Sinopse
Gustavo Rocha, conhecido como G7, é um jovem de 27 anos que se tornou um temido líder no morro de Heliópolis. Abandonado pelos pais aos 7 anos, ele aprendeu a sobreviver nas ruas, desenvolvendo uma personalidade fria e calculista para enfre...
No dia seguinte, G7 leva Dedé para uma das melhores escolas do Brasil, no asfalto. Dedé estava nervoso, mas também animado com a nova fase da sua vida.
— Tá ligado, meu passa ? Hoje começa sua vida nova. Estuda direitinho, cê vai arrebentar. Aqui é outra fita, mas você vai se dar bem — G7 disse, tentando esconder o orgulho que sentia por trás da Máscara.
Dedé deu um sorriso e balançou a cabeça.
— Tô ligado, pai. Pode deixar!
Chegando na escola, Dedé foi apresentado à turma e logo conheceu Santiago, um garoto alto, dos cabelos loiros , que parecia ser gente boa.
— E aí, mano? Cê é novo aqui? — perguntou Santiago.
— Sou, parça. Cheguei hoje. Meu nome é Dedé — respondeu ele, já se sentindo à vontade.
Os dois começaram a trocar ideia e rapidamente engataram numa conversa descontraída. Santiago ficou rindo das piadas e das gírias que Dedé soltava sem perceber.
— Tá me tirando, mano? Essa escola aqui é tipo outro mundo, mó paz — disse Dedé, olhando em volta.
Santiago riu.
— Verdade, mano! Cê é da onde?
— Do morro, mano. Lá é outra pegada, tá ligado? Aqui no asfalto é tudo tranquilão. Lá, a gente tem que tá sempre na maldade. Não pode dar bobeira. Mas é isso, vida nova agora!
Santiago riu de novo, achando as gírias de Dedé divertidas.
— Cê fala umas paradas muito doidas, véi! — disse Santiago, sem segurar o riso.
— É assim, mano. No morro, a gente é mó desenrolado, não pode vacilar, senão os cria vem na maldade. Mas aqui eu tô suave, tô de boa na lagoa, sem estresse.
— Tá de boa na lagoa, é? — Santiago riu alto. — Vou colar com você, mano. Cê é resenha demais!
Os dois continuaram conversando e logo ficaram amigos. Santiago parecia curtir o jeito espontâneo e sincero de Dedé, enquanto Dedé estava feliz por ter encontrado alguém com quem se enturmar rápido.
Durante o intervalo, eles se sentaram juntos no pátio.
— E aí, Dedé, o que cê curte fazer? — perguntou Santiago, curioso.
— Ah, mano, eu gosto de desenrolar na quebrada, tá ligado? Mas agora, é outra fita, né? Tô na missão de ser advogado, vou ficar responsa. Mas e você, qual é a tua?
— Eu tô só curtindo a vida, mano. Tô aqui porque meus pais me botaram, mas eu quero mesmo é viajar o mundo. Quem sabe a gente não faz isso junto um dia?
— Fechou, mano! Cê já tá na minha lista, só não pode moscar! — brincou Dedé, rindo.
Os dois continuaram jogando papo fora, enquanto Dedé se adaptava ao novo ambiente. A vida no asfalto seria bem diferente do morro, mas ele já sentia que estava no caminho certo.
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Continua......
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