3° Zehra Günes

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Mais um pra vocês, admito que eu dei uma leve desanimada de escrever, mas vou continuar por consideração a quem começou a ler.

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Hande pov

Eu ainda estava atordoada pelo que tinha acontecido, ainda bem que a Sn chegou a tempo.

Eu sei me defender claro, mas quando aquele homem me prendeu na parede eu simplesmente congelei, o medo tomou conta de mim completamente, eu não conseguia me mexer.

Eu nem quero pensar no pior que poderia ter acontecido.

Eu estava divagando, presa em meus pensamentos quando percebo que Sn está me chamando. Chegamos na porta do meu dormitório, que divido com Zehra.

-Ei, Hande? Chegamos

Sn fala assim que saio do mundo da lua.

-Muito obrigada Sn, por tudo, de novo! Você não precisava ter se preocupado em vir até aqui.
Falo pra ela.

-Era o mínimo que eu poderia fazer. Toma aqui, esse é meu número. Por favor, não hesite em me ligar ou mandar mensagem se precisar de qualquer coisa.

Ela me entrega um papel com seu número.
 
-Não se preocupe Sn! Obrigada de novo.

Falo sorrindo levemente. Me aproximo para dar um abraço nela. Ela era muito mais baixa que eu, então era muito engraçado e muito bom ao mesmo tempo, era literalmente o tamanho perfeito pra abraçar alguém. Como eu sei disso? Descobri agora.

Enquanto ainda estamos abraçadas escuto as chaves da porta do meu quarto girarem.

-Hande é você? Onde estava até essas horas?

Zehra fala antes mesmo de abrir a porta toda e nos ver.

Assim que soltamos o abraço vejo minha amiga ficar paralisada na porta. Esqueci de mencionar que a Ze é uma grande, mas grande mesmo, fã de vôlei de praia. E principalmente da Sn e da dupla dela Danielle. Não existia um bendito dia que ela não falasse de como as meninas jogam bem, e como conseguem pular tão alto na areia.

-Oi Ze! Essa aqui é a...

Antes de eu terminar de falar ela me interrompe.

-Sn Ss(seu sobrenome), é um prazer te conhecer.

Minha amiga fala ainda com os olhos bem arregalados.

-O prazer é todo meu Zehra Günes!

Sn fala estendendo a mão pra minha amiga, que logo aceita, mas a puxa para um abraço apertado.

O bom é que os brasileiros, assim como os turcos tem o costume de se cumprimentar com abraços e beijos. Então espero que Sn se sinta confortável, porque minha amiga pode ser bem intensa as vezes.
Tenho esse leve pensamento e dou um risinho, mas ai percebo Sn fazendo uma expressão de dor e me lembro automaticamente dos socos que levou, como ela não reclamou de dor até agora?

-Solte ela Ze, ela está machucada. Sn, está doendo muito? Você precisa colocar gelo agora mesmo!

Falo preocupada, afinal ela estava assim por minha causa, eu me sentia culpada, mesmo tendo certeza que se eu falasse isso pra ela era capaz de eu apanhar.

Um terrível acaso | Hande BaladinOnde histórias criam vida. Descubra agora