CAPÍTULO 07

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Emma Fiebig

Estou tão confortável nessa posição que nem quero abrir os olhos. Porém, após um breve momento, percebo uma pele roçando contra a minha. Ao abrir os olhos, vejo que minha bunda está encaixada em Matteo, que está com os olhos fechados e as mãos sob a cabeça.

— PUTA MERDA! — exclamo, surpresa.

Ele abre os olhos rapidamente.

— Não acredito que você estava me encoxando, Emma Fiebig. Esperava mais de você!

— Cala a boca! Não foi proposital! — respondo, tentando me afastar.

— Como eu ia saber? Estava dormindo!

— Aiii, cala a boca, seu idiota!

— Olha, é sorte sua que não percebi antes, senão estaria armado para você!

— Que nojo!

— Estou apenas falando a verdade, cerejinha.

— Não me chama assim! — protesto, um pouco envergonhada.

— E se eu chamar? O que você vai fazer?

— Eu... vou...

Ele ri, claramente se divertindo com a situação.

— Te deixei sem palavras, cerejinha!

O clima entre nós muda rapidamente. Ele se inclina mais perto, seus olhos fixos nos meus. Sinto meu corpo ceder à atração que sempre esteve ali, pulsando entre nós. Meu coração acelera enquanto ele se aproxima ainda mais. O mundo ao nosso redor desaparece; só existe nós dois naquele momento.

Matteo está prestes a me beijar e uma onda de nervosismo e expectativa toma conta de mim. As palavras fogem da minha mente enquanto nossos lábios se aproximam...

Ele apenas encosta os lábios nos meus, mas isso é o suficiente para me deixar com raiva.

— Sabia que você estava querendo, cerejinha — ele provoca, um sorriso malicioso nos lábios.

— Cala a boca! — respondo, tentando manter a compostura.

Empurro-o mais uma vez, mas ele não se deixa abalar. Em um movimento rápido, ele me puxa pela cintura, trazendo-me ainda mais perto. A proximidade faz meu coração disparar e a raiva que eu sentia começa a se misturar com algo mais intenso.

— Você não pode simplesmente me provocar assim e esperar que eu fique quieta — digo, tentando esconder o quanto estou afetada por ele.

Ele me observa com um olhar desafiador, como se estivesse avaliando cada uma das minhas reações.

— E se eu quiser? — pergunta, com um tom de brincadeira na voz. — Você sabe que gosta disso, não sabe?

Sinto uma onda de calor subir pelo meu rosto enquanto tento encontrar as palavras certas. A tensão entre nós é palpável; é como se estivéssemos em um jogo em que ambos estamos dispostos a arriscar.

— Eu... — começo a dizer, mas as palavras falham. Ele se inclina ainda mais para perto, e o cheiro dele me envolve.

— O que você vai fazer agora? — provoca novamente.

Nesse momento, percebo que minha raiva está se transformando em algo muito diferente. É difícil resistir ao magnetismo dele. Olhando nos olhos dele, percebo que estamos em um ponto sem volta; ou eu deixo essa paixão fluir ou fico presa nesse jogo interminável.

Luz de LunaOnde histórias criam vida. Descubra agora