Chapter Two

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Maria estacionou o carro em frente à imponente mansão Salvatore. A fachada antiga e sombria era envolta por trepadeiras que subiam pelas paredes de tijolos escuros, e as luzes amareladas das janelas iluminavam fracamente a noite fria. Ela respirou fundo antes de sair do carro, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Apesar de tudo, sempre que voltava ali, era como se uma sombra a envolvesse.

Quando ela estava prestes a bater à porta, esta se abriu com um rangido suave, revelando Damon Salvatore do outro lado. Seus olhos a analisaram rapidamente, e um sorriso torto surgiu em seus lábios, mas seus olhos permaneceram frios.

— Entra — ele disse, direto, sem rodeios.

Maria passou pela porta, e o ambiente familiar, mas opressor, a envolveu. O ar ali dentro era pesado, carregado de lembranças que ela preferia deixar para trás.

Stefan descia as escadas em passos lentos, mas um sorriso genuíno iluminou seu rosto ao vê-la.

— Que bom que chegou — ele disse, puxando-a para um abraço caloroso. — Já estava começando a ficar preocupado.

O calor do abraço de Stefan a confortou por um momento, e ela retribuiu o gesto, sentindo o peso em seus ombros diminuir levemente. Ele deixou um beijo suave em sua testa, algo que sempre fazia, e ela esboçou um sorriso.

— Eu demorei um pouco por causa do avião — ela explicou, afastando-se dele.

— Não demorou porque quis? — Damon alfinetou, com uma sobrancelha arqueada, ainda a observando com desconfiança.

Maria o encarou por um segundo antes de responder, mantendo o tom calmo.

— Não, não demorei porque quis, Damon.

Stefan percebeu a tensão entre os dois e tentou mudar o foco da conversa.

— Acho que você já sabe por que está aqui, né? — ele perguntou, o tom de sua voz se tornando mais sério.

Maria soltou um suspiro profundo, cruzando os braços.

— Para matar a Katherine, certo?

Stefan assentiu.

— Isso mesmo.

Ela riu, mas havia um toque amargo em seu riso.

— Vocês já não tentaram isso um monte de vezes? — ela disse, franzindo o cenho.

Damon deu de ombros, recostando-se na parede com um ar despreocupado.

— Sim, mas agora temos você — ele afirmou com um sorriso malicioso, como se tivesse todas as respostas.

— Vai me dizer que eu sou a chave para isso? — Maria rebateu, uma sobrancelha levantada em ceticismo.

— Exatamente. Você vai distraí-la enquanto nós a eliminamos — ele explicou, como se fosse um plano infalível.

Maria ficou em silêncio por alguns segundos, sentindo a pressão do plano cair sobre ela. Com um suspiro, ela se jogou no sofá de couro escuro, o som ecoando pelo grande salão.

— Vai ficar parada aí, Maria? — Damon insistiu, impaciente.

Ela fechou os olhos e massageou as têmporas, sentindo a dor de cabeça latejar.

— Fica quieto por um segundo, Damon. Estou com a cabeça cheia e doendo.

— Você sempre está com a cabeça cheia e doendo — Damon replicou, o tom levemente sarcástico, mas havia uma preocupação disfarçada por trás de suas palavras.

Stefan balançou a cabeça, impaciente com o irmão.

— Damon, deixa ela — ele disse, sentando-se ao lado de Maria e colocando a mão em seu ombro em um gesto de apoio.

Redimir laços ➳ Katherine Pierce Onde histórias criam vida. Descubra agora