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Mais um capítulo disponível, espero que aproveitem!

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Às sete e meia da manhã de segunda-feira, estou de pé. Trampo está calmo. Dou seu remédio e sua comida. Em seguida entro no chuveiro. Dez minutos depois, saio, me visto e ponho maquiagem.

Às oito e meia, chego ao escritório. No elevador esbarro em Miguel e nos damos parabéns  pelo  título  da  Eurocopa.  Estamos  emocionados. Falamos  sobre  nosso  fim de  semana  e,  como  sempre,  terminamos  em  gargalhadas. Subimos  até  a  cafeteria  e ali trocamos abraços com outros colegas pela vitória de ontem.

Depois  nos  sentamos  para  tomar  o  café  da  manhã.  Dez  minutos  depois,  o biscoitinho  que  eu  segurava  cai  das  minhas  mãos,  quando  vejo  Hope  entrar  com minha chefe e outros dois diretores.

Está  incrível  em  seu  terno  escuro  e  sua  camisa  clara.  Sua  expressão  séria  indica que está falando de trabalho, mas, quando chegam ao balcão e pedem seus cafés, ela me vê. Eu continuo falando, aproveitando a companhia dos meus colegas, ainda que, olhando  de  canto  de  olho,  eu  consiga  vê-los  sentando-se  numa  mesa  afastada  da nossa. Hope se acomoda na cadeira que fica diante de mim. Me olha e eu a olho de volta.  Nossos  olhares  se  encontram  durante  uma  fração  de  segundo  e,  como  era  de se esperar, meu corpo reage.

—  Que  saco!  Os  chefes  já  chegaram  —  diz  Miguel.  —  Aliás,  me  disseram  que outro dia você e a nova chefona ficaram presas no elevador.

—  Pois  é.  Nós  e  algumas  outras  pessoas  —  respondo  sem  muita  vontade.  Mas, interessada  em  saber  mais  sobre  a chefona, pergunto:  —  Vem  cá,  você  que  era secretário do pai dela, ele morreu de quê?

Miguel olha com curiosidade na direção da mesa do fundo.

—  Na  verdade  ele  era  um  homem  estranho  e  muito  calado.  Morreu  de  ataque cardíaco. — E, ao ver minha chefe rir, sussurra: — Pelo visto, nossa chefe gosta da nova chefona. É só ver como ela ri e mexe no cabelo.

Sem conseguir evitar, olho para a mesa delas e, de novo, meus olhos cruzam com o olhar gélido de Hope.

— O senhor Mikaelson tinha outros filhos?

— Sim. Mas só a mulher de gelo está viva
.
— Mulher de gelo?!

Miguel ri e cochicha:

—  Hope Mikaelson  é  a mulher de gelo. Não  reparou  na  cara emburrada que ela tem? — Isso me faz rir e Miguel acrescenta: — Pelo que a chefe me disse, ela é dura na queda. Pior que o pai.

Não me admira que seja assim. Dizem que a cara é o espelho da alma, e a cara de Hope  é  de  desespero  contínuo.  Mas  o  apelidinho  me  agradou.  Ainda  assim,  quero saber:

— Por que você disse que ela é a única que está viva?

— Tinha uma irmã, mas morreu há uns dois anos.

— O que houve com ela?

— Não sei, Josie... O senhor Mikaelson nunca falava disso. Só sei que morreu porque um dia ele me disse que tinha que ir à Alemanha para o enterro da filha.

Saber  disso  me  dá  pena.  Duas  mortes  em  tão  curto  espaço  de  tempo  deve  ser muito doloroso.

—  O  senhor  Mikaelson  estava  separado  da  mulher  —  continua  Miguel.  — a mulher de gelo e  ele  não  tinham  uma  boa  relação,  por  isso  a nova chefona  nunca  vinha  à Espanha.

Peça me o que quiser - Hosie GPOnde histórias criam vida. Descubra agora