02: business party

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VIOLET CAMPBELL

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VIOLET CAMPBELL.

Finalmente, era sábado, um dos dias que mais aguardo da semana. Sem aulas, eu tinha o dia todo livre para fazer o que quisesse. Mas, para minha frustração, havia aquela festa de negócios à qual eu teria que comparecer, mesmo não querendo. Era uma daquelas obrigações chatas que ninguém gosta de enfrentar.

Já eram quatro da tarde e eu estava saindo das aulas de piano, que são meu refúgio e paixão. Se pudesse, passaria o dia inteiro ali, tocando até que meus dedos não aguentassem mais. Isabella, minha irmã, havia me avisado para chegar em casa antes das seis, pois teria apenas duas horas para me preparar com maquiadora, cabeleireira e toda aquelas merdas que ela adora. Para minha surpresa, consegui sair mais cedo das aulas de piano, algo raro, já que normalmente ficava até umas sete ou oito horas.

No carro do motorista, encostei a cabeça na janela e observei minhas mãos, com os dedos vermelhos após cinco horas de prática. A dor incômoda, mas eu sabia que faria tudo de novo se pudesse. Ao chegarmos em frente à imponente mansão branca, cercada por um jardim exuberante, o motorista pegou um controle remoto do porta-luvas e, com um simples botão, o portão se abriu automaticamente. Ele estacionou o carro na ampla garagem.

Desci do veículo e caminhei pelo jardim, onde avistei Marlei, uma das jardineiras, cuidando de algumas rosas brancas que estavam deslumbrantes. Ao me notar, acenei com as mãos e um sorriso simpático, e ela retribuiu com um sorriso, mesmo sem poder acenar de volta devido ao trabalho.

Quando voltei a olhar para frente, não pude evitar de notar um grande cachorro correndo em minha direção. Era Buug, um Golden Retriever caramelo, com suas enormes orelhas balançando ao correr. Abaixei-me assim que ele se aproximou, e comecei a acariciá-lo de maneira desajeitada enquanto ele me cobria de lambidas.

— Oi, Buug! — ri, desviando de algumas de suas carícias molhadas. Buug foi um presente de Isabella após a morte do meu pai, uma tentativa de preencher o vazio que sua partida deixou. De certa forma, ele trouxe um pouco de conforto, mas a saudade voltava como um tsunami. Aprendi, no entanto, a lidar com essa dor sozinha, e Buug se tornou um companheiro fiel nesse processo.

Levantei-me e fiz um sinal para Buug me seguir. Juntos, caminhamos até a entrada da casa, onde abri a porta que, surpreendentemente, estava fechada. Normalmente, a deixamos aberta durante o dia para que o cachorro pudesse entrar e sair à vontade, então estranhei imediatamente. Assim que entramos no hall, fui envolvida pela deslumbrante decoração em tons de dourado e vermelho. Tudo estava impecável.

Vasos de flores rosas estavam dispostos pelo ambiente, e no centro, uma mesa quadrada decorada com velas e mais flores, provavelmente destinada a acomodar a comida. O chão e a escada que levava ao andar de cima estavam cobertos por um luxuoso tapete vermelho. O bar, por sua vez, estava repleto de luzes brancas, refletindo o cuidado que tinha sido empregado na preparação. Era impressionante pensar que, há apenas dois dias, o espaço estava tomado por caixas.

𝗟𝗶𝗳𝗲 𝗮𝗳𝘁𝗲𝗿 𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 - Billie Eilish O'Connell Onde histórias criam vida. Descubra agora