Com o passar dos dias, a relação entre Lilith, Ayla, Catherine e Luna foi se fortalecendo. O que começou como uma curiosidade se transformou em algo mais profundo. À noite, nos jardins de Hogwarts, as quatro se reuniam ao redor de uma pequena fogueira mágica que Catherine conjurava discretamente. Ali, conversavam sobre tudo — e nada ao mesmo tempo.
Numa dessas noites, Ayla perguntou diretamente a Lilith, algo que estava na mente de todos. “Por que você se comporta assim, como se não se importasse com as regras?”
Lilith olhou para o fogo, seu rosto iluminado pelas chamas. “Porque, Ayla, as regras foram feitas para serem desafiadas. E eu não sou do tipo que aceita ser moldada.”
Luna sorriu, como se entendesse algo que as outras não compreendiam totalmente. “Você é como o vento. Não pode ser contida.”
Catherine olhou para Lilith, pensativa. “Você não se preocupa com as consequências?”
Lilith encontrou o olhar de Catherine, seu semblante sério. “Eu sempre me preocupo. Mas aprendi que, se você quer sobreviver nesse mundo, às vezes precisa ser quem você realmente é, sem medo do que virá depois.”
Catherine parecia entender aquela lógica mais do que gostaria de admitir. Afinal, como Potter, ela também carregava um fardo de expectativas e julgamentos. Talvez, de certa forma, Lilith estivesse apenas tentando viver além disso, como ela própria desejava fazer.
