𝐂𝐚𝐩𝐢𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟗.

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Sara Lance pov's

Eu ainda não acreditava, ou não queria acreditar, não sabia mais o que era verdade e o que era mentira.

— Anos atrás a suspeita de matar o pai de Oliver foi Malcolm Merlyn. - Ava colocou a foto de Malcolm em cima da mesa. O reconheci, quando eu era criança, ele me ajudava a treinar com espadas. - Ele foi descartado porque tinha um álibi. - Não parava de encarar a foto. - O reconhece? - Fiquei calada. - Quando você fica calada é porque está afirmando.

— Você não me conhece tão bem.

— Conheço sua família, sua irmã faz a mesma coisa que você, fica calada quando afirma algo.

— Minha família está morta, morreram no acidente.

— Não, Sara, eles estão vivos, e ainda não sabem sobre você estar viva. - Eu fiquei calada, novamente, Ra's me garantiu que eles estavam mortos. - Posso te levar para ver eles a qualquer momento.

— Eu vou ser presa. - Olhei para Ava. - Não posso sair da prisão.

— O fato de terem mentido para você até sobre sua família estar viva e terem te dado drogas que afetam totalmente o seu comportamento não vai te fazer ser presa, a menos que você esconda qualquer informação sobre a Liga.

— Vai me usar de novo para ter informações sobre eles?

— Eu sei que o fato de você ter crescido lá fez você ter uma visão diferente do mundo, eu sei que sua namorada está lá, as pessoas que te criaram está lá...

— Não coloca eles na história. Seu problema é comigo.

— Meu problema é com a liga. - Se sentou na minha frente. - Você esteve no meio disso por todo esse tempo... outras crianças inocentes podem crescer em meio a tudo aquilo. Me ajuda a fazer justiça, Sara.

— Quanto tempo eu tenho para pensar?

— Você não tem tempo.

— Então eu não vou entregar eles.

— Você quer partir para o psicológico? Então vamos partir para o psicológico. - Ela colocou mais três fotos em cima da mesa, duas mulheres e um homem. - Essa aqui é a Dinah. - Apontou para a foto de uma mulher mais velha. - Sua mãe. - Apontou para o homem. - Seu pai, Quentin e, - apontou para a mulher mais nova - por fim, essa é Laurel, sua irmã.

Laurel... ela aparecia constantemente nos meus sonhos.

Meus braços estavam em cima da mesa, Ava olhou para as minhas mãos e a pegou. Ela pegou as mesmas mãos que mataram centenas de pessoas.

— Me deixa te ajudar, ajude as outras pessoas, matar não é forma de fazer vingança, acabar com tudo isso fazendo justiça da forma certa é vingança.

Novamente fiquei calada, não podia, não conseguia falar nada.

— A Laurel é uma advogada, eu conheci ela a alguns anos atrás. - Deu um pequeno sorriso. - Ela sempre contava da irmã caçula, que ela adorava correr na grama, se sujar... Laurel sempre me falou que nunca parou de pensar em você um dia sequer. Seu pai é um detetive, eu conheci a Laurel através dele, ele é o meu chefe, trabalha aqui.

— Meu pai está aqui? - Não conseguia ter reação.

— Sim. Não sabe que você está aqui e nem que pegamos a Canário Branco.

Eu respirei fundo tentando conter o choro.

— Eles estavam vivos todo esse tempo? - Coloquei uma mão na boca com meus olhos cheio de lágrimas.

Amor Criminal - AVALANCEOnde histórias criam vida. Descubra agora