Capítulo 3 - A Decisão de Levi

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Capítulo 3 – A Decisão de Levi

Levi sempre foi um jovem que se destacou dos outros. Com seu jeito afeminado e suas preferências distintas, ele encontrou conforto no apoio de sua mãe, que o encorajava a ser quem ele era. No entanto, seu pai, um homem rígido e tradicional, nunca aceitou a verdade sobre seu filho. A tensão entre eles se tornava palpável a cada dia que passava.

Certa noite, após um dia comum em que Levi se vestiu de forma mais ousada para uma festa com amigos, o estopim aconteceu. Ao voltar para casa, Levi encontrou seu pai esperando por ele na sala de estar, com o rosto vermelho de raiva. A luz do teto iluminava seu pai como um juiz prestes a dar um veredicto.

Pai: "O que você estava pensando, Levi? Você não tem vergonha de se vestir assim? Isso não é aceitável!"

Levi sentiu um nó na garganta. Ele sabia que essa conversa viria, mas a dureza nas palavras do pai ainda o feriu profundamente.

Levi: "Pai, eu gosto de me vestir assim. Isso sou eu. Por que você não pode aceitar isso?"

Pai: "Aceitar? Aceitar isso? Você está destruindo a honra da nossa família! As pessoas vão olhar para você e rir! Você quer ser motivo de zombarias?"

O coração de Levi disparou. As palavras do pai eram como facadas, cravando-se em sua confiança. Ele respirou fundo, tentando controlar a raiva e a tristeza que borbulhavam dentro dele.

Levi: "Não importa o que os outros pensam! Eu não estou aqui para viver de acordo com os padrões de ninguém! Eu só quero ser eu mesmo!"

Pai: "Você não entende! Você não é um homem! Você é uma aberração! Isso não é o que um filho deve ser! Você deveria se envergonhar."

Levi sentiu a dor que acompanhava cada palavra. Ele estava cansado de ser tratado como um estranho dentro de sua própria casa. As lágrimas começaram a escorregar pelo seu rosto, mas ele se esforçou para não mostrar fraqueza.

Levi: "Eu não sou uma aberração. Eu sou quem eu sou, e eu mereço respeito! Você pode não gostar de mim, mas eu não vou mudar só para te agradar!"

A discussão esquentava, e os gritos ecoavam pela casa. A mãe de Levi, que estava na cozinha, saiu para ver o que estava acontecendo. Seu rosto se contorceu em preocupação ao ver o filho em lágrimas e o marido furioso.

Mãe: "O que está acontecendo aqui? Por que você está gritando com o Levi?"

Pai: "Ele está se envergonhando! Olha como ele se veste! Como você pode aceitar isso? Estamos sendo humilhados!"

Mãe: "Humilhados? Por que você não consegue ver que ele está apenas sendo ele mesmo? Ele é nosso filho! Você precisa aprender a aceitar isso!"

A tensão estava no ar, e Levi sentiu que estava no centro de uma tempestade. Ele se sentiu dividido, entre o amor de sua mãe e a desaprovação feroz de seu pai. O olhar da mãe, cheio de compaixão e apoio, oferecia algum conforto, mas as palavras do pai eram como um peso esmagador.

Levi: "Mãe, eu não consigo mais ficar aqui. Eu não posso viver com alguém que me odeia por quem eu sou."

Pai: "Eu não odeio você, Levi. Eu só estou tentando te ajudar! Você está se destruindo!"

Levi: "Ajudar? Não, você está tentando me moldar em algo que eu não sou! Eu não aguento mais isso!"

Cansado e sem saber como continuar, Levi decidiu que era hora de sair. Ele olhou para a mãe, que tinha os olhos marejados, e então se virou para o pai, cuja expressão era uma mistura de raiva e confusão.

Levi: "Eu vou para o meu apartamento. Eu preciso de um espaço onde eu possa ser quem sou, sem o medo do seu julgamento."

Levi se virou e saiu da casa, sentindo o peso do que estava deixando para trás. Ao entrar no seu carro, uma sensação de alívio e tristeza o envolveu ao mesmo tempo. Ele dirigiu pelas ruas, o coração pesado com a dor de uma despedida, mas determinado a encontrar seu próprio caminho.

Ao chegar ao apartamento que sua mãe lhe deu, ele sentiu um misto de emoções. A liberdade estava ao seu alcance, mas a solidão também. As paredes brancas e o espaço vazio o receberam, e ele se viu em um lugar que simbolizava não apenas uma nova fase, mas também a luta pela aceitação e amor próprio.

Levi começou a arrumar suas coisas, organizando seu novo espaço e transformando-o em um lar. Colocou roupas coloridas em cabides, espalhou fotos de suas inspirações e se cercou de coisas que o faziam sentir-se bem.

Levi: "Esse é o meu espaço. Aqui, eu sou livre."

Com o tempo, Levi percebeu que sua jornada estava apenas começando. Ele sabia que precisava enfrentar seu pai um dia, mas, por enquanto, estava decidido a encontrar sua identidade e viver plenamente em sua nova casa. Em meio a desafios e descobertas, Levi decidiu que não apenas aceitaria quem era, mas celebraria sua verdadeira essência, determinado a transformar sua dor em poder

Continua......

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