3. Surpresa

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Na manhã seguinte, Jinbao estava sentado em sua pequena mesa de trabalho. O dia estava tranquilo, com um ritmo quase monótono mais uma vez, até que seu e-mail sinalizou uma nova mensagem. Jinbao rapidamente abriu o e-mail e encontrou uma mensagem de Que Siming. O doutor expressava a necessidade de uma opinião especializada para selecionar as fotos que o fotógrafo havia enviado mais cedo para ele ver se tinha preferência por alguma delas para a matéria e indicava que preferia discutir as opções pessoalmente. Ele foi bem claro ao dizer que desejava uma reunião presencial e não pela internet.

Jinbao, com o coração acelerado, leu o e-mail várias vezes para garantir que havia entendido corretamente. Ele rapidamente respondeu:

— Doutor Que, estou à disposição para ajudar. Que horas seria conveniente para o senhor?

Pouco tempo depois, recebeu uma resposta:

— Que horas você sai do trabalho?

— Geralmente, saio às 19:00 — respondeu Jinbao, tentando manter a calma.

— Então, podemos nos encontrar às 17:00 no meu escritório. Termine seu expediente com esse trabalho. Aguardo você lá. — finalizou Siming.

Jinbao sentiu um misto de animação e nervosismo. Era uma grande oportunidade, e ele queria aproveitar ao máximo. Para facilitar a comunicação, trocaram números de telefone.

Às 15:55, a reunião em que estava foi abruptamente interrompida pelo toque do celular de Jinbao que atrapalhado como era, esqueceu de deixar no mudo e se desculpou, ao pegar o aparelho para desligar o som observou que era uma mensagem de Que Siming, informando que ele havia chegado à porta da editora e que Jinbao deveria sair imediatamente. O coração de Jinbao deu um salto. Ele estava no meio de uma reunião com a editora-chefe, e a mensagem causou um pequeno alvoroço em sua mente. Ele levantou a cabeça, seus olhos arregalados de surpresa. A editora-chefepercebeu a mudança no comportamento de Jinbao e o observou com um olhar de questionamento.

— Há algum problema, Jinbao? — perguntou a editora-chefe, sua voz carregada de curiosidade e uma pitada de impaciência.

Jinbao tentou manter a compostura, mas sua voz tremia ligeiramente quando respondeu:

— É Que Siming. Ele está aqui para ver as fotos agora.

A editora-chefe franziu a testa, claramente surpresa e confusa. Ela deu uma rápida olhada para o seu relógio, visivelmente inquieta com a situação.

— Onde ele está? — perguntou ela, com um tom de frustração crescente se aproximando de Jinbao

— Ele só mandou mensagem avisando. Deve estar na recepção — explicou Jinbao, tentando não parecer apressado demais mas o que recebeu foi um sutil tapa em sua cabeça como a editora tinha o habito de fazer, o que o deixou chateado, odiava quando ela fazia isso, o que era quase todos os dias. — Pare de ser idiota. Pergunte a ele onde ele está e diga que nós vamos liberar a entrada. Ele deve estar na recepção. Não faça ele esperar mais. — Ela praticamente empurrou Jinbao para fora da sala. Jinbao, envergonhado, pegou seu celular novamente e mandou uma mensagem para Que Siming, perguntando sobre a localização exata para que pudesse liberar a entrada dele. Mas a resposta de Que Siming não veio, pelo contrário, o que chegou foi uma ligação.

Quando atendeu, a voz autoritária soou do outro lado da linha.

— Passe o celular para sua chefe.

Jinbao imediatamente entregou o celular para a editora-chefe, que agora estava visivelmente irritada. Em poucos segundos, o sorriso no rosto dela se desfez, e uma expressão de frustração tomou conta. — Pode ir, pegue suas coisas, seus equipamentos e vá para o estacionamento, suma da minha frente! — Ela mandou depois de entregar o celular já desligado para Jinbao.

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