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Blair estava tendo um sonho.

E um sonho muito bonito.

Era um daqueles sonhos em que você sabe o que está acontecendo. Um sonho lúcido, eles eram chamados. Seu corpo permanecia adormecido, mas seu cérebro sabia o que estava acontecendo, e você podia simplesmente deitar e aproveitar o passeio.

E era exatamente isso que Blair pretendia fazer agora.

Em seu sonho, estranhamente, ela estava deitada em sua cama com os olhos fechados. Não o tapete primitivo de juncos e juncos trançados em que ela dormia em sua cela escura e sem janelas na fortaleza de Skal. E nem o colchão pequeno e desconfortável em seu dormitório no complexo Blue Mesa.

Esta era a sua verdadeira cama.

Aquela em seu apartamento em Manhattan, com o grande colchão de espuma viscoelástica que embalava seu corpo perfeitamente, os lençóis de altíssima qualidade de fios que eram tão macios contra sua pele nua, mantendo-a nem muito quente nem muito fria, mas na medida certa.

Se ela abrisse os olhos, estaria olhando para as enormes janelas do chão ao teto que davam para a sala. Essas janelas davam para o Central Park para deixar o brilho laranja-mandarina do nascer do sol entrar enquanto ele surgia no horizonte do Upper East Side. Deus, o ar era uma merda em Nova York, mas a poluição fazia coisas incríveis com o nascer do sol, pelo menos.

Era isso que ela veria se abrisse os olhos.

Mas ela não ousava abrir os olhos agora. Isso poderia tirá-la do sonho, e Blair queria manter esse sonho o máximo possível.

Porque no sonho ela não estava sozinha naquela cama grande demais em seu apartamento grande demais em Manhattan.

Havia um homem com ela no sonho.

Um homem com uma língua muito talentosa.

Com os olhos ainda fechados, Blair gemeu suavemente e abriu mais as pernas, dando ao homem misterioso todo o espaço de que precisava para fazer o que queria. Ele aceitou a oferta de Blair com fome, arrastando sua língua áspera sobre cada centímetro de carne entre suas coxas abertas. Ele lambeu todos os seus lábios externos carnudos, encharcando-os com umidade antes de correr sua ponta entre suas dobras internas sensíveis. Ele provocou sua abertura e piscou sobre seu clitóris dolorosamente duro. Quando ele mergulhou mais baixo, para circundar seu buraco traseiro, Blair gritou com cócegas.

O homem dos seus sonhos apenas grunhiu como uma fera e continuou com seu banquete selvagem.

Deus, isso era mais intensamente vívido do que qualquer sonho que Blair já teve, e ela teve algumas doozies. Isso parecia mais real do que real. Cada toque, cada movimento daquela língua quente e faminta enviava faíscas de prazer cru ondulando para seu âmago.

Apesar de o sonho ter sido bom, Blair não conseguiu evitar entrar em modo psicológico.

Falando em nerd.

Mas de onde vinha esse sonho? Freud disse que sonhos eram realização de desejos, certo? Bem, duh nessa frente. Que mulher não desejaria uma língua como a que estava trabalhando Blair lá embaixo?

Mas o desejo dela era mais profundo do que isso?

Por um momento, Blair se perguntou se tinha a ver com Graham, seu ex-namorado. Às vezes, ela pensava nele enquanto estava deitada sozinha em seu quarto na caverna da montanha. Claro, ele tinha sido um babaca e um trapaceiro, mas às vezes, naquelas noites escuras e solitárias, Blair acordava desejando que ele estivesse lá para se aconchegar.

Era sobre isso que o sonho era? Querer o ex de volta?

Blair não achava isso.

Para começar, Graham nunca tinha ficado muito entusiasmado em fazer sexo oral nela. Ele sempre fez disso uma tarefa. Algo que ele sentia que tinha que fazer em troca de algum prazer oral próprio.

Ninhada de Dragão Alienígena (Dragões de Arcturus #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora