buscando. Forks, uma cidade perdida entre árvores antigas e um céu perpetuamente nublado, estava a poucos quilômetros de distância. A pequena placa de madeira anunciando a cidade surgiu à frente, meio escondida entre a vegetação densa.

— Forks, finalmente — murmurou Georgina Martinez, seus olhos verdes observando a estrada com uma mistura de ansiedade e esperança.

Madison olhou para sua mãe do banco de trás, sentindo o peso daquele movimento. Não era a primeira vez que se mudavam, mas talvez fosse a última. Forks representava algo mais do que uma cidade pequena e isolada; era um esconderijo, um refúgio onde a família poderia viver em paz, longe dos olhos curiosos e das perguntas perigosas.

Sarah, sua outra mãe, estava no volante, seus olhos castanhos sempre vigilantes. Vampira por natureza e necessidade, Sarah raramente se permitia relaxar. Mesmo naquela estrada deserta, ela parecia sempre preparada para o inesperado. Para Madison, essa tensão era uma segunda pele que todos na família usavam.

— Ainda é cedo para saber se fizemos a escolha certa — disse Sarah, quebrando o silêncio. — Mas essa cidade parece oferecer o que precisamos.

Madison apenas acenou, seus olhos escuros fixos nas árvores que passavam rapidamente. Havia algo na floresta que rodeava Forks, uma energia densa e antiga. Como bruxa, ela sentia essas vibrações no ar, uma constante presença de magia sutil, quase imperceptível, mas inegável para quem conhecia os segredos do mundo oculto.

A casa apareceu como uma sombra entre as árvores, grande e envelhecida, mas com uma estrutura sólida e imponente. Era isolada o suficiente para garantir privacidade, mas não tão distante que levantasse suspeitas. Georgina sorriu levemente ao ver o lugar, como se pudesse finalmente relaxar depois de tanto tempo.

— Acho que vai servir — ela disse com um tom mais leve.

O carro parou em frente à entrada, e Madison foi a primeira a sair. O cheiro de terra molhada e pinheiros a envolveu imediatamente. O ar de Forks era pesado, úmido, mas cheio de uma vitalidade que contrastava com a monotonia que esperava encontrar. Mesmo assim, ela sentia a inquietação dentro de si. Essa era a cidade onde iriam começar de novo, onde seus segredos seriam enterrados sob camadas de normalidade, mas nada em sua vida jamais fora realmente simples.

Don't Blame Me - Leah Clearwater Onde histórias criam vida. Descubra agora