CAPÍTULO 01

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Emma Fiebig

Estou atravessando o campus rapidamente, meio que me perdi na minha última aula de Português. Não tenho culpa se o professor se atrasou! Hoje tenho uma grande festa para ir, que minha amiga Ângela me convidou.

Ao chegar ao meu dormitório, tomo um banho rápido, coloco uma blusa de manga longa preta, pois sei que mais tarde começará a fazer um vento gélido; visto minha saia e minhas botas, melhoro a ondulação dos meus cabelos e faço uma maquiagem para esconder algumas imperfeições.

Quando me dou conta, meu irmão Adam já chegou para me dar carona. Desço as escadas apressadamente e vou em direção ao carro dele.
— Olha se não é um príncipe! Quem é a da vez? — comento, com um sorriso no rosto.
— Haha, muito engraçado, Emma.
— Quem é? — pergunto, dando um tapinha em seu braço.
— Alex...
— ALEX CARACA! PUTA MERDA, que tudo! — exclamo. Esse cara é um gato, com todo respeito. O nervosismo de Adam parece desaparecer ao perceber que eu apoio seu relacionamento.
— Não conta pra ninguém, tá?
— Nunquinha!
Ele muda de assunto.
— Mas então, não acha que essa saia está curta demais?
— Por favor, né Adam? Não vai começar.
— Mas eu acho que... — o encaro firmemente e ele para de falar.
Ele ri.
— Tá bom, só toma cuidado.

Quando percebemos, já estamos em frente à casa da Ângela. Ela vai entrando e grita:
— Divos! Essa noite vai bombar! Vou me acabar já que amanhã não tem aula!
— Oi pra você também — meu irmão diz com um olhar de indiferença.
— Vou chamar o Jack pra acalmar esse seu fogo — digo com um sorriso maroto.
— Vai se foder, Emma Fiebig — ela ri.
— Todo mundo aqui já sabe, Ângela!
— Ele é um babaca...
— Que você gosta!

Trocamoss brincadeiras até chegarmos à festa. No caminho, percebo que meu irmão está meio desconfortável; não sei o que aconteceu e tenho minhas dúvidas se ele irá me contar.

Ao entrar na casa da Luana, a dona da festa, sou recebida com um drink de cereja que eu supostamente não gosto. Mas já estou no meu quinto copo; essa bebida estranhamente gostosa está me conquistando.

Ângela está dançando animada com alguns colegas e aparentemente não pretende ir embora comigo; meu irmão sumiu. Já procurei em todos os lugares e não o encontro.

Estou percebendo que vou ter que achar algum lugar para me esconder antes que comece a rolar sexo pela casa toda.

Cansada de ficar sentada bebendo, pego meu copo e vou direto para a pista de dança de forma sensual, mexendo meus quadris e cintura. Isso me faz sentir mais livre e leve. Mesmo parecendo que estou sendo observada por todos os lados, ignoro essa sensação; sou uma pessoa muito paranoica.

O calor está me invadindo; vejo pessoas pulando na piscina a todo momento. Então me aproximo e grito:
— Vamos pular nessa piscina! Porra! — começo a tirar a roupa até ficar seminua.

Ouço homens comentando:
— Ela é gostosa pra caralho!
— Eita beldade!
— Ela deve dar trabalho!

Eu nem ligo até sentir alguém segurando minhas mãos firmemente pela cintura. Meus olhos começam a fechar lentamente por conta do excesso de bebida.
— Adam? — pergunto achando que é ele; ele sempre foi meu irmão super protetor.

Sinto o corpo quente segurando-me nos braços e quando percebo já apaguei pela bebida.

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Luz de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora