Entre o crime e o Amor

Capítulo 17: Revelações

Capítulo 17: Revelações

Ainda sob a luz suave das estrelas que iluminavam Heliópolis, Santiago e Dedé continuavam a caminhar lado a lado, agora mais próximos do que nunca. O vento soprava leve, como se abençoasse o novo romance que havia acabado de se firmar.

Dedé, com um ar mais sério, olhou para Santiago e fez uma pausa. “Santiago, tem uma parada que preciso te falar. Mas, mano, é pesado, tá ligado? Eu confio em tu, mas isso tem que ficar só entre nós dois.”

Santiago franziu a testa, agora preocupado. “Claro, Dedé. O que foi?”

Dedé respirou fundo, se aproximou um pouco mais e falou em tom baixo, como se tivesse medo de que o vento pudesse levar suas palavras. “Então, tipo assim, meu nome... Dedé é só apelido, tá ligado? Meu nome verdadeiro é Anderson. Mas, véi, quase ninguém sabe disso. Só você e o G7, tá ligado? Nem todo mundo pode saber. Isso aqui é mó segredo, mano. Sou bandido, e na nossa vida, esses detalhes não podem sair por aí, entendeu?”

Santiago arregalou os olhos, processando a revelação. "Anderson? Caramba, Dedé... ou melhor, Anderson. Eu entendo, mas por que você tá me contando isso agora?"

Dedé deu um meio sorriso, o brilho de sempre misturado com seriedade. “Porque agora tu é meu namorado, né, mano? E não quero esconder nada de ti. Mas tem que ficar na moral, sem contar pra ninguém, porque, se der ruim, pode sobrar pra nós. Meu pai é dono do morro, e na nossa vida, informação é poder, tá ligado? Então, conta com a minha confiança, mas segura essa onda, beleza?”

Santiago sentiu o peso da confiança que Dedé — ou agora Anderson — estava depositando nele. “Dedé, eu juro que isso vai ficar entre a gente. Você pode confiar em mim.”

Dedé deu um sorriso aliviado, apertando o ombro de Santiago. “Tamo junto, irmão. Agora que tu sabe de tudo, tá ligado que é nós dois contra o mundo, né?”

Santiago assentiu, sentindo-se mais envolvido do que nunca. “Tamo junto, Anderson.”

E com isso, eles continuaram a caminhar, sabendo que o amor que tinham não só os unia, mas também os fazia cúmplices em um segredo que ninguém mais podia conhecer.