A luz que emanava de mim pulsava como um farol na escuridão, iluminando não apenas o labirinto, mas também as almas perdidas que antes estavam aprisionadas nas sombras. A transformação dos alunos era uma visão que misturava esperança e determinação, e eu sabia que precisávamos agir rapidamente antes que o guardião e suas criaturas demoníacas tomassem conta novamente.
“Sigam-me!” gritei, liderando as crianças em direção ao centro do labirinto, onde a escuridão parecia mais densa. A cada passo, sentia que a luz que irradiava de mim crescia, alimentando a coragem que agora unia todos nós. Não éramos apenas crianças; éramos um exército de almas buscando liberdade.
À medida que avançávamos, o ambiente começou a mudar novamente. As paredes do labirinto se distorciam e giravam, mas a determinação que sentíamos nos guiava. Finalmente, chegamos a uma grande sala circular, onde a escuridão se concentrava como um manto denso. No centro, uma figura encapuzada se erguia, o guardião.
“Vocês realmente acham que podem me desafiar?” a figura disse, sua voz profunda e ressonante. “Vocês são apenas sombras em busca de luz. O que vocês têm é insignificante em comparação com o poder que eu possuo.”
“Não somos apenas sombras,” eu declarei, a voz firme. “Somos luz! E não vamos permitir que você nos mantenha prisioneiros em sua escuridão!”
O guardião riu, um som que reverberou pelas paredes. “Então venham, tentem me enfrentar. Vocês não sabem com o que estão lidando.”
Com um gesto, ele fez a escuridão ao redor se agitar, e sombras começaram a se desprender das paredes, tomando forma. Eram as criaturas demoníacas que antes haviam atormentado os alunos, mas agora, com a luz que emanava de nós, podíamos ver seus rostos distorcidos, refletindo o medo que eles próprios carregavam.
“Estamos juntos!” gritei para os alunos, sentindo a conexão entre nós se fortalecer. “A luz que temos é mais forte do que qualquer escuridão!”
E, com isso, nós avançamos. A luz que emanava de mim se intensificou, iluminando as sombras que se aproximavam. As crianças se uniram a mim, e, juntos, criamos um brilho tão intenso que as sombras começaram a recuar, gritando em desespero.
“Isso não é possível!” o guardião exclamou, sua expressão distorcida pela raiva. “Vocês não podem fazer isso!”
Mas a verdade era que estávamos quebrando as correntes que nos prendiam. A luz era a esperança que tínhamos cultivado em nossos corações, e agora ela se manifestava como uma força poderosa. A sala começou a vibrar, e o chão sob nossos pés parecia pulsar com energia.
“Libertem-se!” eu gritei novamente, e as crianças se uniram a mim, suas vozes se tornando um só coro que ressoava na sala. “Nós não temos mais medo!”
Com cada palavra, a luz se expandia, envolvendo o guardião e suas sombras. A escuridão começou a se desvanecer, e as criaturas que antes eram imponentes agora pareciam fragilizadas, perdendo seu poder à medida que a luz os envolvia.
O guardião, percebendo que estava perdendo, tentou resistir. “Vocês não podem me vencer! Eu sou a escuridão! Eu sou o medo!”
“Você pode ser a escuridão, mas nós somos a luz!” eu declarei, avançando em sua direção. “E a luz sempre prevalecerá sobre a escuridão!”
Com um gesto decisivo, canalizei toda a energia que havia acumulado, direcionando-a para o guardião. A luz se intensificou, e, num instante, a sala foi preenchida com um brilho ofuscante. As sombras gritaram e se desvaneceram, e o guardião foi engolido pela luz, sua figura se desintegrando em partículas que se dispersaram pelo ar.
Quando a luz finalmente se acalmou, um silêncio profundo tomou conta da sala. As crianças estavam ao meu lado, suas formas agora completamente humanas. Elas estavam livres da escuridão que as aprisionava, e a sensação de alívio era palpável.
“Você nos salvou, professora,” uma menina disse, lágrimas de gratidão nos olhos. “Você nos trouxe de volta.”
Olhei para eles, meu coração transbordando de compaixão e amor. “Vocês sempre estiveram dentro de vocês. Eu apenas ajudei a encontrar a luz que já existia.”
Com um sentimento de renovação, percebi que a cidade de DevilsHills havia se transformado. O portal que antes conectava ao inferno agora se tornara um caminho para a redenção. A escuridão havia sido derrotada, e as almas que haviam sido perdidas agora estavam livres para encontrar seu caminho.
“Vamos sair daqui,” eu disse, sorrindo para as crianças. “Ainda há muito a ser feito, mas estamos juntos nessa nova jornada.”
Saímos da sala e começamos a nos dirigir para a saída da escola. O ar estava mais leve, e a sensação de liberdade era quase palpável. À medida que nos aproximávamos da porta principal, uma onda de esperança me envolveu. Eu acreditava que estávamos prestes a deixar a escuridão para trás.
No entanto, ao atravessarmos a porta, a realidade se transformou. A cidade de DevilsHills, que antes parecia um lugar de pesadelo, agora estava cheia de luz. Mas, à medida que nos afastávamos da escola, uma sombra se ergueu acima de nós.
Os professores e o diretor apareceram, suas formas distorcidas, com chifres e aparência de cães, observando-nos com olhos vazios e ameaçadores. “Vocês realmente acham que podem sair assim?” o diretor rosnou, sua voz um eco profundo de raiva. “Uma vez que você entra em DevilsHills, você nunca poderá sair!”
O pânico começou a se espalhar entre as crianças, mas eu sabia que não podíamos desistir. “Entrem no ônibus!” eu gritei, e todos correram para a frente do veículo, tentando encontrar segurança.
Quando todos estavam dentro, eu entrei atrás, ligando o motor com mãos trêmulas. O ônibus roncou, e eu fiz o possível para dirigir em direção à saída da cidade. Precisávamos escapar, e a sensação de liberdade me impulsionava.
Mas, ao chegarmos na saída da cidade, o ônibus parou abruptamente. A porta se abriu, e as crianças começaram a descer, mas, assim que pisaram no chão, uma força invisível os impediu de atravessar. Era como se uma parede invisível os mantivesse presos.
“Não! O que está acontecendo?” eu gritei, desesperada, tentando entender a impossibilidade que enfrentávamos.
Uma das crianças, com lágrimas nos olhos, olhou para mim e disse: “Uma vez que você entra em DevilsHills, você nunca poderá sair... Você agora também faz parte disso.”
O desespero me envolveu. A realidade do que havia acontecido se afundou em mim, e percebi que, embora tivéssemos libertado as almas perdidas, a cidade ainda estava viva, e seus segredos eram mais profundos do que eu poderia imaginar.
Com o coração pesado, olhei para as crianças, agora mais do que nunca parte desse lugar amaldiçoado. Sabíamos que a luta estava longe de terminar, e que a escuridão voltaria a se erguer. A cidade de DevilsHills era um labirinto sem fim, e nós éramos suas novas sombras.
E assim, juntos, encaramos a verdade. A luta continuaria, uma batalha eterna entre luz e escuridão. Mas agora, não estávamos sozinhos. Estávamos unidos, e, mesmo em meio à desolação, havia esperança.
Fim.
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Portal Obscuro
Kinh dịUma professora aceita um emprego na enigmática Ademia DevilsHills, uma escola famosa por sua excelência, mas que esconde segredos terríveis. Ao encontrar um manual com regras macabras, ela descobre que seus alunos na verdade não são humanos.