Lilith Black já havia causado impacto em Hogwarts, mas ninguém esperava que, em tão pouco tempo, ela começasse a mudar dinâmicas antigas e estabelecesse novas conexões. No terceiro dia de aula, o inesperado aconteceu: Ayla Malfoy, Catherine Potter e Luna Lovegood começaram a gravitar em torno da enigmática Lilith.
A primeira a se aproximar foi Ayla Malfoy. Sempre curiosa e de espírito aberto, Ayla não parecia compartilhar a mesma desconfiança de Draco em relação a Lilith. Pelo contrário, havia algo na ousadia de Lilith que a atraía. Talvez fosse o fato de Lilith ter enfrentado o desafio de se adaptar a Hogwarts de maneira tão destemida, ou talvez Ayla simplesmente apreciasse alguém que quebrasse as regras com tanta confiança.
As duas acabaram se esbarrando na biblioteca, onde Ayla observou Lilith folheando um livro sobre encantamentos avançados. Lilith parecia imersa em seus próprios pensamentos, mas, ao notar Ayla, ela levantou o olhar com um leve sorriso.
"Interessada em magia antiga?" perguntou Ayla, puxando conversa.
Lilith riu suavemente. "Interessada em conhecer todas as ferramentas que posso usar."
Ayla, ao invés de se sentir intimidada, sorriu de volta. Havia uma autenticidade em Lilith que a fazia sentir-se confortável, algo raro em uma escola onde a maioria das pessoas usava máscaras para esconder quem realmente eram.
"Você não tem medo de se destacar, né?" Ayla comentou, sentando-se ao lado dela.
Lilith deu de ombros. "Se as pessoas vão falar de mim, que pelo menos seja por algo interessante."
E assim, quase sem perceber, Ayla Malfoy começou a passar mais tempo ao lado de Lilith. Elas compartilhavam conversas rápidas nos corredores e acabaram sentando juntas em algumas aulas. Catherine Potter, que até então observava Lilith com uma mistura de desconfiança e curiosidade, começou a ver sua prima com outros olhos.
Foi em um desses momentos em que Ayla e Lilith estavam juntas que Catherine finalmente se aproximou. Ela estava voltando de uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas quando as viu conversando no pátio. Algo sobre a cena - talvez o riso sincero de Ayla ou a maneira descontraída de Lilith - a fez parar.
"Catherine," Ayla a chamou, sorrindo. "Vem sentar com a gente."
Por um momento, Catherine hesitou, seu instinto inicial era evitar Lilith. Mas havia algo diferente em seu comportamento agora. E, antes que percebesse, Catherine já estava caminhando na direção delas.
"E então, Potter, cansada de salvar o mundo?" Lilith perguntou com um sorriso provocador.
Catherine revirou os olhos, mas havia um brilho de diversão em seu olhar. "Acho que vou deixar essa parte com você."
Lilith riu, e aquele som inesperadamente genuíno desarmou Catherine. Talvez Lilith não fosse exatamente o que parecia ser. Talvez, como todos ali, ela estivesse apenas tentando encontrar seu lugar.
Ao final do dia, as três estavam sentadas juntas no Salão Principal, conversando sobre trivialidades, como se fossem velhas amigas.
Mas a maior surpresa veio quando Luna Lovegood entrou na equação. Conhecida por sua visão peculiar do mundo e sua maneira excêntrica de lidar com a realidade, Luna sempre foi uma figura à parte em Hogwarts. Mas quando ela observou Lilith usando um pingente peculiar que parecia ter sido enfeitiçado, seus olhos brilharam com curiosidade.
"Esse colar é fascinante," Luna comentou, aproximando-se das três no pátio.
Lilith olhou para ela com curiosidade. "Você pode ver a magia nele?"
Luna assentiu com um sorriso. "Sim, ele parece pulsar com uma energia diferente. Algo antigo, talvez."
Lilith sorriu, finalmente encontrando alguém que compreendia o que muitos não conseguiriam ver. "Você tem um bom olho, Lovegood."
"Eu vejo coisas que os outros não costumam notar," Luna respondeu de maneira simples, mas havia um entendimento silencioso entre elas. Como se, por um momento, ambas soubessem que compartilhavam uma conexão além das palavras.
E foi assim que, sem grandes planos ou intenções, Lilith Black se viu rodeada por três das pessoas mais improváveis de Hogwarts. Ayla, Catherine e Luna, cada uma com suas particularidades e histórias, começaram a formar um vínculo inesperado com a garota que inicialmente todos temiam ou desconfiavam.
Lilith, por sua vez, estava mais que disposta a aceitar aquelas amizades. Não porque precisava delas, mas porque sabia que, no jogo em que estava jogando, era sempre útil ter aliados.
